quinta-feira, 10 de junho de 2010

Vandalismo no Ilhéu de Vila Franca

Roubos no Ilhéu de Vila Franca do Campo põem em causa projecto do Governo Regional e da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) com vista à conservação de aves marinhas e recuperação do ilhéu.
Os técnicos do projecto "Ilhas Santuário para as aves Marinhas", projecto da SPEA em parceria com o Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, foram surpreendidos na última visita ao Ilhéu de Vila Franca quando verificaram o roubo dos equipamentos usados no estudo e recuperação das colónias de aves marinhas.
Os técnicos visitaram o ilhéu para verificar qual a aceitação das colónias artificiais pelas aves marinhas e para continuar os trabalhos de recuperação da vegetação natural, antes do início da época balnear, e constataram que os equipamentos instalados para atrair as aves foram vandalizados ou roubados, pelo que os trabalhos foram postos em causa por toda uma época de nidificação, podendo mesmo inviabilizar os resultados finais.
Pedro Geraldes, coordenador do projecto, diz que não se entende esta situação, pois o preço dos equipamentos é reduzido e a sua utilidade extremamente limitada, embora sejam muito difíceis de substituir e, sobretudo, uma vez que agora que passou o tempo ideal da sua colocação, já não sejam eficazes nesta época.
A SPEA considera propor instalar sistemas de vigilância automáticos que permitam determinar os autores destes roubos e evitar situações destas de futuro. 
Já em anos anteriores alguns equipamentos do projecto da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar foram vandalizados e roubados, sem que se tivessem descoberto os infractores. 
Segundo o Director regional do Ambiente, Frederico Cardigos, "para valorizarmos o Ilhéu de Vila Franca temos de voltar a povoá-lo com flora natural e aves marinhas, o que torna este trabalho imprescindível".
Portanto, "para obtermos esta mais-valia, que a todos beneficiará, temos que respeitar quem efectua o trabalho. O Governo actuará de forma a terminar com estes actos de vandalismo gratuito, até porque, para além de tudo o resto, comprometem o legado ambiental que queremos deixar para os nossos filhos", disse. 
GaCS/FA/DRA

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