quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mário Soares presta tributo à Quercus pelos seus 25 anos

"A Quercus comemora 25 anos. Vale a pena lembrar a persistência, o aprofundamento da problemática ecológica, do ordenamento do território e da sustentabilidade, que a Quercus - Associação Nacional na Conservação da Natureza - tem conseguido realizar, num país como Portugal, ao longo dos seus 25 anos de existência, que este ano comemora. Tenho acompanhado a sua acção, às vezes de longe, outras mais próximo, a sua actividade pioneira em defesa da natureza. Admiro o trabalho que tem sabido realizar, cada vez com mais maturidade e bom senso, criticando, por vezes, contra a corrente, sucessivos Governos e alguns políticos e empresários, que com uma visão imediatista e meramente economicista esqueceram - e esquecem - que cuidar dos equilíbrios ecológicos do nosso planeta ameaçado é, porventura, a primeira das prioridades, a par da luta contra a forme e em favor da educação e da dignidade de todos os seres humanos. Por tudo isso, felicito a Quercus pela actividade que tem realizado, voluntária e desinteressadamente, ao longo dos últimos 25 anos e pela consciencialização que contribuiu para formar, nas novas gerações, sobre a vasta problemática da defesa da natureza. Com efeito, a qualidade da água, como direito humano, a defesa das florestas e dos parques naturais, alguns deixados quase ao abandono, um novo interesse pelos oceanos, que os portugueses tão bem conheceram no passado à superfície e cujo conhecimento dos fundos marinhos hoje começam a reconhecer, uma zona económica exclusiva e a plataforma continental, das maiores da Europa. É, assim, uma verdadeira prioridade nacional, tal como a importância do ordenamento do território, tão desleixado, da biodiversidade em queda, bem como a consciência que a nossa Casa Comum - o planeta - pode ser destruído, pela incúria e a ganância dos homens. Toda essa imensa área tem sido - e é - objecto de reflexão, estudo, preocupação e divulgação da Quercus. Por isso merece que felicitemos os seus responsáveis e militantes associados, pelo trabalho que têm realizado, formulando os melhores votos de sucesso quanto ao futuro, para que continuem o trabalho de consciencialização e de divulgação, patriótico, de toda a complexa temática ambiental".

Nomeados novos Directores Regionais do Ambiente e dos Assuntos do Mar

Foram nomeados, com efeitos a partir do próximo dia 1 de Outubro, por despacho do Presidente do Governo e dos Secretários Regionais das respectivas tutelas, novos titulares para as Direcções Regionais dos Assuntos do Mar, recentemente criada, do Ambiente, dos Transportes Aéreos e Marítimos e das Comunidades.
O até agora Director Regional do Ordenamento de Território e Recursos Hídricos, João Luís Gaspar, cessa as suas funções, a seu pedido, por razões relacionadas com a sua progressão na carreira académica.
Frederico Cardigos, licenciado em Biologia Marinha e mestre em Gestão e Conservação da Natureza, até agora Director Regional do Ambiente, passa a ser o novo Director Regional dos Assuntos do Mar.
Para a Direcção Regional do Ambiente é nomeado João Carlos Correia de Lemos Bettencourt, licenciado em Gestão e Administração Pública pela Universidade Técnica de Lisboa. Ambas as direcções têm sede no Faial.
(Fonte: GaCS)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Reserva Florestal de Recreio do Pinhal da Paz fechada no dia seguinte à Grande Festa do PS para recolha de lixo


A Reserva Florestal de Recreio do Pinhal da Paz (São Miguel), localiza-se na Freguesia de Fajã de Cima, Concelho de Ponta Delgada, a uma altitude de 240m e possui uma área de 49 ha. Constitui um local extraordinário para quem gosta de disfrutar da natureza, permitindo a realização de inúmeras actividades recreativas. Além da abundante flora e fauna, o parque disponibiliza também um palco para actividades artísticas e uma sala de apoio à realização de espectáculos e encontros lúdicos e culturais.
No passado dia 12 este espaço serviu mais uma vez de palco para a "grande Festa do PS Açores". Até aqui nada de mal, uma vez que o parque está preparado para este tipo de eventos. O que não posso concordar (e atenção que não estou nem quero entrar na esfera das politiquices) é que no dia seguinte, segunda-feira, dia 13 de Setembro, ao deslocar-me ao parque com o intuito de passar ali algum tempo com familiares numa bela zona verde da cidade (que por acaso até não conheciam), e não obstante o portão estar aberto, fui informada de que não poderia entrar no parque porque este se encontrava fechado e que o portão apenas estava aberto para os veículos de recolha de lixo recolherem os resíduos que tinham sido deixados devido á Festa do dia anterior. Nas palavras do senhor que educadamente nos mandou embora: "menina, temos que limpar esta lixeira, por isso estamos fechados".
Penso que nem será necessário mais comentários, mas lamento que uma zona de utilidade pública seja fechada à população durante um dia devido á realização de qualquer actividade (independentemente de ser de cariz político ou não). Imagino que se o Pinhal da Paz tivesse que ser encerrado a um dia devido ao lixo deixado numa qualquer festa realizada pela Quercus a mesma crítica ser-nos-ia (legitimamente) endereçada.
Desconheço o que se terá passado em anos anteriores, mas como em qualquer festival, a área deverá ser limpa imediatamente a seguir para garantir bom ambiente do espaço. Deveria ser a organização a tratar disso, com os seus próprios recursos e não utilizar os recursos do parque.
Horários da Reserva Florestal de Recreio do Pinhal da Paz:
16 de Setembro a 30 de Outubro:Semanal 8h =>18h/Fins de Semana e feriados 10h =>18h
31 de Outubro a 21 de Março: Semanal 8h => 16h/Fins de Semana e feriados encerrado
21 de Março a 30 de Maio: Semanal 8h => 18h/Fins de Semana e feriados 10h => 18h
31 de Maio a 15 de Setembro: Semanal 8h => 19h/Fins de Semana e feriados 10h => 20h

