sábado, 7 de maio de 2011

Qualidade da água da Lagoa das Furnas

O Secretário Regional do Ambiente e do Mar, Álamo de Meneses, afirmou, ontem, em S. Miguel, que a qualidade da água da Lagoa das Furnas está a apresentar melhorias. Uma afirmação efectuada no final de uma visita à obra de requalificação das margens da Lagoa das Furnas, na qual enalteceu o grande investimento do Governo Regional naquela obra, tendo em vista que está a produzir bons resultados. Esta deslocação, segundo disse, visou igualmente, averiguar o andamento das obras, que nesta altura no que diz respeito à construção civil já terminaram, e está a ser iniciada a montagem da exposição, que ficará no edifício que ali foi criado para esse efeito. Com o fim da época das chuvas, Álamo Meneses constatou que houve grandes melhorias na qualidade da água, por isso, é importante fazer-se essa verificação e dá-la a conhecer às pessoas para que saibam que o investimento ali efectuado não é para criar um parque mas, sim, uma aposta a pensar no plano da água. A requalificação das margens da Lagoa das Furnas contemplou, o plantio de árvores, a retirada de animais, a melhoria da drenagem e da defesa da própria imagem da lagoa, com o propósito de melhorar a qualidade da água, assegurou o Secretário Regional do Ambiente e do Mar. Um objectivo que apenas será atingido a médio e longo prazo, uma vez que esses processos são processos longos mas, que na sua opinião, já se conseguiu atingir um processo de estabilidade da lagoa, isto é, já não está a piorar e há francas melhorias. Assim sendo, este é um ano em que se atingiu aquele ponto em que começa a ser visível a estabilização da qualidade da água, ou seja todos aqueles aspectos essenciais de controlo da entrada de nutrientes na lagoa estão concluídos, as questões de imobilização dos solos, de protecção das margens, da retirada de fertilizantes da lagoa estão finalizados, sublinhou o governante. Na ocasião, Álamo Meneses, frisou, ainda, que nesta matéria não há soluções instantâneas, foi já atingido um ponto de estabilização e agora resta esperar o início de um longo processo de recuperação da qualidade da água da Lagoa das Furnas.
Fonte:GaCS/LM




Sr Secretário, enaltecemos as suas afirmações, mas solicitamos a apresentação pública dos relatórios científicos que comprovam a melhoria da qualidade da água.

Progressos?

O novo sistema de recolha seletiva porta a porta, que arrancou este ano nos municípios de Lagoa, Ponta Delgada, Ribeira Grande e Vila Franca do Campo, em S. Miguel, Açores, permitiu um "aumento significativo" nas recolhas de material reciclável.Os dados hoje revelados pela Associação de Municípios de S. Miguel (AMISM) indicam que a recolha de plástico cresceu 89,5 por cento nos primeiros meses deste ano, o vidro recolhido aumentou 29,7 por cento e o papel registou um crescimento de 6,7 por cento.No caso de Ponta Delgada, o plástico foi o que registou a maior recolha porta a porta, com "um aumento de 103,7 por cento", enquanto na Ribeira Grande a recolha de plástico aumentou 95,6 por cento e a de papel/cartão cresceu 116,5 por cento.A AMISM salienta ainda que o município da Lagoa "apresenta um resultado excelente no vidro, com uma evolução a atingir os 85,8 por cento", destacando também a situação em Vila Franca do Campo, onde a recolha seletiva de vidro cresceu 102,5 por cento".A associação de municípios refere ainda que “a deposição em ecoponto mantém a tendência crescente, traduzindo a maior sensibilidade da população para com as questões ambientais”.A AMISM tem em curso a campanha de sensibilização ambiental 'Embale esta ideia', dirigida a jardins de infância e estabelecimentos de ensino do primeiro ciclo, para incutir nos mais novos "a adopção de novos hábitos".

