terça-feira, 21 de junho de 2011

Indignem-se!

"Indignez-vous!" (2010) é o título de um pequeno grande livro, da autoria de Stéphane Hessel, um dos raros homens que ainda se dignam a pensar nas questões que são realmente importantes.
O autor participou da elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos e considera que a îndignação é a melhor forma de resistência.
‎"Ousam dizer-nos que o Estado não pode mais garantir os custos dos direitos dos cidadãos. Mas como pode faltar hoje dinheiro para manter e prolongar essas conquistas, enquanto a produção de riquezas aumentou consideravelmente desde a Liber...tação, período em que a Europa estava arruinada? Simplesmente porque o poder do dinheiro, como foi combatido pela Resistência, nunca foi tão grande, insolente, egoísta, com seus próprios servidores até as mais altas esferas do Estado.” (Stéphane Hessel)
São apenas 20 páginas de leitura indispensável nos dias que correm.

A ascenção da ecologia

Passou novamente ontem à noite, na RTP2 o excelente documentário "A Ascensão da Ecologia", de Virginie Linhart e Alice Le Roy, com realização de Virginie Linhart.
Para quem não teve oportunidade de ver, fica aqui a sugestão dos vídeos disponibilizados pelo youtube:
Parte I
Parte II
Parte III
Parte IV
Perte V
Parte VI

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Governo declara "guerra" às plantas invasoras

O Director Regional do Ambiente assegurou hoje, na Horta, que as plantas invasoras “são uma das principais razões da perda da biodiversidade”. Por essa razão, adiantou João Bettencourt, o Governo dos Açores investiu nos últimos anos cerca de dois milhões de euros no âmbito do Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies de Flora Invasora em Áreas Sensíveis (PRECEFIAS). Segundo explicou na abertura do XI Simpósio da Associação Ibero-Macaronésica de Jardins Botânicos, esta “guerra” à flora invasora abrangeu em 21 espécies exóticas em 24 áreas protegidas, com cerca de 650 hectares. Para o Director Regional do Ambiente, é imperioso preservar a enorme riqueza biológica do arquipélago, razão pela qual devemos adoptar medidas “que previnam a sobre exploração dos recursos biológicos, a difusão de espécies invasoras e a poluição do ambiente natural e dos habitats”. “Toda a pressão exercida sobre o nosso ecossistema carece de acções vigorosas de combate às piores espécies exóticas e recuperação dos habitats naturais, sob pena de se perder um património insubstituível”, argumentou João Bettencourt. O Director Regional do Ambiente aproveitou também a ocasião para destacar os principais investimentos realizados nos últimos anos no Jardim Botânico do Faial, que celebra hoje 25 anos de existência. A criação de um banco de sementes em 2003, permitindo conservar as espécies de plantas mais raras dos Açores, a construção do centro de visitantes em 2007, dotando aquele espaço de um herbário, auditório, biblioteca e sala de exposições, e a construção de um orquidário em 2010 foram algumas das iniciativas referenciadas. Conforme adiantou João Bettencourt, o culminar destes investimentos concretizou-se em Maio deste ano, com a inauguração da obra de ampliação e reestruturação do Jardim Botânico, “dotando-o de uma maior capacidade de recepção ao público, aumentando a sua qualidade paisagística e valorizando a sua colecção botânica.” Por força destas obras, foi também criada uma nova área “onde estão representadas as herbáceas endémicas açorianas e respectivos habitats, aumentando desta forma a conservação ex-situ de espécies raras dos Açores”. “Todas estas acções têm como objectivo último a conservação da biodiversidade açoriana”, bem como “melhorar a qualidade no atendimento” do Jardim Botânico do Faial, que em 2010 contou com quase 9.000 visitantes, acrescentou João Bettencourt. Dedicado ao tema “Contributo dos Jardins Botânicos na recuperação de paisagens degradadas por espécies invasoras”, este simpósio internacional prolonga-se até domingo, incluindo um passeio pelo Parque Natural do Faial (dia 18) e uma saída de campo à ilha de São Jorge (dia 19). Os três dias de conferências, que decorrem no auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, serão dedicados às temáticas da conservação e investigação (dia 15), educação e sensibilização ambientais (dia 16) e gestão de colecções (dia 17).
Fonte: GaCS/FG

Contribua para finais felizes.

terça-feira, 14 de junho de 2011

O Desenvolvimento Sustentável e o Greenwashing, por Aline Delgado

Greenwashing é um termo em língua inglesa usado quando uma empresa, organismo público, organização não governamental (ONG), ou qualquer outra entidade, divulga ou promove práticas ambientais positivas quando a quase totalidade da sua actuação é claramente contrária aos interesses ambientais e ao desenvolvimento sustentável. Trata-se do uso de ideias ambientais para a construção de uma imagem pública positiva de "amigo do ambiente" que, porém e infelizmente, não é condizente com a real gestão, negativa ecausadora de degradação ambiental. O greenwashing tem sido uma prática degestão (nociva, claro) muito adoptada. Numa fase em que o ambiente está na"moda" somos bombardeados com exemplos de "bens ambientais" que me deixam na dúvida: ter que me fazer sócia de um ginásio e de lá consumir determinados produtos, para poder ajudar na reflorestação é, na verdade uma mais valia ambiental? O que são os "Biocombustíveis", que ocupam solo, quando o solo é um bem escasso ao nível nacional e planetário e indispensável para a alimentação humana?
Um facto é, que frequentemente, vemos cada vez mais empresas (as mais ricas) a investir em iniciativas ambientais para encobrir, na verdade, danos ambientais. Até na política se pratica greenwashing para seduzir eleitores e determinar os rumos da economia. Mas, ainda o que mais me choca,é o assistir a Organizações Não Governamentais de Ambiente (ONGA), a praticar greenwashing, como forma de captação de recursos públicos ou privados. São ONGA que proclamam o bem ambiental acima de tudo, mas que financiam as suas actividades, com dinheiros vindos de empresas ou outras entidades absolutamente poluidoras no que se refere ao ambiente. Ficando estas, de imagem lavada - greenwashing. Aproveitam assim a "onda ambiental" - pela necessidade de todos nos responsabilizarmos por um desenvolvimento mais sustentável - para, passarem a ser "verdes", beneficiando da imagem muito positiva que as ONGA ainda têm na opinião pública.
Fica outra questão: serão estes financiamentos aplicados no bem ambiental? Ou serão posteriormente desviados para aplicação em actividades ou empreendimentos causadores de degradação ambiental?
Urge combater esta praga que pretende macular os verdadeiros propósitos ambientalistas do desenvolvimento sustentável. É necessário que haja verdadeira compreensão, principalmente por cidadãos e órgãos fiscalizadores(através de uma certificação credível), do que são, de facto, entidades e práticas que contribuem para o bem ambiental. Importante é identificar o que é desenvolvimento sustentável, advindo do Relatório de Brundtland em1987.
Sou uma entusiasta do bem ambiental como meio de crescimento. O importante todavia, é que tal crescimento se dê sob a óptica do desenvolvimento sustentável. Abrir os olhos para os males causados pelo greenwashing é´um passo importante para consagrarmos a adequada utilização dos recursos ambientais. O Planeta Terra não merece mera camuflagem. O bem ambiental praticado com ética e responsabilidade deverá, esse sim, ser uma bandeira levantada por empresas, organismos do Estado, ONGA e outras entidades, sob forma de trazer os verdadeiros benefícios ambientais, sociais e económicos.
Aline Delgado, Arquitecta especialista em Construção Sustentável, in Jornal "Público" - 18 de Maio de 2011

Curso de agricultura biológica em Agosto

Os Serviços de Desenvolvimento Agrário de S. Miguel vão realizar um curso de agricultura biológica em Agosto. O curso terá aproximadamente 100 horas e o horário ainda não está definido mas será gratuito.

Quem estiver interessado tem que se dirigir ao Serviço de Desenvolvimento Agrário de São Miguel, na Rua de São Gonçalo (em frente aos portões de cima da Universidade dos Açores), até ao final deste mês.

Deverá levar o B.I e Curriculum Vitae.

Para que o curso se possa realizar tem que ter no mínimo 15 pessoas inscritas.

