quarta-feira, 30 de junho de 2010

Transformar óleo em velas

Aliando o gosto pela questão ambiental e um design inovador, o criador portugês Mário Silva inventou um aparelho doméstico - a oon caldlemaker - que transforma óleos e azeites alimentares usados em velas. Este, que é habitualmente um resíduo ingrato de tratar, pode agora ser transformando em velas decorativas de diferentes formas, tamanhos, cores e aromas - as velas oonique.
A oon candlemaker é a primeira solução de reciclagem doméstica do mundo, que transforma um resíduo num novo produto útil aos consumidores, dando asim início à concretização do seu mantra - "making people love their waste" (fazer as pessoas apaixonarem-se pelo seu lixo).
Este produto pode ser adquirido na lojadigital oonsolutions, onde é possível também ter acesso a todos os produtos desta marca, como as oon candlepods - pastilhas disponíveis em sete variedades de cores e aromas; ou ainda as oon candleholders - recipientes para velas, em vidro 100% reciclado; ou mesmo as oonique candles - um conjunto de velas já produzidas e envolvidas numa embalagem apelativa.
Sabia que um litro de óleo usado contamina um milhão de litros de água - a quantidade que uma pessoa utiliza durante 14 anos?

Novas regras da UE para a rotulagem de produtos biológicos entram amanhã em vigor

As novas regras da UE relativas à rotulagem dos produtos biológicos, incluindo o requisito de aposição do novo logótipo biológico da UE, entram amanhã em vigor. O novo símbolo, conhecido por "Eurofolha", será obrigatório para os alimentos biológicos pré-embalados produzidos em qualquer dos Estados-Membros da UE que satisfaçam as condições exigidas. Juntamente com o novo rótulo da UE, continuarão a figurar outros logótipos privados, regionais ou nacionais. No caso dos produtos biológicos não embalados e importados, a aposição do logótipo continua a ser facultativa. Para além do logótipo, as novas regras de rotulagem prevêem igualmente a indicação obrigatória do local de cultivo dos ingredientes e do código do organismo de controlo. Os produtores dispõem de um período de transição de dois anos para cumprirem as novas regras de rotulagem. São também introduzidas, pela primeira vez, normas em matéria de aquicultura biológica.
(Desenvolvimento em IP/10/861)

RIP Calheta

O povo quer(?), o político sonha e a obra nasce.
O futuro porto de recreio destroi paisagem natural (Rocha da Calheta, Lajes - Ilha das Flores). O custo do progresso, dirão alguns.
As modas, a vontade de alguns caciques locais, o voto fácil, o nivelar por baixo (pela bitola dos caprichos de algum povinho), as questões ambientais à mercê do combate político-partidário, o proliferar do betão, as obras mal pensadas, a descaracterização da orla costeira, a (falsa) bandeira do progresso. Digo eu.
Para quem não conhece, no interior daquela formação rochosa, existia um pequeno poço, de água límpida onde se podiam observar peixes, caranguejos, ouriços, entre outras espécies. Era "um pequeno aquário" onde eu e muitas das crianças tivemos a sorte de poder nadar.
O areal que se vê ao fundo é a chamada praia da Calheta, formada aquando a construção do porto das Lajes. Anteriormente os banhistas nadavam nas antigas poças (diversas piscinas naturais que ficaram soterradas com a obra do porto).
A praia apresenta algumas limitações, nomeadamente o facto de se encontrar na proximidade do porto e junto à foz de uma ribeira. Por estes motivos, esta zona nunca foi oficialmente classificada como praia, nunca foram efectuadas grandes obras com vista à melhoria das suas condições e nunca foi vigiada. Apesar disso, as análises comprovam que a qualidade da água durante o Verão é boa e este é o local onde acorrem muitos banhistas.
Agora a questão da utilidade pública:
Dada a geografia da ilha, existem poucas zonas balneares. No concelho das Lajes além deste local existe apenas a zona balnear da Fajã Grande, que fica a 18 km.
As crianças das freguesias da Fazenda, Lomba e Lajes quase de certeza que aprenderam a nadar nas Lajes neste local, cuja qualidade da água, fica agora comprometida. Onde vão aprender a nadar os meninos e meninas de agora? Em água contaminada ou sujeitam-se a andar 18 km para ir a banhos, os que tiverem transporte, claro. Outras alternativas: uma piscina coberta que está a ser construída. Artificial, para combinar com o resto.
Estarei a levar para o lado pessoal e emocional? Sim. Sepultaram a calheta da nossa infância...







Governo anuncia projecto de 100 milhões para gerir resíduos

Um projecto para resolver estruturalmente o problema da gestão dos resíduos nas ilhas vai contar com a colaboração de autarquias e privados. Um projecto, já em execução, através da construção de centros de resíduos em todas as ilhas, e que vai representar mais de 100 milhões de euros de investimento, beneficiando de um reforço de fundos comunitários “já acordados com o Governo da República”. Afirmou o presidente do governo regional, durante a visita estatutária à ilha do Pico. Carlos César disse também poder contar com a colaboração das autarquias e dos privados, para levar a bom porto este projecto de recuperação e conservação ambiental. Ao todo, a Região vai receber de Bruxelas cem milhões de euros para este projecto, contando depois com as autarquias e com os privados para entrarem no negócio. O projecto já foi aprovado pela União Europeia e está agora na parte final de elaboração. Trata-se de um projecto global, que vai incluir todas as ilhas dos Açores, e onde o encaminhamento dos resíduos vai ser uma opção nas ilhas mais pequenas. Na prática, Terceira e São Miguel vão funcionar como destinos finais para os resíduos e o governo prevê que 30 por cento desses lixos sejam exportados, sendo um terço tratado nos Açores e o restante reciclado. Os centros do Corvo, Flores e Graciosa já estão em fase de adjudicação dos projectos, no entanto, ainda sem conclusão para o final das obras em todas as ilhas. (Fonte: AO)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

MicoGrower – Cultive os seus cogumelos em casa

A oferta de produtos biológicos em Portugal é cada vez maior. Exemplo disso é o inovador kit Micogrower de produção doméstica de cogumelos,  comercializado pela empresa lusa Micoplant. O produto é apresentado sob as vantagens de: permitir observar o processo de crescimento e formação de cogumelos, por permitir a produção e consumo de cogumelos orgânicos, frescos, saborosos e de elevada qualidade. 
Este KIT apresenta-se pronto a produzir a espécie Pleurotus Ostreatus. No seu interior encontra-se um substrato já inoculado de elevada qualidade, que apenas necessita de alguns cuidados especiais relacionados com as condições climatéricas, que variam, de acordo com a estação do ano, ou seja, no Inverno deve-se escolher um local quente e no Verão um local fresco. 
Para a produção de cogumelos apenas é necessário efectuar duas aberturas laterais nos locais indicados em forma de cruz, para permitir a saída dos cogumelos. 22 a 30 dias após a inoculação, surgem os primeiros primórdios (pequenos pontos brancos, que vão originar os cogumelos), que ao fim de 6 dias estão prontos para a colheita.
Cada saco produz em média 750— 1Kg de cogumelos, distribuídos por três frutificações. Após cada frutificação, o fungo entra em “descanso” durante duas ou três semanas, até iniciar a frutificação seguinte, com o aparecimento de novos primórdios.
Os cogumelos devem ser cortados pela base, com uma faca limpa. O chapéu tem um diâmetro que varia de 4 a 8 cm e deve ser colhido ainda com a margem enrolada para dentro.

Cousteau - o senhor dos mares

No passado dia 11 de Junho comemorou-se o centenário do nascimento de Jacques Cousteau.
Há um antes e um depois de Jacques Cousteau. Foi este o homem que mais fez para que conhecêssemos melhor o profundo azul. E isso é tanto assim para o conhecimento sobre os oceanos e as suas profundezas como para a própria imagem que o homem comum passou a ter desse maravilhoso mundo submarino.
Foi o explorador francês, a bordo do seu navio Calypso, que percorrendo os mares e mergulhando neles com os seus companheiros de aventura deu a conhecer a milhões de pessoas a riqueza até aí insuspeita desse mundo azul imenso.
Antárctida, mar Vermelho, Haiti, Cuba, Tailândia, Papua Nova Guiné, o lago Baikal e o Amazonas, a Grande Barreira de Coral, por todos esses lugares, e ainda muitos outros, andou o explorador francês, acompanhado da sua equipa.
Após a sua morte, no dia 25 de Junho de 1997, a sociedade com o seu nome, que ele próprio havia fundado em 1973, e a equipa Cousteau continuaram o seu legado.
A sociedade, agora presidida pela sua mulher, Francine, detém o seu espólio, que engloba uma centena de livros e mais de 115 filmes que documentam quase todos os habitats marinhos do planeta.
Para além dessa documentação, a sociedade continua a promover missões de exploração a bordo do navio oceanográfico Alcyone, que continua a percorrer os mares e a descobrir os segredos das profundezas oceânicas.
Ainda recentemente a equipa Cousteau participou nas actividades científicas do Ano Polar Internacional (2007-2008), nomeadamente no censo da vida marinha que decorreu no seu âmbito.
Quanto às expedições, a imagem de marca do explorador francês que mudou a nossa visão sobre os oceanos, elas continuam, bem como as filmagens submarinas, o desenvolvimento de novos equipamentos ligados ao mergulho e à navegação e as acções didácticas destinadas aos mais novos ou ao público em geral.
Na página oficial da Sociedade Cousteau na Internet (http://www.cousteau.org) é possível navegar através das missões, que continuam mar fora.