Fonte: Lusa

terça-feira, 3 de maio de 2011

"Duas lições?" por Viriato Soromenho Marques

Poucos dias depois do acidente nuclear de Chernobyl, tentando encontrar alguma réstia de esperança por entre a desgraça, cunhei a expressão "pedagogia da tragédia". Com isso, pretendia significar que, apesar de tudo, os humanos são capazes de aprender alguma coisa com os seus erros, evitando a sua repetição. Vinte e cinco anos depois, o acidente de Fukushima mostrou que errei por optimismo. O pesadelo atómico regressou com toda a sua força. Voltámos a escutar relatos sobre a acção letal de uma vasta gama de substâncias radioactivas, com graus de acção e duração diversos: iodo 131 (afecta a tiróide); estrôncio 90 (28 anos de meia-vida) mais o césio 137 (30 anos de meia-vida) atingem ossos e tecidos, provocando cancros e leucemias na primeira geração, abortos e malformações na geração seguinte. Para já não falar no plutónio 239, que tem uma meia-vida de "apenas" 24 360 anos!
Contra as mentiras dos que prometem o regresso da normalidade, Fukushima foi um brutal alerta contra a arrogância de um negócio que há muito entrou no registo do delírio e da desmesura. Não conheço uma sociedade mais disciplinada e prudente do que a nipónica. Se esta calamidade aconteceu no Japão, então nenhum país com centrais nucleares está livre de um acidente semelhante ocorrer. Amanhã, ou daqui a dez anos. Infelizmente, a maior catástrofe é de natureza moral. Hoje, como há 25 anos, há gente que nunca aprenderá nada. Vivem numa espécie de autismo ético. Presos nos seus interesses e certezas mesquinhos.
Contra esses, os cidadãos portugueses devem exigir um duplo consenso nacional: em favor das energias renováveis, e na recusa do nuclear. Não por agora não haver dinheiro, mas por ser essa recusa a única opção pragmaticamente útil e moralmente boa.

Parque Natural da Ilha do Pico abre Casa da Montanha e Centro de Visitantes da Gruta das Torres

O Parque Natural da Ilha do Pico abriu ao público, no passado dia 1 de Maio, a Casa de Apoio à Montanha do Pico. Esta estrutura, inaugurada a 5 de Junho de 2008, serve de apoio a todas as subidas que se efectuam a partir desta data, nomeadamente através do registo de todos os montanhistas, prestação das informações necessárias à subida, bem como visionamento de um filme de segurança. São também disponibilizados aos montanhistas que subam a Montanha do Pico sem guia, dispositivos de rastreio e emergência. Durante o mês de Maio, a Casa de Apoio à Montanha do Pico estará aberta entre as 7 e as 19 horas, 7 dias por semana. Em outros horários, deverão ser contactados os Bombeiros Voluntários da Madalena, embora se desaconselhe a subida nocturna. A partir de 1 de Junho e até 30 de Setembro a Casa de Apoio à Montanha do Pico estará aberta de forma ininterrupta. Abriu também as suas portas o Centro de Visitantes da Gruta das Torres, que se encontra aberto, até ao dia 14 de Junho, de terça a sábado, entre as 14 e as 17:30 horas. A partir do dia 15 de Junho e até 15 de Setembro este centro irá estar aberto todos os dias entre as 10 e as 13 horas e entre as 14 e as 18, encerrando para almoço entre as 13 e as 14 horas. Mais informações poderão ser solicitadas junto do Parque Natural do Pico, sito ao Lajido de Santa Luzia, telefone 292207375, ou através do e-mail: parque.n.pico@azores.gov.pt
Fonte: SRAM/FA/DRA

Novo roteiro pedestre apresentado pelos Amigos dos Açores

Os Amigos dos Açores – Associação Ecológica apresentaam no passado dia 1 de Maio, um novo roteiro pedestre: Roteiro do Percurso Pedestre da Alminhas, também conhecido por Terras de Nosso Senhor.
O novo percurso pedestre que se localiza na freguesia da Achadinha, concelho do Nordeste, apresenta diversos pontos de interesse que conjugam diversos valores naturais como nascentes, linhas de água com cascatas, fauna e flora nativa dos Açores, o que confere ao trajecto uma assinalável importância o nível local. Espera-se que a visibilidade adquirida pelo novo percurso pedestre, para a qual a nova publicação pretende contribuir, venha ajudar a potenciar as mais valias naturais e histórico-culturais do local, com beneficio para as comunidades locais.

O trilho das Alminhas/Terras de Nosso Senhor, com uma extensão aproximada de três quilómetros, tem início no Jardim Público das Alminhas, onde também termina.

Parabéns por mais esta excelente iniciativa.

Governo cria organismo único de gestão do Ambiente

O Conselho do Governo Regional aprovou, no final da semana passada, uma proposta de Decreto Legislativo Regional que reestrutura o sector empresarial regional na área do Ambiente, extinguindo a SPRAçores - Sociedade de Promoção e Gestão Ambiental, S.A., por fusão com a Sociedade de Gestão Ambiental e Conservação da Natureza - AZORINA, S. A.
Esta decisão, enquadrada na reestruturação do sector público empresarial da Região, surge na sequência de orientações nesse sentido saídas do anterior plenário do executivo açoriano.
A necessidade de reduzir despesas administrativas e de gestão empresarial aconselha a que se proceda a esta reestruturação, já que o objecto e âmbito de actividade da AZORINA permite a realização dessa operação sem redução da capacidade de intervenção do sector empresarial regional em qualquer área da gestão do Ambiente e sem prejuízo para os respectivos trabalhadores, conforme é referido no Comunicado do Conselho do Governo, apresentado esta sexta-feira pelo Secretário Regional da Presidência, André Bradford.
Fonte: GaCS/FA