Para mais informações contactar o número 296204300

Divulgação Voluntaria​do Ambiental 2011 da Gê-Questa

Encontram-se abertas as inscrições para a 2ª Edição do Voluntariado Ambiental nos Açores que será realizado de 8 à 23 de Julho de 2011 na Ilha Terceira.
Quem é a Gê-Questa? A Gê-Questa é uma Associação de Defesa do Ambiente dos Açores. A sua sede está no Forte Grande de São Mateus, na Ilha Terceira, local privilegiado entre muralhas ao lado do mar. Desenvolve trabalhos de protecção, valorização e defesa do ambiente desde 1996. Quem pode participar no voluntariado? Qualquer pessoa desde que seja maior de idade pode participar no Voluntariado ambiental. É preciso trazer boa disposição e vontade de partilhar e criar alternativas. O número máximo de participantes é de 10 pessoas. Tenho de pagar alguma quantia? Para participar deverás pagar a tua passagem até a Ilha Terceira, Açores, assim como uma caução de 30 euros que assegurará a tua vaga e será devolvida após a tua participação. A alimentação, estadia, transporte dentro da ilha, seguro pessoal de acidentes e os materiais são por nossa conta. Que trabalhos poderei fazer? A ideia é criar uma equipa de trabalho, donde todos participem na toma de decisões para a actuação. Assim conseguimos que todos percebam porque estamos a realizar as actividades e se impliquem na realização das mesmas tal como um sócio activo da associação.Nós pomos o fio condutor e orientamos os trabalhos, vocês põem os vossos conhecimentos e experiência para criar actividades mais ricas e completas. Entre todos criamos uma experiência única! Os temas de trabalho propostos são os seguintes: -Apoio ao funcionamento da associação, tais como melhoria do Forte, sensibilização e educação ambiental, recolha de assinaturas, etc. -Controlo de flora invasora no Parque Natural -Recolha de resíduos em espaços naturais -Apoio à investigação -Apoio à agricultura biológica -Apoio à melhoria de trilhos pedestres Como faço a minha inscrição? Deves enviar um e-mail para gequesta@gmail.com com o formulário de inscrição correctamente preenchido, confirmaremos se poderás participar no máximo de três dias úteis. No caso de seres seleccionado proporcionaremos o número de conta e terás mais três dias úteis para depositar a caução e assegurar assim a tua vaga.
Para mais informações vá a: http://ge-questa.blogspot.com/

Terminam amanhã as candidaturas aos acordos de colaboração financeira entre as juntas de freguesia e a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar

Terminam amanhã, dia 15 de Junho, as candidaturas aos acordos de cooperação financeira com as Juntas de Freguesia da Região, para os anos 2011 e 2012, no âmbito de conservação da natureza, da manutenção e reabilitação da rede hidrográfica e zonas costeiras não inseridas em aglomerado urbano, bem como da remoção de resíduos não controlados que se encontram no território da freguesia e que não sejam da responsabilidade de outras entidades. Esta iniciativa do Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar abrange operações de protecção da biodiversidade, nomeadamente, remoção de espécies invasoras em espaços públicos (domínio publico marítimo, linhas de água, bermas) e plantação em espaços públicos de espécies endémicas ou espécies autóctones de elevado interesse para a conservação da natureza. Limpeza de resíduos abandonados em domínio público marítimo, em vias de comunicação e nos terrenos com elas confinantes, linhas de água e suas margens, em áreas protegidas, em fajãs costeiras e outras zonas de particular sensibilidade ambiental. No que concerne, à conservação da natureza, da manutenção e reabilitação da rede hidrográfica pretende-se apoiar a remoção de material vegetal do leito e margens da linha de água, pequenas obras hidráulicas (reparação de muros, regularização dos leitos, melhoria do perfil de vazão, remoção de pedras e terras). As candidaturas visam igualmente apoiar e incentivar a dinamização do Programa “Eco Freguesia: Freguesia limpa”, o qual tem como objectivo reconhecer e distinguir, entre outros, o bom desempenho ambiental das freguesias. As Juntas de Freguesia podem apresentar as suas candidaturas através o Portal do Governo na Internet, através do endereço http://servicos.sram.azores.gov.pt, podendo obter todos esclarecimentos através dos Serviços de Ambiente de ilha.
Fonte:GaCS/SRAM

Candidatura das Terras do Priolo à Carta Europeia de Turismo Sustentável

As Terras do Priolo, nos concelhos da Povoação e Nordeste, em S. Miguel, podem vir a ser reconhecidas em 2012 com a Carta Europeia de Turismo Sustentável, no âmbito de uma candidatura em preparação pela Secretaria Regional do Ambiente.“A carta representa uma acreditação a nível europeu do território como um local com boa qualidade para o turismo de natureza, uma vez que permite estabelecer um equilíbrio entre o desenvolvimento turístico e a conservação das áreas protegidas”, afirmou Azucena de la Cruz, assistente do projeto LIFE-Laurissilva Sustentável, em curso naquela zona da ilha de S. Miguel. Azucena de La Cruz salientou à Lusa que a candidatura da Secretaria Regional do Ambiente foi anunciada no âmbito deste projeto, desenvolvendo-se agora o trabalho necessário à formalização da iniciativa."O processo está a começar com um diagnóstico para identificar problemas e potencialidades", afirmou, recordando que a zona abrangida pelo projeto é a única no mundo onde vive o priolo, uma pequena ave ameaçada de extinção.Nesse sentido, frisou que a ideia não é criar hotéis, mas "melhorar a coordenação entre várias instituições, incluindo empresários do setor turístico, associações ou grupos folclóricos".Azucena de La Cruz salientou que "várias instituições trabalham para a conservação e desenvolvimento turístico do local, mas com a adesão à carta espera-se que todos comecem a trabalhar em conjunto, com uma estratégia comum para o desenvolvimento de um turismo sustentável"."Esta estratégia poderá passar, por exemplo, pela produção de material informático entre os dois concelhos", afirmou, manifestando a convicção de que a acreditação possa ocorrer em 2012.Para reunir todos os agentes e instituições ligados ao turismo naquela zona de S. Miguel vai decorrer na próxima segunda-feira, na Povoação, o I Fórum da Carta Europeia de Turismo Sustentável."O objetivo é identificar potencialidades, problemas e propostas para o desenvolvimento de um turismo que não afete o meio ambiente", afirmou Azucena de La Cruz.Nos próximos meses vai ser preparada a candidatura que será enviada ao EUROPARC, a organização não governamental que reúne entidades gestoras de áreas protegidas da Europa e conta atualmente com cerca de 440 membros de 36 países.

Fonte:Lusa/fim

Acesso de visitantes à Montanha do Pico está sujeito a novo regulament​o

O acesso de visitantes à Montanha do Pico, o ponto mais alto de Portugal, com 2352 metros de altitude, está sujeito a um novo regulamento, aprovado por portaria da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar. Para efeitos daquele regulamento, hoje publicado em Jornal Oficial, entendem-se por visitantes “todas as pessoas que, de forma espontânea ou organizada, pretendam aceder à Montanha do Pico, com o objectivo de desfrutar dos valores paisagísticos, ecológicos e geológicos da Montanha”. Do âmbito de aplicação daquela portaria estão excluídas, porém, “as pessoas que desenvolvam actividades na Montanha do Pico por motivos de trabalho, estudo científico, prestação de serviço público ou por outras razões, desde que devidamente autorizadas pelo departamento do Governo Regional com competência em matéria de ambiente”, bem como “as operações de resgate, de emergência e segurança, as quais não dependem de autorização”. Estipula também que o trilho assinalado no terreno (PR4 PIC Montanha) “é o único permitido para o acesso à Montanha do Pico”, fixando em 160 visitantes em simultâneo “a capacidade de carga máxima para o percurso”. Por sua vez, a capacidade de carga máxima no acesso ao Pico Pequeno ou ao Piquinho é de 40 visitantes em simultâneo, “os quais não poderão ultrapassar um período máximo de permanência de trinta minutos”. De acordo com o regulamento, o acesso ao percurso depende de autorização requerida junto da Casa de Apoio à Montanha do Pico, no período compreendido entre 1 de Maio e 30 de Setembro, e da sede do Parque Natural do Pico, sita na Rua do Lajido, Santa Luzia, no período compreendido entre 1 de Outubro a 30 de Abril. A qualquer tempo, porém, a autorização necessária poderá ser também requerida através do preenchimento de formulário a disponibilizar no portal do Governo Regional na internet. Quando não acompanhados de guia credenciado, os visitantes são obrigados a preencher e assinar “o formulário no qual se declaram responsáveis pela sua segurança e conduta, sendo que, neste caso, é obrigatório o uso de equipamento de rastreio de visitantes”. O novo regulamento estipula ainda que a prestação de serviço de guia “está sujeito à respectiva credenciação pelo departamento do Governo Regional com competência em matéria de ambiente”, cabendo ao executivo “publicar, anualmente, a lista de guias devidamente credenciados”. Determina também que cada guia “não poderá ter à sua responsabilidade mais do que 15 visitantes”, precisando ainda o guia “é responsável pela segurança dos visitantes, podendo, em caso de dolo ou negligência, ser suspenso do exercício da actividade, não sendo em qualquer caso responsabilidade da administração regional os acidentes que ocorram durante o percurso, mesmo que imputáveis directa ou indirectamente ao guia”. Como resgate na Montanha do Pico, o diploma define “as operações de busca e salvamento necessárias para a recuperação de um ou vários visitantes”, especificando que as mesmas “serão efectuadas pelo departamento do Governo Regional com competência em matéria de protecção civil”. Prevê também que aos resgatados possam ser imputadas “as despesas inerentes ao resgate efectuado, desde que se comprove inequivocamente que o mesmo foi solicitado em resultado de negligência ou dolo ou que o mesmo resultou do incumprimento” do regulamento de acesso à Montanha do Pico. A portaria hoje publicada prevê igualmente que o acesso à Montanha do Pico possa ser vedado por razões de segurança que decorram de aviso emitido pelo departamento do Governo Regional com competência em matéria de Protecção Civil, aos menores de 16 anos e aos visitantes que se façam acompanhar de crianças de colo, que apresentem sintomas de embriaguez ou de anomalia psíquica e que não possuam o equipamento adequado para efectuar o percurso, quando este não seja disponibilizado pelo guia credenciado. Por força deste diploma, são revogadas as Portarias n.º 64/2009, de 3 de Agosto, e n.º 46/2010, de 12 de Maio.