Avenida do Mar encerrada ao trânsito automóvel nos fins-de-semana de Outubro e Novembro

Nos fins-de-semana de Outubro e Novembro, a Avenida do Mar, em Ponta Delgada, vai estar encerrada ao trânsito automóvel.
A iniciativa da Câmara Municipal de Ponta Delgada recebeu o nome de “Eco-Famílias” e tem como grande celebrar a mobilidade. A autarquia presidida por Berta Cabral pretende ainda com esta iniciativa levar as famílias que vivem naquela zona de Ponta Delgada, bem como todos os interessados, a caminhar ou a andar de bicicleta na Avenida do Mar. Promove-se, desta forma, a mobilidade como factor essencial do desenvolvimento sustentável.Sendo assim, e nos próximos dois meses, a Avenida do Mar vai estar encerrada ao trânsito aos sábados entre as 13h00 e as 19h00 e aos domingos entre as 9h00 e as 14h00. Serão dez horas por dia que o Município quer dedicar à mobilidade, apelando, por isso, à participação dos cidadãos nesta iniciativa experimental.A Avenida do Mar estará encerrada ao trânsito entre a ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais), na Pranchinha, e o Forno da Cal. (Fonte: RTPAçores)

A natureza dá o mote

"Meninas para a escola" (Amaryllis belladonna L.)

Dia Europeu sem Carros

A Semana Europeia da Mobilidade termina hoje com a comemoração do Dia Europeu Sem Carros. Se este deveria ser o ponto alto da semana, a verdade é que se trata de uma iniciativa que cada vez tem menos impacto prático.
O próprio Secretário de Estado dos Transportes, Carlos Fonseca, em declarações à RTP, confessa ter dúvidas sobre a eficácia deste dia.
Este ano aderiram à iniciativa 66 cidades e vilas, mas nem todas fecharam ruas e artérias à circulação automóvel, como por exemplo em Lisboa e no Porto.
Nos Açores, destaca-se a participação da Cidade de Angra do Heroísmo com um vasto programa que inclui muitas actividades a decorrer ao longo do dia em diversos locais da cidade, destacando-se o encerramento ao trânsito do Centro Histórico (entre as 8:00 e as 19:00 de hoje), a realização de um peddy-paper e a exposição e demonstração de veículos híbridos e eléctricos. Na cidade da Ribeira Grande vai haver uma "operação stop pedagógica".
Para a Quercus São Miguel estes dias simbólicos são importantes, mas só por si de nada servem se não houver um esforço contínuo, ao longo de todo o ano, no sentido de uma mudança de atitudes em relação à mobilidade, especificamente no que se refere à utilização de automóveis particulares.
A criação de programas de mobilidade e a promoção de hábitos saudáveis deverá ser uma prioridade de todos os responsáveis e decisores pois só assim se poderá operar uma mudança real na qualidade de vida das populações e na qualidade ambiental.
Neste dia aconselhamos: o uso de bicicletas, passeios de charrete ou de "lagarta" passeios a pé pelos antigos e novos espaços verdes da cidade, utilização da rede minibus em alternativa ao uso do automóvel. Se não optar por nenhuma destas tente partilhar a boleia do automóvel. Chamamos a atenção também para o bom planeamento das tarefas semanais de forma a limitar a utilização do veículo automóvel. Reduz os custos e melhora o ambiente!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Floresta sim! Monoculturas de Árvores não!