Inventor, explorador e oceanógrafo

Fez natação por razões de saúde e apaixonou-se pelo mar. A bordo do 'Calypso' lançou-se à aventura e revelou um mundo novo.
Reza a história que Jacques era um menino frágil e que a natação o ajudou a ganhar corpo e confiança. Na escola, dizem os seus biógrafos, era desatento e desinteressado e às vezes mesmo rebelde. Mas foi esse rapaz que, aos 11 anos, construiu um modelo de guindaste. A natação já tinha despertado nele a paixão pelo mar, que viria a ser a sua vida.
Jacques Yves-Cousteau nasceu a 11 de Junho de 1910, em Saint-André-de-Cubzac, mas foi em Paris, para onde os pais se mudaram logo depois, que cresceu.
De compleição frágil, o pequeno Cousteau encontrou na prática da natação o remédio para a sua saúde e também o seu destino. Inventor nato - viria a desenvolver ao longo da vida uma série de novos equipamentos para a prática do mergulho e para optimizar a navegação -, cedo aliou as duas coisas. 
Em 1930, aos 20 anos, entrou para a Escola Naval, em Brest. Graduou-se três anos mais tarde e depois disso passou a integrar a marinha francesa. Um dia, em 1936, alguém lhe emprestou uns óculos para ver debaixo de água, no mar, e isso foi decisivo. O então jovem oficial da marinha francesa ficou tão impressionado com o que conseguiu ver debaixo de água que decidiu construir um fato de mergulho que lhe permitisse permanecer algum tempo submerso.
Apesar da eclosão da II Guerra Mundial, em que participou como artilheiro, Cousteau continuou a trabalhar no seu fato de mergulho e, em 1943, juntamente com um engenheiro francês chamado Emile Gagnan, conseguiu desenvolver um modelo a que chamou aqua lung, e com qual, nesse mesmo ano, mergulhou até 20 metros de profundidade. Nascia assim o mergulho.
Em 1951, Jacques Cousteau adquiriu o Calypso, remodelou-o e iniciou a vida de aventura, de exploração científica e protecção marinha que o tornou famoso. Cousteau percebeu rapidamente que para poder financiar o seu ambicioso projecto teria de dar a conhecer primeiro o resultado das suas explorações. Foi o que fez. Realizou documentários que mostraram pela primeira vez a beleza do mundo submarino e várias gerações sonharam com as suas aventuras (Fonte DN)

Fica aqui a nossa homenagem ao homem que tanto nos revelou sobre os oceanos; e a melhor forma de o comemorarmos é defendendendo o imenso património que ele nos ajudou a descobrir.

Diga NÃO ao arroz trangénico nos nossos pratos!

Pela primeira vez uma empresa (a alemã Bayer) pretende comercializar arroz transgénico na União Europeia. Até aqui as plantas transgénicas estavam praticamente limitadas às rações animais. Mas agora a engenharia genética vai chegar directamente ao nosso prato
Sabia que:
- O arroz é o alimento mais importante do mundo? Mais de metade da população mundial come arroz todos os dias. E, de entre os europeus, os portugueses são os maiores consumidores de arroz: cada um de nós come em média cerca de 17 quilos por ano!
- A empresa Bayer pretende que a União Europeia aprove em 2010 a importação e consumo do arroz LL62, um arroz transgénico que é muito diferente do arroz convencional tanto em termos de vitaminas (B5 e E), como em cálcio, ferro e ácidos gordos.
- O arroz transgénico LL62, da empresa Bayer, foi manipulado para se tornar resistente a grandes doses do herbicida glufosinato, também da Bayer? Isso significa que cada bago de arroz transgénico vai ter mais resíduos desse poluente do que qualquer outro tipo de arroz - e o glufosinato foi avaliado como sendo de «alto risco» para o ser humano e outros mamíferos.
- Na verdade, esse herbicida glufosinato é tão tóxico que já foi decidida a sua proibição na União Europeia a partir de 2017? Se a União Europeia aprovar o arroz transgénico é como estar a dizer: «Não permitimos cá este herbicida, mas não queremos saber se abrimos as portas para este arroz ser produzido noutros países que assim vão ficar poluídos. Também não nos interessa se o glufosinato, apesar de proibido, acaba por voltar a entrar na nossa cadeia alimentar através do arroz que importarmos.»
- Os resíduos do herbicida não desaparecem quando se coze o arroz?
- A entrada do arroz transgénico na Europa, segundo documentos da própria empresa Bayer, vai levar à contaminação dos campos de cultivo de arroz normal?
- A Bayer não é de confiança? Nos Estados Unidos em 2006 uma das suas variedades de arroz transgénico, apenas autorizado para testes experimentais, contaminou extensas áreas de arroz agulha e o resultado foi um prejuízo superior a 1,2 mil milhões de dólares para toda a indústria arrozeira daquele país. E a Bayer, o que fez? Descartou-se de todas as responsabilidades afirmando simplesmente em tribunal que esse acidente tinha sido «um acto de Deus»!
- Esta é uma decisão sem retorno? Não existe cultivo comercial de arroz transgénico em país algum do mundo. A Bayer quer forçar a União Europeia a aprovar a importação do arroz LL62 de modo a depois começar o cultivo em países com legislação mais frágil. A consequências será a contaminação das variedades de arroz um pouco por todo o mundo. E finalmente a União Europeia ver-se-á obrigada a autorizar o cultivo transgénico também por cá, porque – tal como já acontece com outras espécies – as variedades normais de arroz terão ficado irremediavelmente comprometidas.

Nada está perdido. Ainda estão pela frente duas votações em Bruxelas, uma a nível de comité regulador e outra no Conselho de Agricultura, que ainda não têm data marcada. Portugal tem 12 votos e são necessários 91 votos contra para bloquear esta aprovação. Para a chumbar definitivamente é preciso reunir 255 votos (existe um total de 345 votos no Conselho). Se Portugal se abstiver é como se estivesse a votar a favor - só um voto contra é que interessa! Por isso vale a pena mostrar ao Governo de que lado temos de nos colocar, porque a nossa posição pode fazer a diferença na balança europeia.
Portugal é o terceiro maior produtor de arroz da União Europeia, e os portugueses comem, por ano, mais arroz do que qualquer outro europeu. Se o arroz transgénico da Bayer for aprovado para o mercado europeu, seremos dos mais afectados. É pois a nossa saúde, economia e cultura que estão em causa.
Não há ninguém em Portugal a pedir arroz transgénico - nem a indústria, nem os consumidores, nem os agricultores. Qualquer voto português a favor, ou mesmo uma abstenção, representaria uma vénia a interesses que não são os nossos. Para protecção dos consumidores e do arroz cultivado em Portugal façamos um apelo a que o governo assuma as suas responsabilidades e afirme publicamente que fará tudo ao seu alcance para evitar este atentado à nossa alimentação e gastronomia.
Uma campanha da  www.stopogm.net Clique e participe.
Não deixe que outros decidam o seu futuro!

Agenda Europeia do Ambiente

RAPID* - EDIÇÃO DA REPRESENTAÇÃO DA COMISSÃO EUROPEIA EM PORTUGAL

Aprovada proposta da Comissão sobre a comercialização de sementes de gramíneas selvagens para promover a biodiversidade na UE
Os esforços de conservação do ambiente e de protecção da biodiversidade na UE deram um passo importante na passada sexta-feira com a aprovação pelos Estados-Membros da proposta da Comissão que prevê a comercialização de determinados tipos de sementes de plantas selvagens provenientes de habitats protegidos. A proposta, adoptada pelo Comité Permanente das Sementes e Plantas Agrícolas, Hortícolas e Florestais, vem flexibilizar as normas que regulam a comercialização de alguns tipos de sementes de plantas selvagens conhecidas como " misturas de sementes para conservação do ambiente".
(Desenvolvimento em IP/10/846)

Relatório prevê escassez de 14 matérias-primas essenciais
As matérias-primas são uma parte fundamental tanto dos produtos de alta tecnologia como dos bens de consumo diário, como telemóveis, pilhas, cabos de fibra óptica, combustíveis sintéticos. Porém, segundo um relatório hoje publicado pela Comissão, a sua disponibilidade está cada vez mais em risco. Nesta primeira análise sobre a acessibilidade das matérias primas, os peritos analisaram uma selecção de 14 matérias-primas essenciais num conjunto de 41 minérios e metais analisados. A procura crescente de matérias-primas é motivada pelo crescimento das economias em desenvolvimento e das tecnologias emergentes. Os resultados do relatório serão usados para a elaboração de uma comunicação a publicar no Outono sobre estratégias para garantir o acesso às matérias primas.
(Desenvolvimento em IP/10/752 e MEMO/10/263)

Comissão insta Portugal a garantir um desenvolvimento urbano das zonas costeiras conforme com as normas sobre a protecção dos habitats
A Comissão Europeia solicita a Portugal que garanta um desenvolvimento urbano das suas zonas costeiras nas áreas naturais sensíveis em total conformidade com a legislação da UE sobre a protecção do ambiente. A Comissão preocupa-se com o facto de ter sido concedida uma licença de construção para dois grandes projectos de desenvolvimento urbano em áreas naturais protegidas nos distritos de Alcácer/Grândola no norte do Alentejo, numa zona chamada Comporta-Galé, que está integrada na rede Natura 2000 da UE, não obstante os impactos negativos previstos. Se os projectos de desenvolvimento urbano forem realizados de acordo com os planos actuais, a consequência poderá ser a perda definitiva das áreas protegidas sensíveis. Este caso tem implicações importantes, na medida em que também estão em estudo outros projectos semelhantes de desenvolvimento urbano na região.
(Desenvolvimento em IP/10/829)