Fonte: GaCS/FG

Governo viabiliza construção do Centro Interpretativo da Caldeira Velha

O Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, formalizou um contrato ARAAL com a Câmara Municipal da Ribeira Grande destinado à construção do Centro Interpretativo da Caldeira Velha. Com este apoio, pretendem-se criar as melhores condições de visitação para um dos locais mais procurados da ilha de São Miguel, dotando-o com uma infra-estrutura de qualidade vocacionada para a divulgação de valores como a diversidade biológica, geológica e geofísica. No centro de interpretação serão explicados os fenómenos geológicos que conduzem à existência de águas quentes e com elevados teores de enxofre naquele Monumento Natural que integra o Parque Natural de São Miguel. As magníficas estruturas geológicas que podem ser observadas no exterior, entre a floresta de Laurissilva e as plantas exóticas de elevada beleza, proporcionam um passeio tranquilo e instrutivo, que ficará assim valorizado com o equipamento projectado. No local, o passeio pode ainda ser complementado com um banho nos açudes da zona protegida. Associado a este investimento, a Câmara Municipal da Ribeira Grande assegurará, igualmente, a gestão de todo o espaço envolvente da Caldeira Velha, nomeadamente através de acções de limpeza e manutenção destinadas a melhorar aquele espaço de inigualável beleza natural.
Fonte:GaCS/SRAM/FG

sábado, 7 de maio de 2011

Qualidade da água da Lagoa das Furnas

O Secretário Regional do Ambiente e do Mar, Álamo de Meneses, afirmou, ontem, em S. Miguel, que a qualidade da água da Lagoa das Furnas está a apresentar melhorias. Uma afirmação efectuada no final de uma visita à obra de requalificação das margens da Lagoa das Furnas, na qual enalteceu o grande investimento do Governo Regional naquela obra, tendo em vista que está a produzir bons resultados. Esta deslocação, segundo disse, visou igualmente, averiguar o andamento das obras, que nesta altura no que diz respeito à construção civil já terminaram, e está a ser iniciada a montagem da exposição, que ficará no edifício que ali foi criado para esse efeito. Com o fim da época das chuvas, Álamo Meneses constatou que houve grandes melhorias na qualidade da água, por isso, é importante fazer-se essa verificação e dá-la a conhecer às pessoas para que saibam que o investimento ali efectuado não é para criar um parque mas, sim, uma aposta a pensar no plano da água. A requalificação das margens da Lagoa das Furnas contemplou, o plantio de árvores, a retirada de animais, a melhoria da drenagem e da defesa da própria imagem da lagoa, com o propósito de melhorar a qualidade da água, assegurou o Secretário Regional do Ambiente e do Mar. Um objectivo que apenas será atingido a médio e longo prazo, uma vez que esses processos são processos longos mas, que na sua opinião, já se conseguiu atingir um processo de estabilidade da lagoa, isto é, já não está a piorar e há francas melhorias. Assim sendo, este é um ano em que se atingiu aquele ponto em que começa a ser visível a estabilização da qualidade da água, ou seja todos aqueles aspectos essenciais de controlo da entrada de nutrientes na lagoa estão concluídos, as questões de imobilização dos solos, de protecção das margens, da retirada de fertilizantes da lagoa estão finalizados, sublinhou o governante. Na ocasião, Álamo Meneses, frisou, ainda, que nesta matéria não há soluções instantâneas, foi já atingido um ponto de estabilização e agora resta esperar o início de um longo processo de recuperação da qualidade da água da Lagoa das Furnas.
Fonte:GaCS/LM




Sr Secretário, enaltecemos as suas afirmações, mas solicitamos a apresentação pública dos relatórios científicos que comprovam a melhoria da qualidade da água.

Progressos?

O novo sistema de recolha seletiva porta a porta, que arrancou este ano nos municípios de Lagoa, Ponta Delgada, Ribeira Grande e Vila Franca do Campo, em S. Miguel, Açores, permitiu um "aumento significativo" nas recolhas de material reciclável.Os dados hoje revelados pela Associação de Municípios de S. Miguel (AMISM) indicam que a recolha de plástico cresceu 89,5 por cento nos primeiros meses deste ano, o vidro recolhido aumentou 29,7 por cento e o papel registou um crescimento de 6,7 por cento.No caso de Ponta Delgada, o plástico foi o que registou a maior recolha porta a porta, com "um aumento de 103,7 por cento", enquanto na Ribeira Grande a recolha de plástico aumentou 95,6 por cento e a de papel/cartão cresceu 116,5 por cento.A AMISM salienta ainda que o município da Lagoa "apresenta um resultado excelente no vidro, com uma evolução a atingir os 85,8 por cento", destacando também a situação em Vila Franca do Campo, onde a recolha seletiva de vidro cresceu 102,5 por cento".A associação de municípios refere ainda que “a deposição em ecoponto mantém a tendência crescente, traduzindo a maior sensibilidade da população para com as questões ambientais”.A AMISM tem em curso a campanha de sensibilização ambiental 'Embale esta ideia', dirigida a jardins de infância e estabelecimentos de ensino do primeiro ciclo, para incutir nos mais novos "a adopção de novos hábitos".

Fonte: Lusa

terça-feira, 3 de maio de 2011

"Duas lições?" por Viriato Soromenho Marques

Poucos dias depois do acidente nuclear de Chernobyl, tentando encontrar alguma réstia de esperança por entre a desgraça, cunhei a expressão "pedagogia da tragédia". Com isso, pretendia significar que, apesar de tudo, os humanos são capazes de aprender alguma coisa com os seus erros, evitando a sua repetição. Vinte e cinco anos depois, o acidente de Fukushima mostrou que errei por optimismo. O pesadelo atómico regressou com toda a sua força. Voltámos a escutar relatos sobre a acção letal de uma vasta gama de substâncias radioactivas, com graus de acção e duração diversos: iodo 131 (afecta a tiróide); estrôncio 90 (28 anos de meia-vida) mais o césio 137 (30 anos de meia-vida) atingem ossos e tecidos, provocando cancros e leucemias na primeira geração, abortos e malformações na geração seguinte. Para já não falar no plutónio 239, que tem uma meia-vida de "apenas" 24 360 anos!
Contra as mentiras dos que prometem o regresso da normalidade, Fukushima foi um brutal alerta contra a arrogância de um negócio que há muito entrou no registo do delírio e da desmesura. Não conheço uma sociedade mais disciplinada e prudente do que a nipónica. Se esta calamidade aconteceu no Japão, então nenhum país com centrais nucleares está livre de um acidente semelhante ocorrer. Amanhã, ou daqui a dez anos. Infelizmente, a maior catástrofe é de natureza moral. Hoje, como há 25 anos, há gente que nunca aprenderá nada. Vivem numa espécie de autismo ético. Presos nos seus interesses e certezas mesquinhos.
Contra esses, os cidadãos portugueses devem exigir um duplo consenso nacional: em favor das energias renováveis, e na recusa do nuclear. Não por agora não haver dinheiro, mas por ser essa recusa a única opção pragmaticamente útil e moralmente boa.

Parque Natural da Ilha do Pico abre Casa da Montanha e Centro de Visitantes da Gruta das Torres

O Parque Natural da Ilha do Pico abriu ao público, no passado dia 1 de Maio, a Casa de Apoio à Montanha do Pico. Esta estrutura, inaugurada a 5 de Junho de 2008, serve de apoio a todas as subidas que se efectuam a partir desta data, nomeadamente através do registo de todos os montanhistas, prestação das informações necessárias à subida, bem como visionamento de um filme de segurança. São também disponibilizados aos montanhistas que subam a Montanha do Pico sem guia, dispositivos de rastreio e emergência. Durante o mês de Maio, a Casa de Apoio à Montanha do Pico estará aberta entre as 7 e as 19 horas, 7 dias por semana. Em outros horários, deverão ser contactados os Bombeiros Voluntários da Madalena, embora se desaconselhe a subida nocturna. A partir de 1 de Junho e até 30 de Setembro a Casa de Apoio à Montanha do Pico estará aberta de forma ininterrupta. Abriu também as suas portas o Centro de Visitantes da Gruta das Torres, que se encontra aberto, até ao dia 14 de Junho, de terça a sábado, entre as 14 e as 17:30 horas. A partir do dia 15 de Junho e até 15 de Setembro este centro irá estar aberto todos os dias entre as 10 e as 13 horas e entre as 14 e as 18, encerrando para almoço entre as 13 e as 14 horas. Mais informações poderão ser solicitadas junto do Parque Natural do Pico, sito ao Lajido de Santa Luzia, telefone 292207375, ou através do e-mail: parque.n.pico@azores.gov.pt
Fonte: SRAM/FA/DRA

Novo roteiro pedestre apresentado pelos Amigos dos Açores

Os Amigos dos Açores – Associação Ecológica apresentaam no passado dia 1 de Maio, um novo roteiro pedestre: Roteiro do Percurso Pedestre da Alminhas, também conhecido por Terras de Nosso Senhor.
O novo percurso pedestre que se localiza na freguesia da Achadinha, concelho do Nordeste, apresenta diversos pontos de interesse que conjugam diversos valores naturais como nascentes, linhas de água com cascatas, fauna e flora nativa dos Açores, o que confere ao trajecto uma assinalável importância o nível local. Espera-se que a visibilidade adquirida pelo novo percurso pedestre, para a qual a nova publicação pretende contribuir, venha ajudar a potenciar as mais valias naturais e histórico-culturais do local, com beneficio para as comunidades locais.