Hoje é o Dia Internacional contra as Monoculturas de Árvores. A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza junta-se a outras organizações como, o World Rainforest Movement - Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais, que está a promover o “Dia Internacional contra as Monoculturas de Árvores", no dia 21 de Setembro. Neste novo Dia Internacional contra as Monoculturas de Árvores, o Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais volta a denunciar os graves impactes decorrentes das plantações em grande escala de eucaliptos, pinheiros e outras espécies, para salvaguarda das áreas de florestas tropicais naturais. Os territórios de inúmeros povos da África, Ásia e América Latina vêm sendo invadidos e apropriados por grandes empresas - nacionais e estrangeiras - para serem destinados à plantação de monoculturas de árvores em grande escala, com o intuito de produzir matéria-prima abundante e barata para diversas indústrias (celulose, madeira, energia, borracha), bem como para servir como “sumidouros” negociáveis no mercado de carbono. À destruição dos recursos de flora e fauna soma-se a degradação dos recursos hídricos locais, como resultado da acção combinada do uso massivo de agroquímicos, do consumo excessivo de água por parte das monoculturas, de obras de drenagem e de processos de erosão do solo. Em Portugal, a principal espécie de árvore utilizada para plantações em monocultura é o eucalipto, cultivado para produção de pasta de papel. Segundo o novo Inventário Florestal Nacional (2005-06) o eucalipto ocupa já mais de 749 mil hectares em Portugal, tendo aumentado mais dez por cento em relação a 1995, onde apresentava cerca de 672 mil hectares. A Quercus considera negativa a expansão das monoculturas de eucaliptos, devido aos impactes sobre o ecossistema, como a ameaça à biodiversidade, sendo um factor crítico na propagação dos grandes incêndios, pelo que devem estar sempre associadas a áreas com outras espécies de folhosas mais resistentes ao fogo.
Na Região Autónoma dos Açores, dos cerca de 235 mil hectares de superfície total, cerca de 30% são terrenos ocupados por floresta, dos quais 8% correspondem a floresta natural. A floresta natural dos Açores, constituída principalmente por Faiais, Florestas Laurifólias, Florestas de Azevinho, Zimbral e Ericais, situa-se quase exclusivamente em terrenos baldios sob a administração do Governo Regional. Na floresta de produção, a criptoméria (Cryptomeria japonica) ocupa cerca de 12500 hectares, o que corresponde a 60% da área florestal de produção. A maior preocupação neste momento é a proliferação do incenso (Pittosporum undulatum) que tem vindo a ocupar e a destruir extensas áreas de vegetação natural, uma vez que é uma espécie altamente invasora que apresenta elevado grau de fitotoxicidade para com outras plantas, não permitindo que na sua proximidade se desenvolvam outras espécies. O Núcleo de São Miguel da Quercus considera fundamental a conservação da floresta nativa da Região Autónoma dos Açores, como meio de protecção dos habitats e espécies e como forma de travar a expansão descontrolada de espécies invasoras. Uma maior biodiversidade significa uma maior riqueza do património natural e a melhor forma de sobreviver às pressões exercidas sobre os ecossistemas.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Seminário "Gestão da Biodiversidade dos Açores"

Está a decorerer hoje (das 09:30-13:00 e das 14:00-19:45) no Anfiteatro C da Universidade dos Açores um Seminário "Gestão da Biodiversidade dos Açores".
Associando-se às comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade, o Conselho Regional dos Açores da Ordem dos Biólogos decidiu incluir no seu programa de actividades para o ano de 2010, a organização de um Seminário abarcando temas abrangentes relacionados com a Biodiversidade das ilhas oceânicas que formam o Arquipélago dos Açores.
Objectivo e enquadramento geral: proporcionar aos participantes a possibilidade de conhecerem o presente e o futuro da Gestão da Biodiversidade dos Açores, conhecendo através dos responsáveis pela sua idealização e implementação, o que serão os “Parques de Ilha”, o “Parque Marinho dos Açores” e o “Geoparque Açores”.
A entrada é livre. Poderá descaregar o programa completo do Seminário aqui.

Tartaruga mais comum nos mares dos Açores em perigo

Vários cientistas e especialistas em tartarugas marinhas reuniram-se na Horta para estudar a problemática da tartaruga boba, uma espécie em perigo que é vista com regularidade nos Açores. O encontro, que contou com a presença de representantes de departamentos governamentais das Bahamas, Canadá, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Itália, México, Marrocos e Portugal, teve como objectivo a partilha de informação e a disponibilização de soluções para os problemas e ameaças que afectam a população nidificante da tartaruga boba. "Esta é uma espécie que se reproduz nas praias da Flórida, do México e das Bahamas. Foi descoberto há alguns anos que faltava uma gama demográfica de indivíduos na população existente no Golfo do México e na Flórida. Depois, descobriu-se que estes animais recorriam à região marinha dos Açores e descobriu-se que as tartarugas bobas têm uma fase pelágica, podendo durar até aos 14 anos de idade a sua vinda para esta zona do Atlântico, onde estão a crescer e a alimentar-se antes de regressarem às suas praias de reprodução", explicou ao Açoriano Oriental o director do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores. Ricardo Santos revelou que a tartaruga boba é uma espécie em perigo, pois apresentou, durante a última década, um declínio do número de ninhos na ordem dos 40% no Oceano Atlântico. Segundo o director do DOP, dada a complexidade do ciclo vital da tartaruga boba, é necessário ter medidas de mitigação para a conservação das populações desta espécie, não só nas zonas onde se reproduzem e vivem na sua fase adulta, mas também nas zonas onde se alimentam. Ricardo Santos sublinhou ainda que é fundamental ter medidas de mitigação relacionadas com algumas pescarias, uma vez que a elevada mortalidade provocada por capturas acidentais está a comprometer os esforços de recuperação da tartaruga boba. "Sabemos que existem alguns impactos como a poluição e a existência de plásticos nos mares. Além disso, há o impacto através das pescarias de long line de superfície que pescam acessoriamente a tartaruga", disse o director do DOP. Segundo referiu, existem alterações específicas que podem ser implementadas nas práticas piscatórias, de modo a reduzir a mortalidade da tartaruga boba, sem pôr em causa a subsistência dos pescadores. Assim, estas mudanças incluem modificações nos aparelhos de pesca, mais precisamente no isco, na altura do dia em que os aparelhos são recolhidos e no manuseamento e libertação das tartarugas capturadas. Durante a reunião científica internacional foi tomada uma série de decisões no que respeita à protecção da tartaruga boba. Chegou-se à conclusão que é preciso implementar um programa de observação para avaliar a extensão do problema da captura acidental, bem como avaliar o sucesso da utilização das práticas de pesca melhoradas. É também essencial uma boa gestão dos montes submarinos e bancos, assim como maiores zonas tampão que contribuirão para a conservação das tartarugas bobas oceânicas e do seu habitat. É igualmente uma boa medida a gestão dos lixos para que não acabem no mar. "A tartaruga boba é outro bom exemplo de uma ligação histórica e natural entre os EUA e os Açores. Este encontro foi muito importante para proteger a população desta espécie", sublinhou, por seu turno, Gavin Sundwall, cônsul dos EUA na Região. A complexa história da tartaruga boba e o seu comportamento migratório fazem a ligação entre as praias do Atlântico Noroeste, onde ocorre a nidificação, e os locais de alimentação ao longo do Atlântico Este e Mar Mediterrâneo. As águas circundantes aos Açores são um habitat especialmente importante para a alimentação e desenvolvimento desta população de tartaruga boba. Esta área é abundante em montes submarinos e outras características oceanográficas, vitais para esta espécie.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Hoje é o Dia Internacional para a Protecção da Camada de Ozono