Comissão solicita a Portugal e outros Estados-Membros que cumpram a legislação da UE 
A Comissão solicitou a dez Estados-Membros, incluindo Portugal, que cumpram a legislação ambiental da UE em cinco áreas diferentes: prevenção de inundações, resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos, política das águas, gestão do ruído e aterros. Os processos cabem dentro de três categorias diferentes: não comunicação da adopção da legislação da UE a nível nacional; não conformidade entre a legislação nacional e os requisitos da legislação nacional e má aplicação das exigências da legislação da UE.
(Desenvolvimento em IP/10/832)

Empresários europeus aprovam um código de conduta ecológico
Chefes de empresas europeus publicaram hoje um código de conduta ecológico não vinculativo destinado ao sector da distribuição. Os empresários que a ele aderirem adoptam um conjunto de princípios e de medidas destinados a reduzir a sua pegada ecológica.
(Desenvolvimento em IP/10/824)

Pesticidas: mais controlos e resíduos menos nocivos e em menores quantidades para alimentos mais seguros na UE 
A segurança alimentar melhorou este ano na UE graças à eliminação do mercado de pesticidas nocivos e ao reforço dos controlos nas fronteiras da UE. Desde Janeiro passado, a UE estabeleceu um posto fronteiriço comum para certas frutas e legumes. Para estes produtos importados, foi introduzido um novo regime que prevê o controlo das mercadorias na fronteira antes da entrada na UE.
(Desenvolvimento em IP/10/826)

Atlânticoline lança Eco Tarifa

A Atânticoline, empresa que efectua o transporte marítimo nos Açores, arrancou hoje com a prática de uma tarifa especial que pretende estimular a partilha de viaturas entre passageiros, para reduzir a poluição. 
Segundo a empresa, a "Eco Tarifa" pretende incentivar as pessoas que viajam em grupo a levar apenas uma viatura, oferecendo "25% de desconto no bilhete do carro quando este for acompanhado por quatro adultos".
A aquisição da tarifa fica sujeita à disponibilidade de lugares - 50 para passageiros e 25 para viaturas por rota, segundo uma nota da empresa.
A Atlânticoline sublinha que com a introdução destes novos bilhetes pretende-se "a redução da emissão de gases poluentes", já que "uma das causas mais importantes da poluição automóvel reside no facto de a maioria das viaturas em circulação transportar apenas uma ou duas pessoas". 
A operação de transporte marítimo de passageiros inter-ilhas, arrancou em Maio com o navio Express Santorini, mantendo-se até outubro.
Diário Digital / Lusa

Universidade dos Açores lança carta com locais de interesse geológico da ilha Graciosa

A Universidade dos Açores lançou a Carta de Geosítios da Graciosa, que inclui fichas de caracterização dos nove locais com interesse geológico existentes nesta ilha. O documento tem a indicação de trilhos pedestres, miradouros e pontos de observação privilegiados. A Caldeira e a Furna do Enxofre, uma das principais atracções turísticas da Graciosa, são dois geosítios que constam desta carta, que também inclui locais como a Baía da Vitória, o Pico Timão e a zona costeira entre o Redondo e Porto Afonso.
As Arribas da Serra Branca, a Caldeirinha de Pêro Botelho ou a Ponta da Barca e o Ilhéu da Baleia são outros geosítios importantes. A carta, da autoria de João Carlos Nunes, Eva Almeida Lima e Sara Medeiros, é uma produção do Laboratório de Geodiversidade dos Açores, que também já tinha lançado uma publicação idêntica referente à ilha de Santa Maria.
Até ao final deste ano está previsto o lançamento das cartas de geosítios das ilhas do Corvo e do Faial.

Comando da Zona Militar dos Açores recebe prémio ambiental

O Comando da Zona Militar dos Açores venceu o Prémio Defesa e Ambiente 2009, no valor de 27 mil euros, a usar em projectos ambientais, pelo trabalho realizado na bacia hidrográfica da Lagoa dasFurnas, em São Miguel, noticia a Lusa. Na cerimónia de anúncio do prémio, que decorreu no passado dia 16, no Forte São Julião da Barra, em Oeiras, o ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva, elogiou a «excelente prática de desenvolvimento, não sóde consciência e preocupação ambiental, mas também de participação activa das Forças Armadas em projectos de valorização ambienta». Augusto Santos Silva salientou as «acções concretas» do Comando da Zona Militar na Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas, que «passaram pela utilização dos sistemas militares para a recuperação de jardins, para o levantamento de estruturas e para a plantação de flora nativa». Para o ministro, «fazendo isto, as Forças Armadas Portuguesas estão a fazer uma das suas mais importantes missões: a cumprir o artigo 275.º da Constituição da República Portuguesa: contribuir para a melhoria do bem estar das populações e da sua qualidade de vida».Também a ministra do Ambiente e Ordenamento do Território, Dulce Pássaro, participou na cerimónia, elogiando a situação actual, em que«as políticas ambientais são transversais ao exercício de outras políticas». «Não havia, no início da década de 90, por parte dos dirigentes dasorganizações o grau de sensibilidade que hoje existe para aimportância de serem integradas as políticas ambientais nasactividades das organizações», lembrou. Os ministérios da Defesa Nacional e do Ambiente e Ordenamento do Território receberam quatro candidaturas para o prémio: duas da Marinha, uma do Exército e outra das Forças Armadas. O prémio foi criado em 1993 pelas duas entidades e desde então recebeu 84 candidaturas.
Tirado daqui.

Espécie rara de ave nidifica na ilha de Santa Maria

Uma espécie de ave costeira de origem americana foi observada a nidificar pela primeira vez em Santa Maria, nos Açores, durante o mês passado. Este registo de nidificação do Borrelho-de-coleira-dupla (Charadrius vociferus) é o primeiro verificado na Europa, embora esta espécie tenha sido observada nos Açores esporadicamente nos últimos anos, principalmente durante o Inverno. Segundo o site Birdingazores, referência no registo destas ocorrências de aves menos comuns para a Região, existem 18 observações desta espécie no arquipélago, sendo que metade se registaram nos últimos 10 anos, mas nunca se tinha comprovado a sua reprodução.
A nidificação foi descoberta e acompanhada por Alan Vittery, um observador de aves de Santa Maria, que descobriu as aves durante o mês de Maio, tendo depois observado não só o casal de adultos como duas aves juvenis. Para este entusiasta das aves, o facto de se poder comprovar pela primeira vez a nidificação desta espécie em território europeu “é algo relevante não só para ilha mas também a nível internacional”. Segundo Luís Costa, Director Executivo da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, “este facto vem realçar um dos valores dos Açores para a Ornitologia: a frequente ocorrência de aves provenientes do continente americano". A possibilidade de ver novas espécies de aves, traz todos os anos aos Açores um cada vez maior número de observadores de aves, muitos deles visitam a Região todos os anos. Ainda segundo Luís Costa “um exemplo é a presença nos últimos anos de mais de 30 observadores de aves na ilha do corvo durante os meses de Outono.
A comprovar este olho atento dos entusiastas das aves nos Açores, a notícia foi alvo de atenção por parte da Revista Birdwatch, uma conceituada publicação britânica da especialidade e será um dos destaques na edição de Julho. Para Dominic Mitchel, o editor da Birdwatch, “será muito interessante poder acompanhar a evolução destas aves nos Açores durante os próximos anos” e será certamente “mais um importante contributo para a relevância dos Açores na ornitologia europeia”.
O sítio Birdingazores é uma ferramenta muito utilizada por estes caçadores de raridades sendo possível verificar o elevado número de espécies raras na Europa que ocorrem nos Açores. O turismo ornitológico tem tido cada vez maior importância a nível mundial sendo um tipo de turismo geralmente de pouco impacto ambiental e que beneficia as populações locais essencialmente durante a época baixa do turismo mais tradicional.
Notícia tirada daqui.