O trilho das Alminhas/Terras de Nosso Senhor, com uma extensão aproximada de três quilómetros, tem início no Jardim Público das Alminhas, onde também termina.

Parabéns por mais esta excelente iniciativa.

Governo cria organismo único de gestão do Ambiente

O Conselho do Governo Regional aprovou, no final da semana passada, uma proposta de Decreto Legislativo Regional que reestrutura o sector empresarial regional na área do Ambiente, extinguindo a SPRAçores - Sociedade de Promoção e Gestão Ambiental, S.A., por fusão com a Sociedade de Gestão Ambiental e Conservação da Natureza - AZORINA, S. A.
Esta decisão, enquadrada na reestruturação do sector público empresarial da Região, surge na sequência de orientações nesse sentido saídas do anterior plenário do executivo açoriano.
A necessidade de reduzir despesas administrativas e de gestão empresarial aconselha a que se proceda a esta reestruturação, já que o objecto e âmbito de actividade da AZORINA permite a realização dessa operação sem redução da capacidade de intervenção do sector empresarial regional em qualquer área da gestão do Ambiente e sem prejuízo para os respectivos trabalhadores, conforme é referido no Comunicado do Conselho do Governo, apresentado esta sexta-feira pelo Secretário Regional da Presidência, André Bradford.
Fonte: GaCS/FA

sexta-feira, 29 de abril de 2011

“Ferraria, lugar de repouso, reflexão e cartaz turístico”, por Johann Eckhard Deisenhofer

Há pouco menos de 12 anos, em Novembro de 1999, foi com estas palavras que António Ferreira Leite intitulou o capitulo sobre o Lugar da Ferraria no seu livro “Um Olhar de Observação Sobre os Ginetes (Editado pela Assembleia de Freguesia de Ginetes no ano de 2001). É certo que, se fosse hoje, o antigo padre dos Ginetes não usaria este título. Ao longo da última década foram muitas as mudanças que ocorreram neste lugar e que, ao mesmo tempo, apareceram outras tantas ideias para o mudar. Agora existe um parque estacionamento, junto ao edifício das “Termas da Ferraria”, geridas como “Palco de Bem Estar”, com piscina exterior e restaurante na zona daquele nobre edifício, totalmente reconstruído. Porém, na zona balnear encontra-se um bar, que nunca abriu, sanitários e vestiários degradados, restos de uma panóplia de solários duas vezes construídos e pela força do mar derrubados (parafusos, tábuas de madeira, vestígios de betão...). Ali subsiste também o esqueleto de uma escada, ancorada na baía; restos de cordas completam a imagem da tristeza! Através da comunicação social chegou a informação de que o Governo, através da Direcção Regional do Mar, está a “equacionar as melhores soluções” para as Termas da Ferraria e que a Secretaria Regional da Economia publicou um Aviso a comunicar que pretende delimitar uma área específica de concessão de recurso geotérmico no lugar da Ferraria. Entretanto a afluência dos turistas não pára, muitas vezes guiados por operadores turísticos ou simplesmente encaminhados por taxistas. Mesmo na época baixa, como no mês de Janeiro, pode-se observar, quase que diariamente, cerca de 20 indivíduos dentro de água. Até pessoas incapacitadas, andando apoiados em muletas, com muito esforço, acabam por entrar também no porto, auxiliados por familiares ou amigos, na esperança de um alívio para as suas maleitas. Em suma, esta lamentável situação faz da Ferraria não mais um lugar aprazível para reflexão mas, pelo contrário, deve ser ela própria objecto de uma profunda reflexão. Antes de se decidir medidas novas para aquele espaço, único no Mundo, é preciso considerar que a Ferraria, à semelhança de outros lugares, é muito vulnerável: este canto oeste da Ilha de São Miguel é uma zona propícia a tempestades violentas , com ondas que podem atingir alturas superiores a dez metros, que há muitos dias com ar extremamente salgado e corrosivo e que erupções vulcânicas ou terramotos podem causar desabamentos de pedras ou até tsunamis. Também se deve ter em conta que a quantidade das águas mineromedicinais da nascente térmica é limitada, visto que a zona para captação de águas chuvosas, que fica situada no extremo da ilha, não pode ser grande (provavelmente não muito mais do que o Pico das Camarinhas). Por fim, é preciso ter em consideração que o lugar da Ferraria foi classificado como Monumento Natural Regional, pela sua beleza natural e pelas suas características únicas. No hemisfério norte do nosso planeta não deve existir outro sítio comparável com a baía da Ferraria, onde a natureza oferece no mar uma mistura das diferentes águas, com efeitos terapêuticos comprovados. Assim, não é de admirar que, há mais de 12 anos, a Ferraria passou para cartaz turístico, com todos os problemas e possibilidades daí emergentes. Porém, de todas estas estranhas circunstâncias atrás referidas, surge a ideia, muito estranha, de qualificar uma parte do Lugar da Ferraria como recurso geotérmico. Ora, pelas razões que a seguir indico, deve esta ideia desaparecer por completo e ser arquivada, para sempre, na gaveta mais baixa da secretária do Senhor secretário regional da Economia: - A ideia é um atentado contra o ambiente, comparável com uma proposta de construção de um parque eólico na Cumeeira da Caldeira das Sete Cidades ou com a exploração geotérmica do Parque Terra Nostra, nas Furnas. - O aproveitamento do lugar da Ferraria como atracção turística e a produção de energia eléctrica, no mesmo lugar, são concorrentes - um exclui o outro! O Governo optou e com bom senso pelo turismo, tendo inclusive já investido muito dinheiro. - A prosseguir com aquela opção, podem esses estudiosos garantir que mais uma exploração da nascente de água quente termal não vai influenciar o curso e uso já existentes, perante a limitada quantidade da água? É uma pergunta que deixo no ar. - A Constituição Portuguesa refere na parte II “Organização Económica”, Titulo I “Princípios Gerais”, Artº .84, alínea c) : “Pertencem ao domínio público ....., as nascentes de águas mineromedicinais,...”. A concessão da preciosa nascente mineromedicinal da Ferraria, como recurso geotérmico, parece-me ser contra o espírito da Constituição! A zona balnear podia ser melhorada com a reparação e manutenção dos edifícios já existentes e com a organização e planeamento da limpeza. Esquecer-se os solários e melhorar o acesso ao mar, com uma faixa de betão preto, são soluções simples e económicas. De resto, devem ser cumpridos as recomendações com que António Ferreira Leite terminou o seu artigo de Novembro de 1999: “A Ferraria é um precioso cartaz de turismo, assim deve ser vista pela autarquia local. O turista procura a Natureza pura, original. Está farto da paisagem humanizada, onde a mão do homem é constante. Por isso, transformar aquele recanto singular em lugar de veraneio ou em paisagem humanizada é destruir criminosamente a sua beleza e identidade.”


Fonte: Açoriano Oriental

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A decadência do povo insular

E em véspera do Dia Mundial da Terra, um bom exemplo daquilo que a nossa terra não precisa.
A orla costeira a saque, desta vez pela mão de um ex-autarca da Câmara Municipal da Lagoa, o Sr Roberto Medeiros.



Autor desconhecido



Esta construção tem inspirado um eco-novela de fraca qualidade, em que os protagonistas incluem um ex-autarca da Câmara Municipal da Lagoa, o próprio Município da Lagoa e a Secretária Regional do Ambiente e do Mar.
No enredo desta novela, onde tudo é uma paródia sem graça, onde se dá mais importância à roupa que se usa em palco do que aos textos, onde as piadas insultam a inteligência do público, que sendo demasiado benevolente prefere ir rindo, porque nada disto pode ser levado a sério.
Ora enquanto uns gozam com os outros, a Associação Amigos da Caloura, que prefere teatro a sério, tem denunciado (e muito bem) esta paródia local.
Nós, tendo andado afastados dos palcos, por motivos eleitorais, estivemos atentos ao espectáculo e neste momento a única frase que me ocorre é esta: "não existem maus políticos. Existem homens com bom ou mau carácter."
Se esta obra não é fruto do carácter de quem a sonhou, projectou e aprovou, será no mínimo uma irresponsabilidade.
Aplausos finais para a Associação Amigos da Caloura e para todos os cidadãos que se preocupam genuinamente com a sua terra e não apenas com a sua casa.

Amanhã celebra-se o Dia Mundial da Terra

Amanhã celebra-se mais um dia Dia Mundial da Terra.

E se o ambiente deveria ser festivo, na realidade mostra-se preocupante devido a todos alertas que nos chegam da comunidade científica e que muitos de nós ainda parecem ignorar. A temperatura em todo o planeta está a aumentar devido às elevadas emissões de dióxido de carbono que todos os dias enviamos para a atmosfera. Este aquecimento global está a provocar, entre outras coisas, alterações climáticas, a subida das águas dos oceanos, a extinção progressiva de milhares de espécies e um risco sério de destruição de zonas costeiras. Esta ameaça à biodiversidade, inclui-nos a nós seres humanos, grandes responsáveis por muito do que está a acontecer.