No Dia Internacional para a Protecção da Camada de Ozono (16 de Setembro), a QUERCUS alerta para o facto de Portugal continuar a não assegurar a recuperação da maior parte dos CFC’s (clorofluorcarbonetos) contidos nos largos milhares de frigoríficos, arcas congeladoras e aparelhos de ar condicionado que todos os anos se tornam resíduos.
Em 2009 foram tratadas pelas duas sociedades gestoras para os REEE – Resíduos de Equipamento Eléctrico e Electrónico, a Amb3e e a ERP Portugal, 6866 toneladas de resíduos de equipamentos de arrefecimento e refrigeração, o que corresponde a um valor estimado de 53,6 toneladas de CFC´s recuperados e enviados para tratamento. E no 1.º semestre de 2010 já foram tratadas cerca de 4 mil toneladas de resíduos de equipamentos de arrefecimento e refrigeração, correspondendo a uma estimativa de 30 toneladas de CFC. Estes valores revelam um esforço das sociedades gestoras, uma vez que se tem verificado um contínuo aumento ao longo dos anos.  
Contudo, pode estimar-se que em 2009, tendo em conta os REEE que não obtiveram o tratamento devido, estes resíduos contribuíram em mais de 100 toneladas de CFC´s para a destruição da Camada de Ozono.
Portugal cumpriu as metas dos REEE, mas para proteger a Camada de Ozono isso não chega!
Em 2009 foram recolhidas 45179 toneladas de REEE do total de 128 mil toneladas produzidas nesse ano. Ficou assim garantida e suplantada a meta dos 4kg por habitante prevista na alínea 10 do Artigo 9º do DL 230/2004. Contudo, para efeitos de protecção da Camada de Ozono isso é insuficiente, porque continuam a ficar por ser tratada correctamente uma grande quantidade de REEE de arrefecimento e refrigeração que contêm CFC´s.. 

É urgente que se combata a gestão ilegal deste tipo de REEE e que o Ministério do Ambiente e as sociedades gestoras orientem as suas campanhas de sensibilização com o objectivo de aumentarem radicalmente as recolhas de REEE com CFC´s. 

Também é importante que se faça um cruzamento de dados entre as sociedades gestoras e os recicladores. Os dados referentes aos CFC apresentados pelas sociedades gestoras são calculados em função do peso médio dos equipamentos e da quantidade média dos CFC´s normalmente presente, contudo isso não significa necessariamente que os valores apresentados na estimativa correspondem à realidade. É sabido que há equipamentos a chegarem aos recicladores em mau estado ou já violados, significando isto que os CFC´s já se libertaram para a atmosfera.

O que é a Camada de Ozono? Em que estado está?

O ozono (O3) que existe na atmosfera localiza-se essencialmente na estratosfera, entre 10 a 50 km acima da superfície terrestre, observando-se as maiores concentrações a altitudes aproximadamente entre 15 e 35 km, constituindo o que se convencionou chamar a "Camada de Ozono". A protecção da Camada de Ozono é fundamental para assegurar a vida na Terra, uma vez que o ozono estratosférico tem a capacidade de absorver grande parte da radiação ultravioleta B (UV-B), radiação solar que pode provocar efeitos nocivos (ou até mesmo letais) nos seres vivos, ameaçando assim a saúde humana e o ambiente. A libertação de substâncias responsáveis pela destruição da camada de ozono, como é o caso dos CFC’s, provocou ao longo de décadas a diminuição da espessura desta importante camada protectora.