Top 10 das espécies descobertas em 2009

O Instituto Internacional de Exploração de Espécies (IISE), da Universidade do Arizona, já divulgou as espécies descobertas e registadas em 2009.
As espécies que fazem parte deste “top 10” de 2009 foram eleitas entre milhares descobertas um pouco por todo o mundo, no ano transacto. Sete das dez espécies estão em latitudes tropicais ou equatoriais. São elas:
- Um peixe-rã (Histiophryne psychedelica), habitante dos recifes de coral perto da Indonésia; tem cores muito garridas que lhe permitem viver camuflado.
- Uma esponja carnívora Chondrocladia turbiformis, que vive no mar a este da Nova Zelândia, pertence a uma antiquíssima família de esponjas carnívoras. Foram encontradas nas suas paredes espículas - estruturas no esqueleto destes animais - que também existiam num fóssil do Jurássico.
- Um peixe com dentes tipo presas (Danionella dracula), com aspecto vampírico, encontrado na Birmânia, que tem presas para lutar contra outros machos.
- Uma aranha dourada (Nephila komaci), a primeira espécie de Nephila descrita desde 1879. A Nephila komaci é a maior que se conhece do género com um tamanho de pernas, no caso das fêmeas, de 12 centímetros. Estes aracnídeos podem construir teias com um metro de diâmetro.
- Uma poliqueta (Swima bombiviridis), encontrada em profundidade junto da Califórnia, que tem a particularidade de lançar bolas bioluminescentes para enganar os inimigos quando se sente ameaçada.
- Uma lesma do mar (Aiteng ater), descoberta nos mangais do golfo da Tailândia, que se alimenta de insectos, o que é caso único, obrigando à criação de uma nova família.
- Uma nova espécie de cogumelo (Phallus drewesii), descoberto na ilha de São Tomé, é o único fungo incluído na lista. É um cogumelo com forma de falo, daí o nome, tem cinco centímetros e sustenta-se a partir das árvores, crescendo curvado para o chão.
- Um peixe eléctrico (Gymnotus omarorum), do Uruguai, uma espécie conhecida há décadas, por ser utilizado em laboratório para estudos fisiológicos sobre electricidade, mas que se pensava que pertencia a outra espécie.
- Uma planta carnívora “gigante” (Nepenthes attenboroughii), endémica da ilha de Palawan, nas Filipinas, que tem uma estrutura parecida com um jarro, mas cujo tamanho chama a atenção. O aparelho com 30 centímetros de altura e um diâmetro de 18 centímetros serve para caçar animais. A área onde se encontra é pequena e obrigou a planta a entrar directamente para a lista de espécies criticamente em perigo.
- Um tipo estranho de tubérculo comestível (parecido com o inhame, mas com vários bolbos), o Dioscorea orangeana foi encontrado em Madagáscar.
Esta lista é realizada todos os anos pelo instituto citado e por um comité internacional de taxonomistas.
Em comunicado, o instituto explica que “o destaque que se dá a dez espécies pretende chamar a atenção, de uma forma divertida, para a importância dos museus de História Natural, dos Jardins Botânicos e para o tema da biodiversidade”.
Esta lista anual, que começou a ser feita em 2007, serve igualmente para assinalar o nascimento de Carl von Linné (Suécia, 1707-1778), que inventou o modelo moderno de classificação de plantas e animais. Desde o início do seu trabalho, foram descritas e classificadas 1,8 milhões de espécies. Os cientistas acreditam que existem entre 2 a 100 milhões de espécies na Terra.
Quentin Wheeler, director do IISE, explica que “classificar espécies de todo o mundo e as suas características únicas são parte fundamental para entender a história da vida. Interessa-nos para enfrentarmos o desafio de viver num planeta em constante mudança”.

Maria do Céu Patrão Neves propõe criação de gabinete regional para o mar

A eurodeputada Maria do Céu Patrão Neves propôs este neste passado sábado a criação de um gabinete regional para o mar destinado a implementar a estratégia nacional naquela área na região, «em função das particularidades dos Açores», noticia a Lusa. 
A eurodeputada do PSD falava em Ponta Delgada, na Universidade dos Açores, durante a sessão de inauguração do grupo de Reflexão dos Assuntos Europeus que a Associação Regional do Parlamento Europeu dos Jovens (PEJ Açores) criou recentemente. 
De acordo com Maria do Céu Patrão Neves, o gabinete em causa poderia ficar integrado na secretaria regional do Ambiente e do Mar para que «pudesse especificar os objectivos em função das particularidades dos Açores». 
«Há um documento, muito bem estruturado designado Estratégia Nacional para o Mar, que propõe linhas de actuação bastante concretas e que foram estabelecidas a partir de 2006 e vão até 2016», lembrou a eurodeputada, salientando as funções do gabinete que propôs. 
No seu entender, o gabinete poderia, por exemplo, identificar as instituições sediadas nos Açores que pudessem ser parceiras na estratégia nacional para o mar, fazendo ainda o acompanhamento e avaliação do processo no espaço marítimo do arquipélago. 
«Esta estratégia é global e transversal. A grande virtude é que vê o oceano de forma global, que vai desde o turismo, às pescas, transportes e a recursos energéticos, numa articulação entre vários responsáveis e organismos de vários sectores», frisou. 
No encontro foi ainda abordada a extensão da plataforma continental de Portugal junto da ONU: contributo dos Açores. 
Na ocasião, o director regional do Ambiente, Frederico Cardigos, destacou o interesse científico e a protecção ambiental subjacentes à questão da extensão da plataforma continental, evidenciando a existência, no caso dos Açores, de fontes hidrotermais e montes submarinos. 
«Existe um interesse moral de legado que podemos deixar aos nossos filhos», salientou ainda Frederico Cardigos, na sua apresentação.
Notícia tirada daqui.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Trilhos pedestres fechados pelo mau tempo e obras das SCUT

In AO de 22 de Junho de 2010

São Miguel Com o início do Verão vem também o pico do pedestrianismo, uma actividade de lazer que neste ano encontra algumas limitações devido ao encerramento forçado de alguns dos trilhos mais populares em São Miguel. De acordo com informações recolhidas no site www. azores-trails.com, de entre os 27 trilhos pedestres oficialmente homologados em São Miguel, 10 deles encontram-se “temporariamente fechados”. O principal motivo da inviabilização dos trilhos foi o intenso mau tempo sentido no Inverno, cuja intensa precipitação causou uma série de derrocadas e inundações com nefastas consequências sentidas um pouco por todo o arquipélago. “Os mais afectados foram os trilhos em falésias e taludes, como por exemplo em Ponta Garça, Ribeira Quente ou a Descida da Rocha da Relva”, aponta Diogo Caetano, responsável da associação ecológica Amigos dos Açores. “Agora com o tempo mais seco, de certa forma há mais condições para fazer reparações em alguns trilhos a curto e médio prazo”, afirmando no entanto que “há algumas derrocadas em que não será possível recuperar as condições dos trilhos anteriores”. Já Paulo Nascimento Cabral, presidente da Quercus Açores, indicou que há alguns trilhos que “necessitam de uma intervenção de fundo e até redefinição do próprio caminho, que está neste momento obstruído”, citando como exemplos o trilho que liga Ponta Garça à Ribeira Quente, o do Pico de Água Retorta, o da Ribeira Chã, entre outros. “A par do Inverno rigoroso, não podemos esquecer o impacto que as obras das SCUT têm tido na movimentação de terras”, apontou Paulo Nascimento Cabral. A par destes problemas, Diogo Caetano apontou também um problema que é o do uso de veículos motorizados em trilhos homologados exclusivamente para uso de pedestres. “Apenas como exemplo, porque existem mais, é frequente encontrarmos marcas de motos no trilho da Serra Devassa”, conta. “Além de desgastar o trilho, que é bastante sensível uma vez que tem bastante pedra-pomes, também pode ter consequências mais graves, como um acidente entre motos e pedestres”, esclarecendo também que “nada temos contra actividades motorizadas, desde que sejam praticadas nos locais correctos”. O problema do lixo ainda se encontra também presente, com Paulo Nascimento Cabral a relatar algumas das queixas que têm chegado à Quercus Açores. “Surgem mesmo em trilhos mais frequentados, nomeadamente o da Lagoa do Fogo, Vista do Rei e o trilho de Santo António”, entre outros, com lixo que vai desde sacos de ração agrícola até electrodomésticos, indicando que há muito a fazer para a divulgação dos trilhos. “Salvo as acções, que curiosamente vêm do sector privado, que promove os trilhos pedestres, o que se constata é que há um relativo abandono dos mesmos”, afirma. Paulo Nascimento Cabral salienta ainda a “enorme riqueza destes caminhos a nível de fauna e flora”, além da componente histórica, pois eram usados regularmente pelos antigos, o que deveria levar a uma maior divulgação destes como marca cultural a par da actividade física.

Queixas relativas a trilhos pedestres em São Jorge chegam à Assembleia Regional O grupo parlamentar do PSD/Açores no Parlamento açoriano denunciou ontem que “vários trilhos pedestres em São Jorge se encontram ao abandono”, causando “graves prejuízos” ao turismo. O deputado Mark Marques indicou que, sendo uma das ilhas do arquipélago com vários caminhos conhecidos e com “grande potencial” para recuperar outros, “possui actualmente alguns trilhos abandonados e sem manutenção”, situação que, acusa o social-democrata, “está a causar graves prejuízos a quem desenvolve esta actividade do pedestrianismo”. Em requerimento enviado à Assembleia Regional, Mark Marques salientou ainda que cerca de 80% dos turistas estrangeiros que visitam a ilha de São Jorge “fazem turismo a pé”.

domingo, 20 de junho de 2010

Quercus São Miguel comemora Dia Mundial dos Oceanos





No âmbito do concurso promovido pela Quercus São Miguel e em parceria com empresa seabottomazores, foi possível levar 20 participantes a observar o fundo do mar, na costa sul de São Miguel. Conhecer para poder preservar foi o mote desta iniciativa, que solicitou aos participantes dez acções concretas que poderão contribuir para a defesa do mar que nos rodeia. Desta forma, está previsto juntar todos os trabalhos a uma actividade que será realizada no segundo semestre e que pretende criar a Carta Municipal de Respeito pelo Oceano, em parceria com a rede de 29 ATL's da Câmara Municipal de Ponta Delgada, envolvendo cerca de 500 crianças.
Nesta iniciativa, com a grande colaboração da empresa Seabottomazores, foi notória a falta de peixe, pois diz quem sabe, "estes mares estão uma miséria, está tudo rapado(...) as redes e as gaiolas dão cabo de tudo (...)apanha-se peixe sem tamanho o que não permite a reprodução".


Quercus São Miguel celebra o Ano Internacional da Biodiversidade


Palestra na Universidade dos Açores pelo Professor Frias Martins.

No âmbito do Dia Internacional da Biodiversidade e tendo em conta o facto de 2010 ser o Ano Internacional da Biodiversidade, o Núcleo Regional da Quercus São Miguel promoveu uma palestra na Universidade dos Açores, pelo Professor Frias Martins.