Os recentes acontecimentos de Fukishima também nos deverão fazer reflectir sobre as nossas escolhas e sobre os caminhos que deveremos ou não seguir. Pelo planeta e por nós, enquanto espécie. E é em nós, essa espécie capaz do pior, mas também responsável por feitos extraordinários, que reside sempre a esperança de um futuro melhor.

Por isso que este dia da Terra sirva para reflectir e instigar a uma mudança de hábitos. Cada um de nós sozinho não poderá "salvar o mundo", mas todos juntos, com pequenos gestos diários faremos realmente a diferença. Calcule a sua pegada ecológica e veja como poderá contribuir para um planeta Terra mais saudável.

Votos de uma Feliz Páscoa

O Núcleo de São Miguel da Quercus deseja a todos uma Feliz Páscoa.


Autor desconhecido

Aproveite o fim de semana prolongado para fazer actividades ao ar livre e não se esqueça de reciclar as embalagens dos ovos e das amêndoas!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Dia Mundial da Terra

O Clube de Orientação de São Miguel vai associar-se às comemorações do Dia Mundial da Terra organizando, em parceria com algumas entidades públicas regionais ligadas ao ambiente, uma prova de Orientação Pedestre na zona da Achada das Furnas, no dia 23 de Abril de 2011 pelas 10h00.
Junto enviamos o cartaz do evento, o Programa das Jornadas da Terra e da Vida e as indicações para chegar ao local onde terá início a já referida Prova de Orientação.
Inscreva-se. Traga a família e os amigos e venha passar uma manhã diferente.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Região aposta cada vez mais nas energias renováveis

O Governo Regional tem implementado e vai continuar a desenvolver medidas que apostem no crescimento da produção de energias renováveis e da eficiência energética afirmou, ontem em Ponta Delgada, o Director Regional da Energia, José Vieira. José Vieira falava, na cerimónia de encerramento do seminário “Energia Sustentável: Redes Inteligentes e Mobilidade”, no âmbito da Semana Europeia da Energia Sustentável. É de realçar, que a União Europeia aprovou em Dezembro de 2008, o Pacote Clima Energia, que tem por objectivo reduzir em 20% em toda a União, a emissão de gases com efeito de estufa, elevar para 20% da quota parte as energias renováveis no consumo de energia e aumentar em 20% a eficiência energética até 2020. Nesse sentido, o Director Regional da Energia, sublinhou que a Região tem sido pioneira no sentido de adaptar as directivas comunitárias à legislação regional e deu como exemplo a certificação energética dos edifícios. A nova norma obriga os imóveis novos ou alvo de grandes remodelações à implementação de sistemas de águas quentes sanitárias, que sejam poupadores de energia, como é o caso das bombas de calor, ou que aproveitem os recursos endógenos ou renováveis, como são os painéis solares, sublinhou o titular da pasta da Energia. Esta certificação, segundo disse, implica que a mesma seja realizada por profissionais qualificados, uma área em que o executivo açoriano colaborou de forma intensiva com a realização de vários cursos de formação. Para José Vieira, continuar a depender de derivados do petróleo pode ser a médio longo prazo uma solução improcedente, quando comparado com outras alternativas como a energia solar, geotérmica, eléctrica e hídrica. Nos Açores, ao contrário de outras regiões, a produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis compensa quando comparada à alternativa proveniente dos combustíveis fósseis, afirmou o director regional. Nesse âmbito, os consumidores de electricidade açorianos passaram a receber, inscrito na factura de electricidade, o respectivo código do ponto de entrega, e com este podem candidatar-se ao sistema de registo da micro produção ou seja, por renováveis na hora, e tornarem-se não apenas consumidores mas, também, produtores e vendedores de energia eléctrica à rede pública. Por outro lado, avançou José Vieira, está em desenvolvimento, igualmente, a mini produção de electricidade, cujo diploma legal já foi publicado encontrando-se em fase de regulamentação, tendo em conta que a mini produção é mais adequada para clientes de maior consumo. Com estas medidas sustentáveis, o Director Regional da Energia é de opinião, que a Região vai conseguir ser mais renovável e mais eficiente do ponto de vista energético, reduzindo a dependência dos combustíveis fósseis na produção de electricidade, atingindo uma produção na ordem dos 75% de fontes renováveis em 2018. No que se refere à energia geotérmica, José Vieira realçou, que há planos de expansão ao nível da construção de novas centrais e da expansão de outras, bem como a ampliação e a edificação de novos parques eólicos, é o caso do Graminhais que ficará concluído este ano, salientou. Por seu turno, o parque eólico do Faial vai ser desmantelado e substituindo também no decorrer deste ano, para além da instalação de dois aerogeradores na Graciosa, dois em Santa Maria e mais dois na ilha do Pico. Para além disso, duplicar a potência do parque eólico da Serra do Cume, na ilha Terceira, proceder à construção da nova central hídrica da ilha das Flores, são apostas que para José Vieira, representam o ponto de partida para que em 2015 cerca de 50% da energia eléctrica produzida no arquipélago, seja proveniente de fontes renováveis. Outro dos projectos a desenvolver, intitula-se “Corvo Renovável”, que tem a participação do MIT Portugal e do “Green Islands”, pois é a única ilha do arquipélago que não tem energia renovável. Para isso, segundo disse, está a ser desenvolvido um conjunto de estudos articulados, entre uma consultora australiana, o Instituto Superior Técnico e a EDA no sentido de colocar energia renovável na mais pequena ilha dos Açores. Reduzir a dependência energética dos combustíveis fósseis no transporte rodoviário, foi outras das estratégias mencionadas pelo Director Regional da Energia, na qual está a ser desenvolvida uma rede de mobilidade eléctrica (MOBI.E) na Região, integrada na rede nacional, com vista à obtenção de uma solução de gestão integrada e compatível, que garanta ao cliente do sistema o acesso em qualquer ponto do país. Também a área da investigação, mereceu destaque por parte de José Vieira, ao considerar que o arquipélago pode ser um pólo dinamizador capaz de atrair investigadores, uma vez que somos abundantes em recursos naturais passíveis de aproveitamento para a produção de novas fontes de energia sustentável. Fonte: GaCS/LM

terça-feira, 12 de abril de 2011

Açores assumem hoje gestão de três das seis áreas protegidas da Declaração de Bergen

Os Açores assumem a partir de hoje a gestão de uma parte considerável do Atlântico Central, com a entrada em vigor da Declaração de Bergen, que criou seis áreas marinhas protegidas em alto mar.“Ganhamos uma grande responsabilidade”, afirmou o secretário regional do Ambiente, Álamo Meneses, em declarações à Lusa, numa referência ao facto de a região assumir a gestão de três das seis áreas marinhas protegidas.A Declaração de Bergen foi adotada nesta cidade da Noruega em setembro de 2010 pelos ministros das partes contratantes da Convenção OSPAR (Oslo-Paris), criando seis áreas protegidas na área de aplicação desta convenção, que regula a cooperação internacional no que se refere à proteção do meio marinho no Atlântico Nordeste.As seis áreas marinhas protegidas no alto mar estão situadas em águas internacionais, tendo três sido colocadas sob a gestão da Região Autónoma dos Açores.Uma destas áreas marinhas tem cerca de 95 mil quilómetros quadrados, ou seja, é maior do que o território português, o que permite perceber a dimensão e a importância da gestão que foi atribuída aos Açores.A Convenção OSPAR de 1992, também conhecida como ‘Oslo-Paris’, combinou e atualizou a Convenção de Oslo de 1972 sobre imersão de resíduos no mar e a Convenção de Paris de 1974 relativa a fontes de poluição marinha de origem telúrica.Os trabalhos realizados no quadro da Convenção OSPAR são geridos por uma comissão que é composta por representantes dos 15 governos que a integram e da Comissão Europeia.Em finais de setembro de 2010, os ministros do Ambiente dos 15 países da Convenção OSPAR definiram seis zonas livres de pesca em zonas remotas do Atlântico, criando aquela que é a primeira rede de áreas protegidas no alto mar.No total, esta seis áreas abrangem 285 mil quilómetros quadrados no Atlântico, uma superfície igual à de Itália, estando todas localizadas fora do limite das 200 milhas, ou seja, das zonas económicas exclusivas dos países.A proteção pode envolver proibições à pesca e à exploração petrolífera, mas também a restrição à circulação de navios.Os 15 países da Convenção OSPAR são a Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido, a que se junta a União Europeia Fonte:Lusa/fim

A Açorianidade e a natureza das ilhas

O texto de Nemésio é mais uma prova de que a natureza destas ilhas nos molda. Elas pertencem-nos e nós a elas pertencemos. Agredir a natureza destas ilhas é como agredir uma pátria ou mátria, como diria Natália Correia.