Os dados mais recentes mostram que a 11 de Setembro, o buraco no pólo Sul era de 17 milhões de quilómetros quadrados. Há indícios de que o valor recorde (entre 7 de Setembro e 13 de Outubro) de 27 milhões de quilómetros quadrados verificado em 2006 não seja atingido, mas em 2009 atingiu-se 22 milhões e em 2010 prevê-se continuar próximo desse valor, o que é ainda muito elevado.

Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A “Maravilha” das Sete Cidades, por João Paim Vieira

Felizmente que alguém teve o bom senso de não permitir o espectáculo das Maravilhas nas Sete Cidades. É que há muitos anos que só de muito longe ainda parecem uma maravilha. Se tivessem algum pudor as Sete Cidades nem estariam entre as Maravilhas dos Açores a concurso. No início da década de oitenta mergulhei algumas vezes na Lagoa das Sete Cidades entre outras coisas para filmar (estava na RTP) a parte submarina de um videoclip do Luís Bettencourt em que ele mergulhava na Lagoa e reaparecia no mar numa recriação inventiva da lenda antiga da Lagoa . Filmava-se em 16 mm e restou uma parte da bobine pelo que filmei os magníficos lúcios e muitos outros peixes , a água transparente e o equilíbrio perfeito daquele ecossistema. Ainda poderá existir na RTP esta janela para uma lagoa perdida. Perdida já estava sem dúvida quando lá mergulhei passados alguns anos. Os poucos lúcios que vi tinham os corpos torcidos e cheios de feridas e as plantas verdes tinham dado lugar a umas coisas castanhas esquisitas, a água estava barrenta e a visibilidade nem um metro atingia contra mais de dez antigamente. E assim foi continuando e apesar de muitos avisos os Governos foram mudando e nada fazendo e a degradação foi-se estendendo a muitas outras lagoas em S. Miguel e em outras ilhas. Os símbolos das Sete Cidades hoje não são já o azul e verde (que estranhamente aparecem nos filmes de promoção das maravilhas será que usaram filmes de há vinte anos?), mas sim os esqueletos de lúcios nas margens, a espuma suja e as algas amarelas é o pântano em que boa parte das Lagoas se tornou. E contudo a Autonomia recebeu as Lagoas e os Açores em geral em muito boas condições ambientais. O que destruiu as Lagoas foram os adubos e as rações subsidiadas e a falta de controle na sua utilização, como agora já é reconhecido, foi o acumular 3 ou 4 vezes a carga suportável de nutrientes. E note-se que não foi a Autonomia que salvou a única Lagoa que ainda vai parecendo os antigos Açores, a do Fogo. Foi a estrutura fundiária foram os Velhos Açores como diria o Alberto João Jardim. Embora seja verdade que a Região neste caso tem mantido o que circunstâncias particulares favoreceram que escapasse à destruição . Agora anuncia-se um grande projecto de “requalificação “ das margens da Lagoa das Sete Cidades, criação de uma “praia fluvial” e mais um centro de monitorização e/ou interpretação que certamente fura todas as regras de proibição de construção nas margens, como já aconteceu com o das Furnas. Mas então não é proibido tomar banho na Lagoa? A água não é perigosa? Não nos aconselharam a não comer os lagostins? Não é que alguma vez eu os comesse, nem oferecidos, aliás nas Sete Cidades nem encontrei nenhum vivo. O único que vi este ano vivo foi na semana passad , imagine-se, no Parque de Estacionamento das Caldeiras das Furnas, calculo que não tenha ido lá parar pelo seu pé pelo que faria parte de algum balde deles à venda e resolveu escapar. Lá o devolvi à água e espero que o bichinho tenha sobrevivido à sua aventura. Pelo menos não será comido pelas carpas que antigamente havia na Lagoa das Furnas e se pescavam e até se comiam porque numa das tentativas desastradas de “salvar” a Lagoa mataram trinta toneladas delas. Claro que agora que (penso) todos concordamos que as Lagoas foram levadas pela Autonomia por acções e principalmente inacções a um estado lamentável o que interessa é caminhar para a sua recuperação. Não será multiplicando as obras de construção civil nas margens, nem com Centros de Interpretação ou Monitorização que as Lagoas irão recuperar nem serei eu, um mero curioso, a ter a veleidade de indicar caminhos ou soluções, mas talvez estudando o passado consigam soluções para o futuro se tiverem coragem de as implementar numa escala muito diferente da actual. E principalmente deixemos de participar em algumas coisas que são o equivalente a varrer o lixo para debaixo do tapete em vez de o tratar convenientemente.