Esta inciativa foi uma excelente aula de sapiência, em que se fez uma abordagem geral da biodiversidade na região, mas que incidiu principalmente sobre a acção do Homem na protecção da mesma. Desta forma, insistiu na definição dos valores a três níveis:
 - Valor utilitário;
 - Valor económico;
 - Valor espiritual.
A nossa vivência deveria ser uma conjugação dos três valores, no entanto nunca poderemos deixar de parte o valor espiritual, que simboliza o prazer de desfrutar o que nos rodeia, apreciar a natureza e o nosso meio ambiente, esquecendo qual a utilidade que tem para nós e o seu valor económico. Pensar e tirar prazer da situação, do momento, de uma paisagem, do por-do-sol, de um jardim, sem segundas intenções.

Grande lição para todos nós.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Safari Microbiano de 20 de Junho

O grupo de trabalho "Vida em Ebulição" irá organizar, em conjunto com os Amigos dos Açores uma visita guiada aos campos fumarólicos das Furnas no próximo Domingo, 20 de Junho.
O Safari Microbiano terá início às 9h30m nas caldeiras das Furnas (challet junto à água azeda) e está previsto de ter uma duração de 4 a 5 hrs e tem inscrição limitada a 15 participantes.
Para inscrições, contacte uma destas organizações. Participe e fique a conhecer, neste Ano Internacional da Biodiversidade, um dos ecossistemas mais fascinantes dos Açores.
O grupo "Vida em Ebulição" tem como objectivo principal a divulgação e a sensibilização para a biodiversidade microbiana existente nas nascentes termais Açorianas. Uma das linhas acção deste grupo enquadra-se dentro da promoção do ensino experimental das ciências naturais nos Açores, tendo como objecto de estudo as comunidades microbianas que residem nas nascentes termais Açoreanas. O trabalho é maioritariamente desenvolvido nas Furnas, mas é aplicável às várias áreas termais espalhadas pelo arquipélago. Prova disto é o trabalho mais recente de colaboração com a Escola Secundária da Ribeira Grande no projecto de monitorização da "Ecologia Microbiana das nascentes termais do vulcão do Fogo.
Na sua concepção mais abrangente, este trabalho visa contribuir para a divulgação de conhecimentos e trabalhos sobre os ecossistemas termais Açorianos do ponto de vista científico, histórico, económico e cultural não só ao nível Regional como também Nacional e Internacional.
Ainda este ano estará concluído o Observatório Microbiano dos Açores (OMIC), localizado no Vale das Furnas, que funcionará como espaço privilegiado para a divulgação de estudos sobre a biodiversidade e ecologia microbiana de comunidades microbianas açorianas.
Os seus objectivos são manter simultaneamente uma monitorização a longo prazo da ecologia microbiana termal e efectuar uma validação dos recursos naturais desta natureza, visto que através das várias linhas de acção a desenvolver será possível educar, sensibilizar e consciencializar as pessoas para este recurso biológico único.
O observatório irá assentar sobre três linhas principais de intervenção: monitorização e construção de um museu de amostras biológicas ou depósito de amostras biológicas; educação e sensibilização; e conservação e gestão da biodiversidade microbiana termal.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A saibreira não licenciada da Reserva Natural do Morro Alto e Pico da Sé

A propósito disto, palavras para quê... Fica o vídeo. Ficamos a aguardar o licenciamento e o respectivo plano de recuperação paisagística.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Encontros de Porto Pim 2010

Encontra-se a decorrer na cidade da Horta os Encontros de Porto Pim 2010. Este evento, que tem lugar no “Centro do Mar”, antiga Fábrica da Baleia, envolve um conjunto de actividades artísticas, culturais, desportivas, náuticas e ambientais que partem de uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal da Horta, da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (SRAM), do Observatório do Mar dos Açores, entre outros.
A inauguração da sinalética do Parque de Esculturas “Entre Montes”, marcou o arranque do programa destes Encontros de Porto Pim, que prossegue até ao dia 20.
Do programa consta a realização de um workshop de Reciclagem, e a acção ambiental “Vem plantar uma endémica”, bem como percursos pedestres, construções na areia, vela, canoagem, concurso de pintura e documentários. A música e o teatro também não vão faltar.
Um dos pontos altos destes do evento passa pela exibição do Documentário da RTP/Açores “Porto Pim, antes e depois do Homem”, que dará o mote para uma tertúlia, após a apresentação do filme.
Em representação da SRAM esteve João Melo, que falou acerca da participação desta Secretaria nestes Encontros com o objectivo de sensibilizar e educar para o Ambiente. “Este evento insere-se numa política de sensibilização e educação ambiental, daí que a nossa participação seja essencialmente nessa óptica, que são os percursos pedestres, a flora e fauna do Monte da Guia e a plantação das endémicas”, disse, salientando que, de facto, a Educação e a Sensibilização Ambiental compõem “um dos pilares fundamentais” da acção da SRAM.
Consulte aqui o programa.

Wild Wonders of Europe

Esta é uma excelente exposição que revela as maravilhas selvagens da Europa e alerta para o perigo que correm.
Ao que parece quando se fala em natureza, muitos europeus revelam-se pouco informados e foi com o intuito de alterar este cenário que três dos mais prestigiados e premiados fotógrafos europeus (Peter Cairns, Florian Moellers e Staffan Widstrand) decidiram criar a Wild Wonder of Europe: uma exposição constituída por uma centena de fotos captadas por 69 dos melhores fotógrafos europeus oriundos de 48 países. Portugal está representado por Luís Quinta e por Nuno Sá, que muito tem fotografado os mares dos Açores.
A exposição é gratuita e pode ser neste momento observada na cidade de Haia, Holanda, até dia 31 de Agosto, data a partir da qual iniciará uma digressão que poderá percorrer todos os países da Europa e, posteriormente, ser também exibida nos Estados Unidos da América.
Além de dar a conhecer paisagens e animais, a exposição visa igualmente alertar para as muitas espécies em via de extinção. A Finlândia, por exemplo, foi recentemente alertada pela Comissão Europeia para tomar medidas de protecção das focas do lago Saimma. Este é apenas um de muitos casos de negligência ambiental em países desenvolvidos.
Esperamos que o Wild Wonders of Europe cumpra a sua missão, antes que seja tarde demais.

Documentário sobre os Açores

A qualidade da água

A água é sem dúvida um bem essencial à vida que desempenha um papel crucial no desenvolvimento sócio-económico da nossa região com incidências no ambiente .
O consumo diário de água nas ilhas dos Açores ascende a cerca de 40 milhões de litros, estimativa que exclui, por impossibilidade de cálculo, a água consumida na limpeza das explorações agrícolas, que é elevada, pois as explorações necessitam de muita água para manter uma higiene adequada que garanta a produção de leite de qualidade.
A maioria dos municípios dos Açores oferece água de qualidade aos consumidores, mas alguns apresentam resultados negativos nas análises efectuadas à água de abastecimento público.
Uma das causas é a contaminação das nascentes devido á proximidade dos terrenos de pastagem.
Os principais contaminantes da água são coliformes, estreptococos, nitratos, fosfatos, matéria orgânica, pesticidas, elementos metálicos e óleos minerais. Por este motivo a água antes de correr nas torneiras, é captada em zonas específicas e depois tratada. A par deste tratamento, que deve ser rigoroso, é necessário haver um controlo de qualidade, feito através de análises periódicas.
Outro dos factores responsáveis pela degradação da água, relacionado com as fontes de poluição, é o enriquecimento em nutrientes: resulta da utilização de fertilizantes na agricultura, das descargas de esgotos urbanos e da rejeição de efluentes de agro-industrias e outros sectores com efeitos nefastos sobre o equilíbrio dos ecossistemas. Este fenómeno, designado por eutrofização (infelizmente bem presente em algumas lagoas dos Açores), diminui os níveis de oxigénio dissolvido e o ph das águas. Em situações extremas leva à perda da fauna e flora e consequente empobrecimento da qualidade da água.
A Directiva Quadro da Água, em vigor desde Dezembro de 2000, nos vários estados membros, visa proteger rios, lagos, águas costeiras e águas subterrâneas e obriga a alcançar o "bom estado" de todas as águas da União Europeia até 2015. Reduzir e controlar a poluição proveniente, por exemplo, da agricultura, da actividade industrial e das áreas urbanas, é um dos objectivos prioritários desta Directiva.
Quanto maior a degradação das origens da água, mais eficiente e mais caro terá de ser o tratamento, daí a importância de proteger os recursos hídricos, sobretudo os destinados à produção de água para consumo humano.
Esta preocupação com a qualidade da água reflecte-se cada mais junto dos consumidores, pois muitas vezes os municípios não admitem que a qualidade da água não é boa (é certo que fazem as análises, mas haverá sempre muitos parâmetros por analisar e o número de possíveis contaminantes é enorme, por isso o controlo não é assim tão rigoroso como nos querem fazer crer). Estas entidades gestoras da água tentam sempre desvalorizar as as preocupações em relaçao a essa qualidade, preocupações estas que são legítimas, pois o que está em causa é a saúde pública.
Neste contexto, muitos cidadãos têm vindo a adquirir aparelhos de osmose inversa e filtros purificadores, numa tentativa de assegurar a qualidade ideal da água. Acontece que no passado mês de Janeiro a Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA), em resposta a diversos pedidos de esclarecimento sobre a utilização de filtros nas torneiras domésticas, considerou conveniente emitir um parecer sobre este assunto. Este parecer elaborado pela Comissão Especializada da Qualidade da Água da APDA conclui que "tendo em conta os fundamentos técnicos e a relevância desta matéria no âmbito da saúde pública, é fundamental esclarecer os consumidores que a água resultante da passagem por estes aparelhos é uma água com carência em sais minerais dissolvidos e não aconselhável ao consumo humano". Para ler o parecer na íntegra, clique aqui.
Só um esclarecimento: os sais retirados pela osmose inversa dependem do seu nível na água a tratar, pelo que se se tratar de uma água com uma condutividade (é comumente usada para medir a quantidade de sal na água - um importante indicador da qualidade) muito elevada, após passar pelo filtro, resultará numa água com um valor de condutividade aceitável que até pode estar próximo do valor máximo admissível, mas se se tratar de uma água de baixa condutividade, à saída do sistema, obteremos praticamente água destilada e isso não será de facto muito bom.
Por exemplo, no caso das análises acusaram coliformes fecais uma solução poderá ser ferver a água ou tratá-la com com hipoclirito de sódio (vulgo lexívia), mas se o problema for nitratos acima dos valores admissíveis, ou outro tipo de contaminantes químicos, como pesticidas, ou a presença de calcário, só poderá ser tratada com filtragem e não pode ser uma filtragem qualquer.
Mais uma vez cabe aos cidadãos estarem informados sobre os resultados das análises feitas à qualidade da água na sua zona de residência.
Recentemente foi criada a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos dos Açores (ERSARA), uma pessoa colectiva de direito público, dotada de personalidade jurídica e autonomia administrativa e financeira. Sujeita à superintendência e tutela do Secretário do Ambiente, a ERSARA tem como missão exercer as funções reguladoras e orientadoras nos sectores de abastecimento público de água, das águas residuais urbanas e dos resíduos e, complementarmente, funções de fiscalização e controlo da qualidade da água para consumo humano na Região.
Nos termos deste diploma, ficam sujeitas à regulação da ERSARA as entidades que operem no âmbito dos serviços da água para consumo humano, recolha e tratamento de águas residuais e as entidades gestoras, operadoras de gestão e as entidades gestoras de fluxos específicos de resíduos.
Também foi lançado, em Março deste ano, o SRIA - uma plataforma tecnológica que disponibiliza a todas as entidades e cidadãos informação de referência sobre os recursos hídricos dos Açores, incluindo dados de base, redes de monitorização da quantidade e qualidade da água, títulos de utilização, zonas balneares, projectos e empreitadas, entre outra. Adicionalmente, inclui informação de carácter municipal sobre os sistemas de abastecimento de água e os sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais. Curiosamente este site ainda só disponibiliza informações relativas ao grupo oriental.