(...) Quisera poder enfaixar nesta página emotiva o essencial da minha consciência de ilhéu. Em primeiro lugar o apêgo à terra, êste amor elementar que não conhece razões, mas impulsos; - e logo o sentimento de uma herança étnica que se relaciona íntimamente com a grandeza do mar. Um espírito nada tradicionalista, mas humaníssimo nas suas contradições com um temperamento e uma forma literária cépticos, - o basco espanhol Baroja, - escreveu um livro chamado Juventud, Egolatria "O ter nascido junto do mar agrada-me, parece-me como um augúrio de liberdade e de câmbio". Escreveu a verdade. E muito mais quando se nasce mais do que junto do mar, no próprio seio e infinitude do mar, como as medusas e os peixes (...)


(...) Meio milénio de existência sôbre tufos vulcânicos, por baixo de nuvens, que são asas e de bicharocos que são nuvens, é já uma carga respeitável de tempo, - e o tempo é espírito em fieri. Somos, portanto, gente nova. Mas a vida açoriana não data espiritualmente da colonização das ilhas: antes se projecta num passado telúrico que os geólogos reduzirão a tempo, se quiserem... Como homens, estamos soldados històricamente ao povo de onde viemos e enraïzados pelo habitat a uns montes de lava que soltam da própria entranha uma substância que nos penetra. A geografia, para nós, vale outro tanto como a história, e não é debalde que as nossas recordações escritas inserem uns cinqüenta por cento de relatos de sismos e enchentes. Como as sereias temos uma dupla natureza: somos de carne e de pedra. os nossos olhos mergulham no mar (...)



Coimbra (Cruz de Celas) 19 de Julho de 1932

VITORINO NEMÉSIO Excerto de um texto escrito para a Insula, no V centenário do descobrimento dos Açores

Nova Direcção da Quercus São Miguel

Realizou-se ontem, dia 11 de Abril, pelas 18:30 a Assembleia do Núcleo de São Miguel da Quercus, tendo sido votada por unanimidade a eleição da nova direção cuja constituição é a seguinte:

Presidente: Paulo Roque Pacheco

Secretário: Rui Moreira da Silva Coutinho

Tesoureiro: Ana Luísa Monteiro

Vogais: Gualter Correia, André Resendes Feliciano, Paulo Arruda Quental e Rui Melo Cordeiro

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Primavera no mundo


A Primavera trouxe a celebração dos dias da árvore, da água, da floresta e da poesia. Trouxe também revoluções sociais e o agravamento da crise económica mundial. Do Japão chega-nos um cenário de caos, destruição e medo. Medo de um assassino invisível que irá deixar um rasto mortífero durante muitos anos, contaminando a terra, o ar e a água, não só dentro das suas fronteiras, mas um pouco por todo o lado. O que aconteceu em Fukushima veio mais uma vez provar que ninguém pode garantir a cem por cento a segurança de uma central nuclear. É verdade que a tecnologia japonesa é muito rigorosa e também é verdade que as normas de segurança em vigor são bastante severas, mas isto apenas prova que este tipo de energia, ao qual muitos chamam "limpa"?!? encerra um risco demasiado elevado. E a questão aqui é saber se estamos dispostos a correr esse risco e se queremos deixar esta herança aos nossos descendentes. Na sequência da catástrofe que assolou o Japão, os líderes europeus apressaram-se a ordenar inspecções ás suas centrais e a repensar o futuro das mesmas, enquanto surgiam, um pouco por todo o lado, milhares de vozes a gritar "não ao Nuclear e a defender a importância das energias renováveis. É sem duvida um grande desafio para a Europa nas próximas décadas liderar um projecto que assegure uma maior independência energética. Os Açores estão no bom caminho, mas é preciso ir mais longe e depender cada vez menos do petróleo e dos lobbies relacionados com o mesmo. Esta Primavera trouxe também o fim de mais um ciclo da Quercus São Miguel, marcado por grandes dificuldades e vicissitudes. Com trabalho feito e com a consciência de que ficou ainda muito por fazer, depositamos esperanças num novo ciclo que se adivinha e que esperamos que seja de crescimento, reflexão e renovação.Queremos que a Quercus continue a ser uma voz que não se cala na defesa do ambiente da ilha de São Miguel e sempre que possível de toda a Região Autónoma dos Açores.Estamos aqui para divulgar e elogiar o que de melhor se fizer em prol do ambiente, mas também para denunciar e criticar os atentados e crimes contra a natureza, que não é propriedade de alguns, mas de todos nós. Todos juntos temos que decidir o que queremos para esta região que é única e que não deverá "copiar" e importar modelos de outros locais. Temos que colocar o conhecimento, a ciência, a tecnologia e a tradição ao serviço destas ilhas que são nossas e cujo futuro deverá ser decidido com a participação consciente de todos nós.É então tempo de tempo de repensar os nossos comportamentos, o que queremos para a nossa região e o que cada um de nós está disposto a fazer pela preservação de um património natural que é único.Não vamos fazer parte do clube das regiões que se "venderam" ao progresso e dinheiro fáceis! A economia, o turismo e ambiente não são unidades independentes. Deverá haver uma gestão integrada destas e outras áreas, que não devem ser confundidas com ideologias políticas, protagonismos fugazes, marketing, campanhas eleitorais ou com votos. Vivemos actualmente uma crise de grandes proporções: económica, social e ambiental mas sobretudo esta é uma crise de valores. A crise económica não nos deve desviar de outros grandes problemas que o mundo terá que enfrentar nás próximas décadas: as alterações climáticas e a escassez de recursos: água, alimentos e combustíveis fósseis.Para ultrapassar estas ameaças será preciso muito mais do que vontade política (se a houver). Será indispensável a mobilização da opinião pública e o contributo de toda a comunidade intelectual e académica. Apenas num ambiente de diálogo, tolerância e respeito pela biodiversidade (onde está incluído também o respeito pela diversidade humana) será possível dar um passo eficaz em direção à mudança, não esquecendo o pilar fundamental: a educação, área onde ainda há muito a fazer. Em Portugal infelizmente assistimos a uma política pública de educação ambiental deficitária. Parafraseando o Professor Viriato Soromenho Marques, " o trabalho realizado na área do ambiente deve-se a professores «conscientes» e organizações não governamentais «preocupadas»". A Quercus tem sido ao longo do tempo uma organização preocupada e empenhada em sensibilizar os mais novos para a temática ambiental e consideramos que é este o caminho a seguir. Em dia de mudança, não posso deixar aqui de agradecer a todos quantos colaboraram com a Quercus (sócios, não sócios e instituições) ao longo destes dois anos e deixo um agradecimento especial ao Paulo Nascimento Cabral e ao Mário Maciel por terem colaborado neste projecto. Graças a vocês a porta da Quercus continua aberta e preparada para um novo ciclo. A todos os sócios e não sócios deixo aqui um apelo: o mundo precisa de nós e precisa já! Transformemos esta crise numa oportunidade de renovação, de criação de uma sociedade mais democrática, mais digna, mais humana e mais sustentável. É Primavera. Apaixone-se pela natureza!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Primeiro mini-documentário do LIFE Ilhas Santuário para as Aves Marinhas

O primeiro mini-documentário do projecto LIFE Ilhas Santuário para as Aves Marinhas já está disponível no Youtube. O documentário mostra as distintas fases do projecto e as diversas acções que estão a ser desenvolvidas. É uma boa oportunidade para conhecer de perto os aspectos mais interessantes do trabalho na ilha do Corvo e no Ilhéu de Vila Franca do Campo.

Fonte: Spea

segunda-feira, 14 de março de 2011

Implementação do Circuito de BTT no Parque Natural do Faial

O Governo dos Açores, através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, no âmbito da gestão Parque Natural do Faial, está a proceder à implementação de um circuito para os praticantes de BTT, modalidade que permite um intenso contacto com a natureza. O circuito para o efeito criado, com uma extensão total de 2 Km e uma classificação técnica de “dificuldade média”, partiu da recuperação de um antigo trilho pedestre, outrora abandonado, bem como de parte de um caminho de terra que em tempos foi utilizado por agricultores da ilha. O circuito de BTT desenvolve-se integralmente no Parque Florestal do Capelo, espaço onde podem ser observadas várias espécies naturais dos Açores, nomeadamente associadas ao habitat “Laurissilva costeira”, como é o caso da faia (Myrica faya), o louro (Laurus azorica), a urze (Erica azorica) ou mesmo o tamujo (Myrsine retusa). A materialização deste circuito é um significativo contributo para a melhoria das condições necessárias ao desenvolvimento de actividades lúdicas e desportivas dentro o Parque Natural, compatíveis com os seus princípios de sustentabilidade e conservação do património. A partir do percurso, o visitante poderá usufruir das belas paisagens da ilha do Faial. Pretende-se, pela prática de um desporto que privilegia o contacto com a natureza, dar a conhecer o rico património disponível, ao nível da geodiversidade e biodiversidade, potenciando ainda os aspectos sociais e culturais. A implementação desta valência contou com os apoios do Serviço Florestal da Ilha do Faial, bem com da Associação de Ciclismo dos Açores - Delegação do Faial.
Fonte: GaCS