As 7 Maravilhas - Ilhas dos Açores (Madredeus)

É esta a razão pela qual trabalhamos e existimos enquanto Associação.
Obrigada Fred pela realização deste vídeo. A música já merecia um cenário destes.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Comissão Europeia recolhe opiniões sobre futuras opções para política de biodiversidade da UE

A Comissão Europeia lançou uma consulta via Internet para recolher as opiniões de um amplo conjunto de partes interessadas sobre as opções políticas para a Estratégia da UE em matéria de Biodiversidade após 2010. Os cidadãos, as partes interessadas, as administrações públicas, as empresas e a sociedade civil são convidadas a dar a sua opinião sobre uma série de questões, nomeadamente as lacunas da actual política de biodiversidade, a nova abordagem proposta pela Comissão, a agricultura e a biodiversidade, os aspectos económicos da biodiversidade e a governação nesta matéria, dentro e fora da UE. Os resultados serão integrados na nova estratégia que se encontra actualmente em fase de preparação. A consulta terminará a 22 de Outubro de 2010.
O Comissário Europeu para o Ambiente, Janez Potočnik, declarou: «Todos os europeus estão de acordo quanto à necessidade de intensificar esforços para combater a perda de biodiversidade. Apelo a todos aqueles que se preocupam com esta questão e que contribuam e ajudem a moldar a nossa política neste domínio vital.»
Mais informações podem ser consultadas aqui. Veja também o questionário.
Participe nos esforços na luta contra a perda de biodiversidade.

Work in process


Preparativos para a cerimónia de declaração das 7 Maravilhas de Portugal que irá decorrer no próximo sábado, dia 11, nas Portas do Mar.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Retrato talvez saudoso da menina insular

Tinha o tamanho da praia
o corpo era de areia.
Ele próprio era o início
do mar que o continuava.
Destino de água salgada
principiado na veia.

E quando as mãos se estenderam
a todo o seu comprimento
e quando os olhos desceram
a toda a sua fundura
teve o sinal que anuncia
o sonho da criatura.

Largou o sonho nos barcos
que dos seus dedos partiam
que dos seus dedos paisagens
países antecediam.

E quando o seu corpo se ergueu
Voltado para o desengano
só ficou tranquilidade
na linha daquele além.
Guardada na claridade
do olhar que a retém.

Natália Correia (in Poesia Completa, 1999)

Rumo a uma sociedade eficiente em termos de recursos, por Durão Barroso

"Um pilar fundamental da estratégia Europa 2020 reside na necessidade de gerar mais crescimento utilizando menos recursos. A sociedade europeia necessita de uma visão que promova a reorientação a longo prazo da nossa economia para um crescimento verdadeiramente sustentável. Isto significa integrar as diferentes vertentes da política em matéria de alterações climáticas, energia, transportes e ambiente numa abordagem coerente que garanta a eficiência em termos de recursos e um futuro hipocarbónico. Estes elementos devem ser integrados nos preparativos da Cimeira da Terra Rio+20 a realizar em 2012. É igualmente evidente que a agricultura desempenhará um papel fundamental na resolução de alguns dos maiores desafios, como a segurança alimentar a nível mundial, a perda de biodiversidade e a gestão sustentável dos nossos recursos naturais. Por conseguinte, a Comissão proporá uma reforma substancial da Política Agrícola Comum, a fim de a modernizar e para que possa dar resposta às expectativas da sociedade europeia que pretende um sector agrícola sustentável, competitivo e amigo do ambiente. A UE continuará a liderar a luta contra as alterações climáticas, tanto a nível das políticas internas como externas. Continuaremos a preparar os alicerces para o mais ambicioso programa de acção mundial de luta neste domínio e a procurar concluir um acordo global que permita uma redução ambiciosa das emissões. Nos próximos meses, a política de energia estará na primeira linha da nossa agenda, contribuindo para os objectivos fixados de competitividade, sustentabilidade e segurança de abastecimento. Assistimos este ano à apresentação de um plano de acção em matéria de energia, que constituirá um documento estratégico que definirá as acções prioritárias para 2011-2020. Este plano de acção será apoiado por trabalhos destinados a criar o contexto adequado para a modernização das infra‑estruturas europeias em matéria de energia".
(Excerto da Carta do Presidente da Comissão Europeia Durão Barroso aos Membros do Parlamento Europeu)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Retrocessos civilizacionais