sábado, 12 de junho de 2010

Food Inc - o que comemos é importante

Petição contra o cultivo de OGMs

A Comissão Europeia autorizou plantação de organismos geneticamente modificados (OGM), privilegiando os interesses económicos em detrimento dos interesses públicos. Cedendo ao lobby dos OGM, a Comissão ignorou 60% dos europeus que acreditam ser necessário ter mais informação antes de plantar alimentos que possam colocar em risco a nossa saúde e o meio ambiente.  
Neste contexto surgiu uma nova iniciativa que permite que, através de 1 milhão de cidadãos da UE, seja apresentado um pedido legal à Comissão Europeia. 
Mais de 590.000 pessoas já assinaram a petição para impedir plantações de OGMs na Europa para que mais pesquisas sejam efectuadas na área dos transgénicos. 
O objectivo do movimento da Avaaz é juntar 1 milhão de vozes para banir os OGM até que a investigação seja finalizada. 
As assinaturas serão entregues ao Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Consumidores, grupos de saúde pública, ecologistas e agricultores estão a mobilizar-se contra a influência que algumas das companhias internacionais dos OGM têm sobre a agricultura europeia. As preocupações relacionadas com as plantações de OGM incluem: efeitos na saúde, contaminação de plantações orgânicas e do meio ambiente, o impacto climático devido ao uso excessivo de pesticidas, a destruição da biodiversidade e da “pequena” agricultura local.
Alguns Estados-Membros da EU já demonstraram uma forte oposição à decisão que autorizou o cultivo da batata Amflora, um tubérculo concebido pela BASF e a comercialização de três variedades de milho transgénicas do grupo Monsanto. A Itália e a Áustria opuseram-se e a França alega a necessidade de mais estudos científicos.
Ainda não há consenso sobre os efeitos das plantações dos OGM a longo prazo, e é o lobby dos OGM que está a financiar, com base em interesses económicos e não no bem-estar da sociedade, as investigações e regulamentações. É por esse motivo que os cidadãos europeus pedem, por precaução, que sejam realizados mais pesquisas e testes por entidades independentes antes da disseminação dos OGM em solos europeus. 
Assine a petição e divulgue para conseguirmos 1 milhão. 
Estar informado é um direito. 
Contamos que os cidadãos portugueses imprimam à reivindicação dos seus direitos a mesma força que imprimem à manifestação das suas paixões.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

World Press Photo 2010

A 53ª edição da maior exposição internacional de fotojornalismo exibe, mais uma vez, excelentes retratos de guerra, violência e sofrimento, mas também belas imagens do desporto, do quotidiano e da natureza. Fica aqui a nossa selecção. 

Natureza: 1º prémio singular
Um guarda-rios na Hungria mergulha para apanhar um peixe. O seu olho encontra-se fechado por uma camada protectora que é suficientemente transparente para permitir seguir a presa debaixo de água.
Fotografo: Joe Petersburg; National Geographic Collection

Natureza: 1º prémio reportagem
A região do sul da Georgia na Antarctica, tem uma extenção de 160km de montanhas e glaciares, metade cobertas por neve e gelo e a outra metade por rocha e tundra. As grandes concentrações de krill nesta área, fazem com que este seja um paraíso para a vida selvagem. O krill é assim um elemento vital da cadeia alimentar da Antarctida, mas encontra-se ameaçado, uma vez que a sua fonte de alimentação é o fitoplancton (que cresce debaixo da camada de gelo no mar), que está a encolher de ano para ano.
Fotografo: Paul Nicklen, National Geographic

Temas actuais: 2º prémio singular 
Girafa morta em consequência da extrema seca, no nordeste do Kenya.
Fotografo: Stefano De Luigi, Reuters

Temas actuais: 3º prémio reportagem
Matadouros na região da Umbria, Italia. A maioria dos consumidores não faz a menor ideia de como é feito o processamento da carne que consomem antes desta chegar aos supermercados.  

Ciclo de cinema "Olhares sobre o Planeta"

A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada (BPARPD) está a promover durante este mês, um ciclo de cinema intitulado “Olhares sobre o Planeta”, um conjunto de películas que abordam a problemática das alterações climáticas.
Com entrada livre, as exibições têm lugar aos sábados, na sala de projecção colectiva da BPARPD, com duas sessões diárias, a primeira dirigida aos mais novos com início às 14:30 horas e a segunda sessão, agendada para as 16h30 horas, destinada aos adultos.
“Wall-E” e “Os Filhos do Homem”, foram os filmes exibidos na estreia deste ciclo, no passado dia 5.
A 12 de Junho, na sessão infantil passa o filme “A Idade do Gelo 2” e na sessão para adultos é exibido o documentário “Uma Verdade Inconveniente”.
A 19 de Junho os filmes em exibição são “Happy Feet” e “O Dia Depois de Amanhã”.
Finalmente, a 26 de Junho na sessão infantil vai ser apresentado “O rapaz formiga” e na sessão para adultos “O lado selvagem”.

Nespresso sem pontos de recolha de cápsulas nos Açores

Existem pelo menos 9 pontos de venda da Nespresso nos Açores, mas nenhum deles efectua recolha de cápsulas. 
Contactamos o Departamento Comercial da empresa que nos respondeu que infelizmente ainda não está prevista sequer a recolha das cápsulas na Região. 
A Nespresso iniciou o processo de reciclagem das cápsulas em Setembro de 2009. Esta iniciativa de reciclagem integra o programa de sustentabilidade da marca - Ecolaboration - que consiste numa plataforma de colaboração com os inúmeros parceiros que contribuem para melhorar a sustentabilidade da cadeia de valor da Nespresso. Esta apresenta os compromissos da marca em matéria de desenvolvimento sustentável, que vão desde o fornecimento de café até à reciclagem das cápsulas, passando pela utilização da máquina. 
A marca implementou um sistema de recolha e tratamento próprio, dado que de acordo com a Legislação Portuguesa em vigor no que diz respeito aos resíduos, as cápsulas Nespresso não são consideradas como material de embalagem. Desta forma, a sociedade gestora de resíduos de embalagem em Portugal – Sociedade Ponto Verde - não tem este resíduo contemplado na lista de resíduos que gere e não efectua a sua gestão, através dos sistemas vulgarmente designados por “Ecoponto”. A Nespresso, é aderente da Sociedade Ponto Verde para embalagens de cartão e plástico.
Se o sistema actualmente implementado aceitasse as cápsulas, estas continuariam a não ser recicladas, seguiriam para aterro sanitário ou para incineração, com recuperação de energia.
Assim, a Nespresso optou por implementar um sistema dse recolha e tratamento das capsulas específico com parceiros locais. Após recolha de cápsulas usadas, estas são posteriormente enviadas para a fábrica “A Bastistas – Reciclagem de Sucatas, S.A.”. As cápsulas são tratadas, sendo separada a borra de café do alumínio. O alumínio é então encaminhado para a fileira de reciclagem de alumínio, sendo fundido, para criar alumínio que poderá ser novamente utilizado. A borra de café é encaminhada para compostagem, para posterior aplicação na agricultura, como fertilizante.  
A Quercus São Miguel irá desenvolver esforços junto da empresa para que chegue a um compromisso para a recolha das cápsulas, com a colaboração dos operadores de gestão de resíduos locais.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Atingimos as 2000 visitas

Parabéns ao blog da Quercus. Atingimos as 2000 visitas, com uma média de 40 pessoas diferentes por dia. Muito bom. Obrigado pela paciência.