Requalificação das margens da lagoa das Sete Cidades

A primeira fase da empreitada de requalificação das margens da lagoa das Sete Cidades, na ilha de São Miguel, foi colocada a concurso pelo preço base de 6.950.000 de euros. Nos termos do Aviso hoje publicado no Jornal Oficial, a obra, da responsabilidade da SPRAçores, Sociedade de Promoção e Gestão Ambiental, S.A., terá um prazo de execução de 540 dias. Esta primeira fase da empreitada incidirá no Troço da Vila ao Túnel e Frente Urbana, envolvendo a execução de infra-estruturas hidráulicas, eléctricas, telecomunicações, pavimentação e arruamentos, intervenção paisagística e construção de edifícios. O prazo para apresentação das propostas decorre até às 17:30 horas do 60.º dia a contar da data de envio (05/03/2011) do anúncio para publicação no Diário da República. A empreitada será adjudicada à proposta economicamente mais vantajosa, tendo em conta a qualidade técnica da proposta e o seu preço.
Fonte: GaCS

O Parque Natural do Faial foi o escolhido para representante português no Concurso Europeu de Destinos de Excelência

O Parque Natural do Faial foi o escolhido para representante português no Concurso Europeu de Destinos de Excelência - “EDEN”.Entre as onze candidaturas de várias zonas do País (Arouca, Peneda Gerês, Vale de Sousa, Zona do Dão, Pico, entre outros), refira-se candidaturas de alto relevo, o Parque Natural ficou em primeiro lugar, sendo por esta via o primeiro destino turístico português de excelência. Este concurso europeu, destinado a promover a excelência em matéria de turismo, desenvolve-se em torno de um tema anual que tem subjacente a temática do desenvolvimento sustentável e que é escolhido, em conjunto, pela Comissão Europeia e pelas mais importantes organizações nacionais de turismo, com vista a evidenciar o melhor que as regiões europeias podem oferecer ao seus visitantes.Destaca-se que o jurí do concurso era presidido pelo Dr. Guilherme Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas, integrando ainda a Dra. Adília Lisboa, presidente da Comissão Executiva da Confederação do Turismo Português; Dr. António Perez Metêlo, Jornalista e o Dr. Luís Patrão, Presidente do Turismo de Portugal I.P., o que realça a distinção atribuída ao Parque Natural do Faial.Tendo em conta que o Faial irá representar o país, solicito a Vossa colaboração na divulgação desta importante notícia.
O sucesso da candidatura internacional depende de todos nós.
VOTE NOS AÇORES EM: http://www.visitazores.travel

Visite o Parque Natural do Faial (PNF): http://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Natural_do_Faial
Caldeira: http://www.siaram.azores.gov.pt/vegetacao/zonas-humidas/caldeira-faial/1.html
Vulcão dos Capelinhos: http://www.siaram.azores.gov.pt/vulcanismo/vulcao-capelinhos/_intro.html
Jardim Botânico do Faial: http://www.siaram.azores.gov.pt/centros-interpretacao/JardimBotanico-Faial/_intro.html
C.I. do Vulcão dos Capelinhos: http://www.siaram.azores.gov.pt/centros-interpretacao/ci-capelinhos/_intro.html

Tomate prestes a ser patenteado pela empresa Monsanto


Um estudo recente , encomendado pela coligação No Patents On Seeds e publicado na semana passada em Munique, revela que o Instituto Europeu de Patentes (IEP) tem a intenção de conceder mais patentes sobre as sementes, plantas e alimentos resultantes de processos de criação convencionais. O relatório denuncia que a divisão de análise do IEP informou, em Janeiro deste ano, a empresa de sementes Seminis, uma subsidiária da empresa norte-americana Monsanto que não há objecções de fundo ao seu pedido de obtenção de uma patente sobre tomates criados com métodos convencionais (EP1026942). O IEP mandou pareceres semelhantes a outros candidatos.
"Se esta tendência não for travada, dentro de poucos anos não haverá sementes no mercado que não estejam protegidas por patentes. Corporações como a Monsanto, Syngenta ou Dupont decidirão então quais as plantas cultivadas e quais os alimentos vendidos na Europa e o respectivo preço,"diz Cristoph Then, um dos porta-vozes da coligação No Patents On Seeds.
As conclusões do estudo surpreendem, dado que em Dezembro de 2010, baseadono precedente criado pelas patentes pedidas para Brócolo e Tomate, o Comitéde Recurso do IEP deliberou que em geral os processos para a criação convencional de plantas não são patenteáveis. Uma decisão final sobre o caso do brócolo é esperado nas próximas semanas. No entanto, a investigação recente mostra que é expectável que as patentes sobre plantas, animais,sementes e os alimentos provenientes dos mesmos vão continuar a ser concedidas na Europa. Segundo a interpretação da lei por parte do IEP, osprocessos de criação continuam a ser excluídos da protecção por patentes, mas paradoxalmente os produtos que resultam destes processos são patenteáveis.
"A proibição legal sobre patentes na área da criação convencional de plantas foi esvaziada pela prática corrente do Instituto Europeu de Patentes,"afirma Kerstin Lanje da Misereor, uma organização Católica para o desenvolvimento. "Mesmo antes da decisão final sobre a patente do brócolo, o IEP continua o seu lóbi a favor das multinacionais. Estas grandes corporações terão carta branca para abusar sistematicamente as leis daspatentes para obter controlo sobre todos os níveis da produção de alimentos.Isto também terá impacto nas pessoas nos países do Sul, que já hoje sofrem as consequências do aumento continuado do custo da alimentação."
Segundo o estudo da No Patents On Seeds, não menos de 250 pedidos deobtenção de patente para organismos geneticamente modificados e cerca de 100 pedidos para plantas criadas convencionalmente foram registados junto do IEPem 2010. Os pedidos de patentes relativas à criação convencional de plantas estão a aumentar de ano para ano, liderados pela Monsanto, Syngenta e Dupont. Adicionalmente, cerca de 25 pedidos de patentes relativas à criação de animais deram entrada no IEP. Em 2010, este concedeu cerca de 200 patentes sobre sementes obtidas com e sem engenharia genética.
Governos como o alemão, organizações não-governamentais, associações de agricultores e criadores independentes na Europa e no mundo têm contestado a concessão de patentes sobre plantas e animais. A coligação No Patents OnSeeds pretende intensificar o seu lóbi para uma redefinição da legislação europeia sobre patentes. Neste sentido é hoje lançado um novo apelo de subscrição da petição internacional contra as patentes sobre a vida, da qual a Campanha pelas Sementes Livres em Portugal é uma das primeiras signatárias.

Linha SOS Ambiente recebeu 4.561 denúncias em 2010

A Linha SOS Ambiente recebeu 4.561 denúncias de agressões à natureza em 2010, mais 263 do que no ano anterior, um aumento que pode significar maior preocupação dos cidadãos e não mais ilegalidades, disse um responsável.
As denúncias mais frequentes relacionam-se com a produção de resíduos e a proteção animal, com situações como descargas ilegais ou presença de animais em perigo de extinção. O diretor do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana (GNR), coronel José Grisante, disse à agência Lusa que em 2009 foram recebidas 1.996 denúncias sobre resíduos, um número que desceu para 1.055 no ano passado.

Energia Nuclear. Energia limpa?!?!?!

No passado dia 11 de Março o Japão foi devastado por um sismo de magnitude 8,9 graus na escala de Richter e consequente tsunami. Para além da significativa perda de vidas humanas e de bens, as consequências podem ser ainda mais graves devido a problemas registados nas centrais nucleares. Esta situação, que se espera venha a ser resolvida de forma rápida e sem consequências de maior, expõe as fragilidades e os riscos associados ao uso da energia nuclear de fissão, não obstante o enorme investimento feito em segurança e o discurso tecnocrata de que tudo é controlável.

Uma preocupação acrescida
Desde o momento da ocorrência do sismo no Japão que o mundo passou a olhar para o país com preocupação e ansiedade, sempre a aguardar por notícias que contextualizem o que se passou e as consequências desta catástrofe natural. Contudo, esta preocupação e ansiedade estão aumentadas, neste caso, devido à presença de centrais nucleares no centro deste desastre e às recorrentes notícias que, nos últimos dias, têm surgido e que parecem espelhar uma escalada da situação. A ocorrência do sismo em conjunto com o tsunami que se seguiu provocaram uma falha no sistema de refrigeração da central o que parece ter despoletado uma série de eventos, os quais não foi ainda possível anular. Notícias muito recentes dão conta de duas explosões na central de Fukushima e a Agência Nuclear Japonesa já veio reconhecer a presença de material radioactivo nas imediações do reactor 1, o que poderá indicar uma fusão do combustível de urânio.