No Açoriano Oriental de ontem é denunciada mais um situação incompreensível ao nível do saneamenteo.
"Cheiros nauseabundos têm sido uma constante na Rua Nossa Senhora do Carmo, na freguesia do Porto Formoso, tudo porque as águas residuais da zona da praia dos Moinhos, oriundas dos balneários e das residências vizinhas , têm vindo a ser extraídas da fossa existente naquele local, sendo depois colocadas num sistema de esgotos da referida zona habitacional. “Nos dias em que fazem a descarga o cheiro que fica no ar é deveras insuportável. E com este calor ainda é pior! Nem se consegue parar cá fora”, queixava-se uma das moradoras. “Fez-se uma obra tão grande na praia e ainda há necessidade de trazer para aqui a porcaria?”, questionava outro morador. Confrontado com a situação, o presidente da empresa municipal “Ribeira Grande+”, responsável pela gestão das zonas balneares do concelho, sustenta que “não se pode confundir esse problema com a praia dos Moinhos”. “Existe uma espécie de ‘micro-ETAR’ que foi colocada na zona da praia no ano passado e que já faz um pré-tratamento dos resíduos. Mas, por não haver uma ETAR naquela zona, esse material tem de ser removido”, esclarece Marco Sousa. Segundo explica o dirigente da “Ribeira Grande+”, devido a um problema na ETAR da Maia foi necessário encontrar outro local para a descarga desses resíduos. “O resultado desse primeiro tratamento na fossa da zona da praia tem sido removido com recurso a uma subcontratação da Empresa Municipal, e está a ser colocado, como é prática há já algum tempo, num sistema de esgotos junto a um loteamento”. Não obstante os maus cheiros decorrentes dessa descarga, alguns habitantes da freguesia também contestam o facto dos dejectos acabarem por ir parar ao mar, classificando o cenário como “vergonha sem paralelo” e “crime ambiental”. “O mar no Canto da Areia do Cabo está escuro, as pedras com uns limos castanhos a escorregar e a cheirar mal”, aponta uma denúncia endereçada ao AO. “Esses resíduos são colocados neste sistema de esgotos que, por sua vez, são encaminhados, não directamente para o mar mas sim para um conjunto de fossas sépticas. Não é, por isso, uma descarga directa no mar”, contraria o presidente da “Ribeira Grande +”. “O que vai para essas fossas passa por uma espécie de tratamento natural e o que chega ao mar é uma coisa diminuta”, assegura Marco Sousa. “Já existe inclusive uma prerrogativa da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar que aponta que em pequenos lugares não se justifica a construção de estações de tratamento, mas sim a construção de fossas sépticas porque está provado que não trazem grandes problemas ambientais”, acrescenta. Ainda assim, o responsável garante que esta semana já deixarão de ser efectuadas descargas nas imediações da zona habitacional em causa, passando as mesmas a ser recepcionadas na ETAR da Maia. Tarefa que, indica Marco Sousa, “será facilitada com a construção da SCUT, uma vez que vai evitar que o veículo com os detritos passe pelo interior das freguesias até chegar à Maia”. “Evita-se o problema dos maus cheiros porque ao nível ambiental não há aqui nenhuma questão de fundo”, remata. Foi em Junho do ano passado que foi inaugurada a obra de requalificação da Praia dos Moinhos. Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Ricardo Silva, fazia saber: “grande parte do investimento prendeu-se com a resolução, há muito necessária naquela zona balnear do problema do saneamento básico dos balneários e das casas que confinam com a praia”. Refira-se, a propósito, que o projecto em causa contemplou a execução de redes de recolha pluvial, de drenagem de esgotos e de abastecimento de águas"
(Fonte AO)
"Uma espécie de tratamento natural"?!?! Sr Marco: quando os esgotos estão a correr para o mar, o termo é poluição.
"Empresa Municipal que gere (mal, dizemos nós) as zonas balneares garante que ainda esta semana as descargas deixarão de ser feitas junto ao bairro, regressando à ETAR da Maia". Para começar, nunca deveriam ter sido feitas junto a um bairro e esta solução parece-me bizarra quando se gastou tanto dinheiro numa obra recente.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Apresentação do livro "Aves dos Açores" dia 10 de Setembro

No próximo dia 10 de Setembro às 18h irá decorrer a apresentação do livro "Aves dos Açores", na Livraria O Gil, em Ponta Delgada.
Com texto de Carlos Pereira e ilustrações de João Tiago Tavares e Pedro Fernandes, este livro pretende dar a conhecer todas as espécies e sub-espécies nidificantes no arquipélago, revelando a sua aparência, distribuição, biologia e ameaças à sua conservação. Refere ainda os melhores locais para a observação de aves.
Dado que o Arquipélago dos Açores alberga uma avifauna única no mundo, especialmente aves marinhas, este livro, da autoria da SPEA, representa mais um trabalho científico importante, contribuindo para a divulgação da grande riqueza natural dos Açores.
O livro estará à venda online aqui.

Planos de Ordenamento das bacias hidrográficas vão abranger todas as lagoas dos Açores

O Secretário Regional do Ambiente e do Mar, Álamo de Meneses, procedeu à assinatura do contrato destinado à elaboração do Plano de Ordenamento das Bacias Hidrográficas das Lagoas do Fogo, do Congro, de São Brás e da Serra Devassada, na ilha de S. Miguel, o que a juntar aos planos já aprovados ou em execução, completa o quadro de tal tipo de instrumentos de gestão territorial para todas as lagoas dos Açores. O investimento do Governo Regional para a execução deste novo plano é da ordem dos cento e oitenta mil euros e beneficiará da comparticipação de fundos comunitários no âmbito do Proconvergência. A finalidade subjacente à elaboração deste plano traduz a consciência da importância do planeamento territorial e do planeamento dos recursos hídricos integrados, visando a obtenção de instrumentos que promovam a salvaguarda e valorização ambiental dos recursos naturais, incluindo a preservação do estado da qualidade da água das lagoas. O interesse público prosseguido com a sua elaboração tem como objectivos garantir não apenas a melhoria da qualidade das águas, mas também conservar e proteger os ecossistemas e a paisagem. O projecto será coordenado pela Direcção Regional do Ordenamento do Território e dos Recursos Hídricos e vai ser executado pela consórcio CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, Lda. / Universidade dos Açores, estando prevista a sua conclusão para meados de 2012. A elaboração da proposta do plano será ainda acompanhada por uma comissão composta por representantes de diversas entidades da administração pública regional e local, assim como de ONGA´s e outras entidades com interesse na matéria.
(Fonte: GaCS)

Era uma vez uma Fajã...