Alhos da Graciosa - produto gourmet

A Adega Cooperativa da Graciosa tem apostado na qualidade de excelência dos seus produtos e, um bom exemplo disso são os alhos, que já são uma das imagens de marca da ilha branca, junto com as queijadas, as meloas, os vinhos brancos (nomeadamente o Pedras Brancas VQPRD, o único dos Açores), as aguardentes e angelicas, os doces de uva e de meloa.
Alguns destes produtos já têm uma grande visibilidade junto do consumidor açoriano, como é o caso das queijadas e dos alhos que podem ser adquiridos na loja Açores, nas Portas do Mar.
Em Abril deste ano o Governo dos Açores comprometeu-se a apoiar esta Adega a desencadear o processo de caracterização das propriedades nutritivas e físico-químicas do alho da Graciosa, com vista à preparação e elaboração do respectivo caderno de especificações, indispensável ao pedido para a sua protecção como produto com IGP ou DOP.
A Graciosa é assim um bom exemplo de uma ilha, que apesar de ser pequena e enfrentar grandes dificuldades, não se inibe de apresentar boas iniciativas de desenvolvimento.  
Parabéns aos seus produtores.


Entrevista ao Correio dos Açores no âmbito do Dia Mundial do Ambiente

A pedido de algumas pessoas, coloco aqui a entrevista que a Quercus São Miguel concedeu ao Correio dos Açores, no âmbito do Dia Mundial do Ambiente:

Ambiente mal tratado em São Miguel:
SCUTS: “Arrasaram centenas de árvores centenárias”
Fajã do Calhau: “Obras são um ‘estúpido’ erro humano”
Vacas a 100 metros de reservatório de água que abastece a ilha



06 Junho 2010 [Reportagem]

“É com estupefacção que vejo os Planos de Ordenamento da Orla Costeira e os Planos de Ordenamento do Território suspensos para viabilizar construções de duvidosa necessidade e de gosto discutível, sem também qualquer preocupação com o enquadramento paisagístico das mesmas”, afirma Paulo Nascimento Cabral, responsável da Quercus em São Miguel a propósito do Dia Mundial do Ambiente.



Correio dos Açores - Tem-se sacrificado o ambiente ao progresso em São Miguel? Porquê?

Esta, infelizmente, é uma realidade. Não deixa de ser um paradoxo, na nossa região, o progresso fazer-se de costas voltadas ao ambiente. Parece-me incompreensível que os responsáveis por esta região não percebam que a nossa mais-valia passa por mantermos as nossas paisagens, a nossa biodiversidade, o verde que nos caracteriza, a pouca intervenção humana, a protecção dos nossos “santuários” e reservas ecológicas, enfim… é com estupefacção que vejo os Planos de Ordenamento da Orla Costeira e os Planos de Ordenamento do Território suspensos para viabilizar construções de duvidosa necessidade e de gosto discutível, sem também qualquer preocupação com o enquadramento paisagístico das mesmas.

A razão para este facto é relativamente simples: dado o baixo nível socioeconómico e cultural da maior parte da nossa população, esta deslumbra-se com as obras, o chamado betão. Infelizmente, os nossos governantes aperceberam-se disto e em vez de promoverem a moralização do sistema, incutir valores e desenvolver um sentimento de pertença à nossa terra, ao respeito pela natureza, uma maior harmonia entre o Homem e o ambiente, um desenvolvimento interior e do próprio ser ao nível dos seus valores, optam pelo caminho mais fácil e mostram obras de betão. O outro lado é mais difícil e não é visível, pois serão precisas gerações para conseguirmos ver algum resultado, algo que os políticos não querem.

Associado a este baixo nível socioeconómico e cultural da nossa população, temos a difusão da responsabilidade dos restantes membros da sociedade, do não exercício da sua cidadania activa, não participação nas organizações da sociedade civil, não mobilização, a não ser quando o problema os afecta directamente. Assim, ficamos à mercê do destino e dos escrúpulos (ou ausência deles) de quem nos governa.



SCUT: “perdemos o controlo da obra”


De que forma a construção da via em regime de Scut entre Ponta Delgada e Nordeste poderia ter salvaguardado mais as questões ambientais?

Não discutimos acessibilidades, mas sim os impactos que estas estão a ter na nossa ilha. Tudo isto seria evitado, se na fase de planeamento da obra, existisse um período sério de discussão pública com toda a população afectada e organizações envolvidas. Assim evitaríamos os problemas na Ribeira Chã, na Caloura, na Vila Franca, na Maia, no Porto Formoso, em Água de Pau, enfim, em quase todos os locais por onde passa o traçado. Analisando o projecto, dá a ideia que traçaram uma linha na planta e depois passaram à prática, não tendo em conta as especificidades dos terrenos que estavam a atravessar. Desta forma arrasaram dezenas, para não dizermos centenas de árvores centenárias, destruíram bons terrenos de cultivo, terraplanaram montes, obstruíram linhas de água, depositaram os inertes em terrenos na costa, acabando por irem parar ao mar… Está à vista de todos, basta dar um passeio pela ilha. Aconselhamos, em dada altura, que os cerca de quatro milhões de metros cúbicos de terra fossem utilizados para compor/recuperar algumas zonas de extracção de inertes e cascalheiras, de modo a atenuar o impacto visual, mas infelizmente, por razões financeiras, tal não foi viável. Perdemos uma oportunidade única de tentar suavizar o impacto da mão humana. Não será com toda a certeza o facto de se plantar plantas ornamentais ou mesmo endémicas que atenuarão o rasto de destruição das SCUT. A análise custo-benefício deste projecto está extremamente desequilibrada em desfavor do ambiente. Acho que ainda vamos a tempo, nesta obra e em futuras obras, de exigir contrapartidas ao nível ambiental do possível impacto causado pelas mesmas.

Se me permite uma nota mais pessoal, acho também “interessante” que sejam as empresas que estão a construir as vias SCUT, que colocam avisos no jornal sobre interrupções de trânsito. Preocupa-me que até nisto, tenhamos perdido o controlo da obra.

Fajã do Calhau: “Estúpido Erro humano”


Há um tema que tem sido cara à Quercus que é a construção de uma via para a Fajã do Calhau. Qual a sua opinião sobre todo este processo?

Volto a repetir o que disse sobre este assunto: “As obras na Fajã do Calhau são um estúpido erro humano”. Será uma ferida que nunca irá sarar, sem qualquer justificação, sem fim previsto, em que apenas foi tido em conta o interesse de alguns. Será sempre um local altamente instável que mancha de vermelho a nossa costa. Este é um exemplo de como não se devem fazer as coisas, pois existem dúvidas a todos os níveis e as justificações não são convincentes… Mais uma vez preocupa-nos a falta de sensibilidade de quem nos governa. O problema é que as pessoas ficam indignadas com o que vêm, mas depois não agem, não criticam. Se fossemos um povo com amor à nossa terra, aquela obra já tinha parado há muito tempo e não teríamos que ouvir alguns disparates de supostos responsáveis de associações ambientalistas a tentar defender o indefensável.

Toda a orla marítima de São Miguel merece uma reflexão profunda. É fácil a aplicação do POC de salvaguarda da orla costeira quando permanecem alguns atentados, como o despejo de esgotos sem qualquer tratamento para o mar?

Sem dúvida. Esta é mais uma razão da falta de sensibilidade e cultura da nossa população. O desenvolvimento da nossa terra não está a ser harmonioso. Por um lado, temos grandes obras, centros comerciais, estradas, etc, por outro ainda temos casas a despejar esgotos para o mar e para as ribeiras que passam nas traseiras das habitações. Tem que haver uma grande aposta no saneamento básico, não só nas infra-estruturas comuns a todos os cidadãos, mas também na ligação das próprias residências particulares à rede pública, obras estas que deveriam ser comparticipadas pelas entidades competentes. Gostaria de conhecer a percentagem de munícipes que estão ligados à rede. No entanto, não queria deixar de referir que a questão dos esgotos não invalida a proibição de construção na orla costeira, que descaracteriza as nossas ilhas. Aliás, tem havido alguns problemas com derrocadas, pondo em perigo a segurança dos próprios moradores. Outras situações existem, por exemplo, numa parte da costa em Rabo de Peixe, em que as habitações foram abandonadas e neste momento parece um local fantasma. O desmazelo não pode vir de quem nos governa, aposto que daqui a pouco tempo teremos mais umas construções no local.

Especialistas afirmam que se está a lançar cada mais adubos para a terra em São Miguel para obter mais rendimento do solo face à quantidade de vacas que existe, com impactos negativos nos lençóis de água da ilha. Que comentário lhe merece esta realidade?

Não é um exclusivo nosso. Esta nova ordem mundial, da exigência e urgência dos lucros a qualquer custo, deixaram-nos na situação em que estamos. O meu comentário passa por tentar sensibilizar os leitores para a nossa realidade. Nós não podemos competir nem pensar em economias de escala. Deveríamos apostar nas especificidades dos nossos produtos, numa certificação de qualidade ambiental e não tentar reproduzir o que outros países, que não têm as nossas condições, a nossa natureza, produzem. Este é o caminho: a rotulagem ecológica e a certificação ambiental. Caso contrário, desapareceremos rapidamente. Obviamente que o que fizermos hoje, pagaremos amanhã. Nesta lógica, julgo serem importantes algumas medidas como a existência de tratamento de resíduos nas explorações agrícolas, formas de captação de água das chuvas, entre outras. Quanto à contaminação dos lençóis de água, estes locais deveriam ser alvo de uma maior protecção e um maior cuidado. Relato aqui um caso em que existe uma exploração agrícola a menos de 100 metros dos reservatórios de água que abastecem grande parte de um concelho da nossa ilha, o que aliás é proibido por lei.

O preço da água “terá de aumentar”

Há especialistas também que afirmam que uma evolução negativa e acentuada das alterações climáticas (verões mais quentes e invernos excessivamente chuvosos nos Açores) irão levar à carência de água potável durante períodos do ano na Região. Quer comentar? Como se pode já precaver esta situação?

Já tivemos o exemplo no ano passado dos níveis extremamente baixos dos reservatórios de água. Todos recordamos os níveis da Lagoa do Fogo. O que fizemos desde então? Nada, simplesmente nada. Tivemos a “sorte” de ter chovido mais este inverno, o que levou a uma reposição dos stocks, caso contrário, teríamos gravíssimos problemas este ano.

Primeiro deverá existir um enorme investimento nas redes de captação e distribuição de água por parte de todos os concelhos. Estima-se que cerca de 20 a 30% de água perde-se pelo circuito de captação e distribuição.

Em segundo lugar, dever-se-á apostar na sensibilização para a diminuição do consumo de água, ou pelo menos, um consumo mais racional.

Em terceiro lugar, dever-se-ão utilizar formas de captação de água por parte dos particulares, nomeadamente a água das chuvas. Recordo algumas casas que conheço, que debaixo do jardim da casa, tinham grandes cisternas de armazenamento da água das chuvas, que era utilizada para a lavagem de carros, regas de jardins, entre outras. Nos Açores existe muita água que corre para o mar sem o seu aproveitamento.

Em quarto lugar e julgo que este debate deverá ser feito nos próximos tempos, o preço da água terá que aumentar. Infelizmente a nossa população só irá dar o verdadeiro valor à água, se esta lhes sair mais cara, caso contrário… Na mesma linha, e só para dar um exemplo, há uma superfície comercial que vende um garrafão de 5 litros de água a cerca de 0,29€, como poderemos defender um consumo racional desta forma?

Fazer lobbie pelo ambiente

Que balanço faz do período em que assumiu funções como responsável pela Quercus nos Açores?

Com as condições que nos foram disponibilizadas, tem sido bastante positivo. Não podemos esquecer que “mudaram as regras a meio do jogo”, pois ninguém esperava o corte nos apoios à Quercus. Estamos este ano apenas com o apoio dos nossos associados, com muito boa vontade dos elementos da direcção e com um protocolo com a Câmara Municipal de Ponta Delgada, caso contrário, o Núcleo Regional deixaria de existir. Conseguimos aumentar entre 25 a 30 % o número de associados, mantivemos o núcleo aberto e activo e atraímos gente nova para a defesa do ambiente. Com toda a certeza continuaremos no bom caminho, dizendo o que temos a dizer, denunciando o que temos que denunciar e elogiando o que tiver que ser elogiado. Foram realizadas muitas actividades e prevêem-se mais nos próximos tempos. A próxima será já na comemoração do Dia Mundial dos Oceanos, em que iremos observar o fundo do mar, sensibilizando a população para a sua defesa.

Tem algo mais a acrescentar que considere útil em Dia de Ambiente?

Apenas gostaria de deixar uma mensagem de apelo à mobilização. É fundamental que as pessoas participem nas nossas actividades, sejam associadas ou não, mas manifestem-se, digam a sua opinião sobre os vários assuntos. Não deixem passar, pois os nossos filhos irão, com toda a certeza, receber uma terra bem pior do que aquela que nós recebemos dos nossos pais. A responsabilidade é de todos nós e não é apenas no dia do Ambiente que nos deveríamos lembrar disto. Deverá existir uma mudança no nosso estilo de vida. Há três expressões que costumamos usar e que considero muito felizes e apropriadas ao dia: “Think Green”, “Pensar globalmente, agir localmente” e “Vem fazer lobbie pelo Ambiente”, que retratam o actual mandato da Quercus e a mensagem que queremos transmitir a toda a população.

Autor: João Paz

A beleza do planeta Terra

Bom feriado.

Uma terra que dá tudo

O século XXI irá obrigar a humanidade a repensar o modelo de desenvolvimento assente no betão, que invade as terras de cultivo com construções em altura. Se queremos viver mais tempo e melhor, há que moderar o fenómeno da motorização da mobilidade humana, investir na produção de alimentos frescos e reencontrar o equilíbrio entre a natureza e a acção humana, favorecendo uma maior qualidade ambiental, do ar e dos cursos de água, condição básica para termos uma vida saudável. A terra, a natureza, não podem ser vistas como meros cenários de fotografia ou cartaz turístico. Temos de preservar o seu valor como factor de produção de saúde, equilíbrio e, no caso das nossas ilhas, como elemento fundamental da nossa identidade. Não podemos ser ilhas e querer viver, em cada uma delas, como se vive nas grandes cidades. Para nós, a floresta, as ribeiras, os terrenos agrícolas e o mar são fontes de riqueza e traços que configuram a nossa história e o nosso modo de estar. Não queiramos imitar modelos que outros já abandonaram. Temos todas as condições para sermos diferentes, para viver melhor e de forma mais saudável e sustentável. O século XXI coloca-nos um desafio ambiental, a busca do equilíbrio entre os recursos e a produção. É urgente valorizar a terra e o mar que nos circunda. Já fomos celeiro e pomar nos primeiros séculos do povoamento. Soubemos transformar o leite, a beterraba, o tabaco e o atum em indústrias, nos séculos XIX e XX. Soubemos reforçar e melhorar o sector dos serviços ao longo do séc. XX. Quais são os desafios que queremos atingir no século XXI? O futuro está no equilíbrio e na qualidade. Temos de preservar os recursos naturais, diversificar a indústria e melhorar a qualidade dos serviços. Precisamos de planear o investimento, para que as gerações futuras não sofram com uma previsível escassez de alimentos e se vejam emparedadas num qualquer edifício, olhando as flores que murcham nos vasos da varanda. Se queremos garantir o futuro, é fundamental revalorizar o trabalho da terra. Uma actividade cada vez mais exigente, no controlo ambiental, no aproveitamento de recursos, na investigação que permite adequar as produções às condições climatéricas e ao potencial dos solos. A nossa terra dá tudo! Sempre deu! Dizem os mais antigos. O que falta é mão-de-obra, referem os empresários agrícolas! Mas se há terras subaproveitadas e necessidade de incrementar a actividade, por ventura o que falta é dignificar o trabalho agrícola, qualificar a mão-de-obra e melhorar os métodos de produção. Faz algum sentido que a Região importe a grande maioria dos produtos hortícolas que consome? Faz algum sentido que não se venda leite “do dia” numa terra de lacticínios? Ou que nos hotéis não se promovam os produtos locais, desde o chá às compotas? Por que motivo ainda há restaurantes que não valorizam a qualidade da carne, do peixe e de tantos outros produtos locais? As nossas terras não precisam de rega; podem produzir sem recurso a processos intensivos e, quando bem geridas, são rentáveis na produção de hortícolas, de todas as espécies, flores das mais variadas cores, vinho, cereais, frutas tropicais e até café. A nossa terra dá tudo. Só precisa que em troca, lhe demos trabalho e respeito.
Piedade Lalanda. Tirado daqui.

Vandalismo no Ilhéu de Vila Franca

Roubos no Ilhéu de Vila Franca do Campo põem em causa projecto do Governo Regional e da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) com vista à conservação de aves marinhas e recuperação do ilhéu.
Os técnicos do projecto "Ilhas Santuário para as aves Marinhas", projecto da SPEA em parceria com o Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, foram surpreendidos na última visita ao Ilhéu de Vila Franca quando verificaram o roubo dos equipamentos usados no estudo e recuperação das colónias de aves marinhas.
Os técnicos visitaram o ilhéu para verificar qual a aceitação das colónias artificiais pelas aves marinhas e para continuar os trabalhos de recuperação da vegetação natural, antes do início da época balnear, e constataram que os equipamentos instalados para atrair as aves foram vandalizados ou roubados, pelo que os trabalhos foram postos em causa por toda uma época de nidificação, podendo mesmo inviabilizar os resultados finais.
Pedro Geraldes, coordenador do projecto, diz que não se entende esta situação, pois o preço dos equipamentos é reduzido e a sua utilidade extremamente limitada, embora sejam muito difíceis de substituir e, sobretudo, uma vez que agora que passou o tempo ideal da sua colocação, já não sejam eficazes nesta época.
A SPEA considera propor instalar sistemas de vigilância automáticos que permitam determinar os autores destes roubos e evitar situações destas de futuro. 
Já em anos anteriores alguns equipamentos do projecto da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar foram vandalizados e roubados, sem que se tivessem descoberto os infractores. 
Segundo o Director regional do Ambiente, Frederico Cardigos, "para valorizarmos o Ilhéu de Vila Franca temos de voltar a povoá-lo com flora natural e aves marinhas, o que torna este trabalho imprescindível".
Portanto, "para obtermos esta mais-valia, que a todos beneficiará, temos que respeitar quem efectua o trabalho. O Governo actuará de forma a terminar com estes actos de vandalismo gratuito, até porque, para além de tudo o resto, comprometem o legado ambiental que queremos deixar para os nossos filhos", disse. 
GaCS/FA/DRA

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Progresso?

Num diccionário ilustrado decerto não apareceriam estas fotos como sinónimo de progresso. Mas ele aí está, veio para ficar, para se utilizar e pagar. Mais uma da "série entra verde e sai cinzento".

Fotos de José Couto