Imagem enviada por anónimo

A mão que financia as 7 Maravilhas de Portugal também financia esta ex-Maravilha de São Miguel. Será um caso de esquizofrenia ambiental ou síndrome de deficiência ambiental adquirida? No mínimo ficamos confusos...

Visite o maior crime ambiental dos Açores e indigne-se!

Maior dragoeiro da ilha Terceira foi abatido ilegalmente

Foto: Diário Insular
A Terceira foi notícia, durante a semana passada, pelos piores motivos: foi abatido o maior dragoeiro (Dracaena drago L.) que se conhecia na ilha. Segundo Eduardo Dias, investigador da Universidade dos Açores, tratava-se de "um exemplar raro e com cerca e dois séculos de vida". Esta espécie endémica da Macaronésia é protegida pela Convenção de Berna e pela Directiva Habitat, logo o abate sem autorização deste dragoeiro constitui um crime ambiental que esperamos ver devidamente punido.
O aspecto mais irónico deste episódio é o infractor ser nada mais nada menos que o Ministério da Justiça, uma vez que o dragoeiro se encontrava nos terrenos onde está a ser construido o novo Estabelecimento Prisional de Angra do Heroísmo.
Segundo o jornal "Diário Insular" a Inspecção Regional do Ambiente vai instaurar um processo à entidade que procedeu ao abate ilegal do dragoeiro. Por outro lado, a parte que resta da árvore abatida foi entregue à Universidade dos Açores a fim de ser replantada, na esperança que esta dê origem a novos exemplares.
(Fonte: Diário Insular)






quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Comissão Europeia estabelece critérios para a avaliação da qualidade ambiental dos Mares da Europa

A Comissão Europeia adoptou hoje uma decisão que define os critérios para que os mares da Europa apresentem uma boa qualidade ambiental, o que ajudará os Estados-Membros a desenvolverem estratégias marinhas coordenadas para cada mar regional, assegurando a sua coerência e permitindo comparar os progressos entre as regiões. A definição dos critérios é um requisito da Directiva-Quadro «Estratégia Marinha» cujo objectivo consiste em alcançar uma boa qualidade ambiental em todas as águas marinhas da UE até 2020.
Desenvolvimento aqui.

Gravações do "Minuto verde" em São Miguel

Estão a decorrer, desde o dia 30 e até 3 de Setembro, as gravações para o Minuto Verde em S. Miguel, com a participação dos colegas Sara Campos e Francisco Ferreira.
O Minuto Verde é uma rubrica do programa Bom Dia Portugal, de emissão diária na RTP1, que resulta de uma parceria entre a televisão pública e a Quercus.
Com duração de 1 minuto, o objectivo é através de conselhos práticos e simples incentivar o cidadão a melhorar ambiente no seu dia-a-dia.
Todos os dias, um pouco antes das 9h (hora do Continente), Francisco Ferreira ou Susana Fonseca, da Quercus, dão sugestões para podermos adquirir hábitos mais ecológicos no quotidiano.
Para visualizar a rubrica Minuto Verde basta aceder ao site da RTP, através deste link.

Quercus alerta para uma completa remoção dos resíduos na zona balnear da Ponta da Ferraria

Fotografia de Nelson Raposo
A forte ondulação, verificada no último fim de semana levou à destruição de alguns decks de madeira colocados na Ponta da Ferraria no início do Verão. Estas infra-estruturas constituem um dos elementos inseridos no local com vista à revitalização de toda a zona balnear e são parte do projecto de requalificação da Ferraria, inaugurado no passado sábado e que constituiu um investimento de quatro milhões de euros.
Dada a forte ondulação que caracteriza aquele local, especialmente durante o Inverno, e já tendo ocorrido situações semelhantes no passado, achamos que seria bom repensar o tipo de infra-estrutura e sobretudo o material a utilizar.
A Quercus alerta para a necessidade de uma completa remoção dos resíduos, para que não fiquem abandonados no mar.

Sabia que...

A superfície abrangida pela agricultura biológica na União Europeia aumentou consideravelmente nos últimos anos, elevando-se, em 2008, a cerca de 4,3% da superfície agrícola utilizada da União Europeia.
Desenvolvimento aqui.
A Comissão Europeia adoptou, no passado mês de Julho, uma decisão que exige o reembolso de um total de 265,02 milhões de euros de despesas da PAC indevidamente efectuadas pelos Estados-Membros.
Desenvolvimento aqui.

Bidões colocados em ribeira retirados após denuncia da Quercus

A Quercus congratula-se com a rápida rápida actuação da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar nos esforços efectuados para a remoção dos bidões junto à Ribeira da Cruz, na ilha das Flores e esperamos que as entidades responsáveis continuem a fiscalização de outras situações de abandono ilegal de resíduos actuando em conformidade.