Não ao Nuclear em Portugal
Portugal tem sido palco de alguns debates em torno da adopção, ou não, desta forma de produzir electricidade. Felizmente, a opção nunca foi essa e esta experiência japonesa deve-nos relembrar que também o nosso território é marcado por um elevado risco sísmico, particularmente nas áreas onde a localização de uma central poderia ser mais apetecível.
Perante a nossa experiência em relação às externalidades do uso da energia nuclear associadas à exploração do urânio, a nossa inexperiência na regulamentação, acompanhamento e fiscalização de centrais nucleares, a nossa tendência para deixar as regulamentações no papel, a actual crise económica e o potencial que temos em energias renováveis, parece-nos claro que a aposta do país deve ser nas energias renováveis e nunca na energia nuclear.
Se queremos uma sociedade sustentável, não podemos apostar em formas de produzir energia que possam pôr em causa as gerações presentes e as futuras, seja através da exploração do urânio, da ocorrência de acidentes ou através do legado futuro em termos de desmantelamento e deposição final dos resíduos nucleares.
Ao passarem 35 anos da manifestação da população de Ferrel (localidade situada numa zona de sismicidade elevada) contra a construção de um empreendimento destes na sua terra, é tempo de reavaliar estas unidades industriais e desde já reforçar a segurança e acompanhamento das centrais nucleares espanholas e investir aceleradamente na recuperação do passivo de todo o ciclo do urânio.
Esperamos que a situação se resolva sem danos significativos para as pessoas e para o ambiente, mas o aviso é claro e não pode deixar de ser ouvido por todos aqueles que desejam uma sociedade sustentável e com futuro.
Para reflectir, fica a opinião de Carlos Varandas, director do Centro de Fusão Nuclear do Instituto Superior Técnico e presidente do Conselho de Administração da Agência Europeia para o ITER – o projecto mundial que estuda a viabilidade da fusão nuclear, uma energia nuclear quase limpa: “Se este sismo tem acontecido no leste da Europa estaríamos perante uma catástrofe nuclear mundial”.
Fonte: Quercus ACN

quinta-feira, 10 de março de 2011

União Europeia destina 2 milhões e euros a projectos de biodiversidade fora do seu território continental europeu

A Comissão Europeia vai destinar mais 2 milhões de euros à conservação e utilização sustentável da biodiversidade e dos serviços ecossistémicos nas suas regiões ultraperiféricas e nos seus países e territórios ultramarinos.Conhecido por BEST, o regime voluntário a favor da biodiversidade e dos serviços ecossistémicos naqueles territórios financiará projectos-piloto nessas regiões, que albergam uma biodiversidade excepcional e mais espécies endémicas do que todo o território continental da UE. Este apoio financeiro partiu de uma sugestão inicial do Parlamento Europeu.O regime BEST aumentará as verbas disponíveis para proteger a biodiversidade efomentar a utilização sustentável dos serviços ecossistémicos nas regiões ultraperiféricas e nos países e territórios ultramarinos, tendo em vista a conciliação das necessidades de desenvolvimento com as exigências ambientais dessas regiões. Este regime voluntário visa encontrar soluções que permitam manter ecossistemas saudáveis e resistentes e reduzir as pressões sobre a biodiversidade.O financiamento apoiará a designação e gestão de áreas protegidas e a restauração de ecossistemas degradados, fomentando soluções naturais para lutar contra as alterações climáticas, incluindo a restauração dos mangais e a protecção dos recifes de coral.O regime incentivará igualmente a constituição de parcerias entre as administrações locais, a sociedade civil, os investigadores, os proprietários de terras e o sector privado. Pretende-se que sirva para reforçar a cooperação em questões relacionadas com o ambiente e com as alterações climáticas, na linha dos objectivos da sessão sobre o ambiente do fórum dos países e territórios ultramarinos da UE que está a decorrer em Noumea, na Nova Caledónia.A Comissão Europeia pretende publicar em Maio de 2011 um convite à apresentação de propostas de projectos para financiamento. Os projectos irão chamar a atenção para o regime e prepararão o terreno para uma estrutura administrativa, na perspectiva de apoios a mais longo prazo. O regime aproveitará os sítios e as redes já existentes e incorporará projectos anteriores.As regiões ultraperiféricas e os países e territórios ultramarinos da União Europeiaestão situados em várias partes do globo e albergam uma biodiversidade excepcional. Localizadas a diversas latitudes nos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, estas entidades territoriais são muito ricas em biodiversidade e albergam mais espécies endémicas (espécies exclusivas de uma zona restrita) do que todo o território continental europeu.Contexto: Perda de biodiversidadeA rápida perda de biodiversidade é uma questão candente na União Europeia e em todo o mundo. Desaparecem espécies a um ritmo sem precedentes, em resultado das actividades humanas, com consequências irreversíveis para o nosso futuro. A União Europeia está a lutar contra este fenómeno e tem vindo a reforçar o seu contributo para contrariar a perda de biodiversidade a nível mundial. Uma das metas da estratégia a pôr em prática no domínio da biodiversidade é o incentivo à protecção e à utilização sustentável da biodiversidade e dos serviços ecossistémicos a nível internacional.

Relatório Nacional de Implementação da Directiva Habitats (2001-2006) - Avaliação Global da Flora

O Relatório de Implementação da Directiva Habitats (92/43/CEE) (relativo ao período de 2001 a 2006) foi elaborado entre Fevereiro de 2007 e Fevereiro de 2008, sob coordenação do ICNB, em articulação com as autoridades competentes das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, e envolvendo a consulta de peritos, investigadores e técnicos de entidades da administração pública, academia e ONGA. O relatório foi sujeito a consulta pública entre 28 de Julho e 15 de Setembro de 2008, encontrando-se ainda disponível para consulta no portal do ICNB. A estrutura do formulário das espécies compreende uma análise da distribuição, população, habitat da espécie, tendências e ameaças, integrando um módulo final para conclusões relativas à avaliação global do estado de conservação. Contudo, no caso das espécies da flora do território continental o respectivo formulário não foi preenchido na totalidade, na medida em que não foi possível responder, até à data da submissão do Relatório à Comissão (Novembro de 2007), às questões relacionadas com (i) os valores favoráveis de referência e (ii) a avaliação global do estado de conservação dessas espécies.
Não obstante, em 2009 o ICNB decidiu prosseguir o trabalho iniciado e completar a avaliação global das espécies da flora constantes dos Anexos II, IV e V da Directiva Habitats ocorrentes nas regiões biogeográficas Atlântica e Mediterrânica. No sentido de encerrar este processo considerou-se útil sujeitar esta avaliação global da flora a uma auscultação pública, tendo em vista a validação ou correcção da informação, que servirá também de referência no contexto da elaboração do próximo relatório a realizar em 2013.
Consultar a avaliação global da flora das regiões biogeográficas Atlântica e Mediterrânica aqui.
Fonte: ICNB

Ano do Morcego

Entre 2011 e 2012 celebra-se o Ano do Morcego. Esta campanha lançada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) e pelo EUROBATS - Acordo para a Conservação das Populações de Morcegos Europeus temcomo objectivo divulgar a importância dos morcegos e da sua conservação.
Portugal também aderiu a este evento, e prevê-se que se desenvolvamactividades diversas por todo país durante este biénio. Assim, e para facilitar a disponibilização de informação para todos, foi criado pelo ICNBum site dedicado ao Ano do Morcego. Este poderá ser acedido através da página principal do site do Instuto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) ou directamente através do endereço www.wix.com/anodomorcego/icnb.
Neste site encontrarão não só informação e documentação sobre as espécies demorcegos em Portugal, mas também inúmeras sugestões de actividades quepoderão desenvolver com miúdos e graúdos, individualmente ou em grupo, mas sempre em prol dos morcegos.
Poderão também consultar regularmente a agenda de eventos, para saber que actividades se vão desenvolver na vossa região.
Se pretenderem realizar o vosso próprio evento, não se esqueçam de informar o ICNC para que este seja também divulgado!
Bom Ano do Morcego para todos!

Parabéns à rúbrica minuto verde que esta semana celebrou 5 anos de existência

No passado dia 7 de Março celebraram-se os cinco anos de emissão da rubrica “Minuto Verde”, produzida pela Quercus e exibida no programa informativo das manhãs da RTP1, o Bom Dia Portugal. Até hoje, foram transmitidos mais de 1270 conselhos ambientais, num total de cerca de 21 horas de Minutos Verdes.
Com a duração exacta de 60 segundos, esta rubrica de sensibilização ambiental estreou-se a 6 de Março de 2006, resultando de uma parceria entre a Rádio e Televisão de Portugal e a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza. O mesmo episódio é repetido três vezes durante o programa, ligeiramente antes das 8.00h, 9.00h e 10.00h, de modo a possibilitar a visualização durante as diferentes rotinas matinais dos portugueses. Com o objectivo de informar e sensibilizar os cidadãos para a adopção de comportamentos com um menor impacto no ambiente, o Minuto Verde aborda áreas tão diversas como a energia, a água, o ar, a mobilidade, os resíduos ou a conservação da natureza. O formato curto, a linguagem prática, os cenários reais e a apresentação alternada entre três elementos – Francisco Ferreira, Sara Campos e Susana Fonseca - parecem convencer os telespectadores, que têm vindo também a aproximar-se das questões ambientais. Prova disso são as centenas de contactos telefónicos e mensagens de correio electrónico recebidos pela Quercus a propósito dos temas abordados na rubrica que, além da RTP1, é também transmitida na RTPN, RTP Internacional e RTP África.Quase a iniciar o seu sexto ano de emissão, o Minuto Verde contabiliza já mais de 1270 conselhos ambientais desde o início, grande parte dos quais relacionados com temas domésticos, no sentido de promover uma gestão mais eficiente dos recursos (água, energia, resíduos). Outras áreas bastante abordadas são a mobilidade sustentável, o consumo responsável e a conservação da biodiversidade. De uma forma geral, cinco anos depois, os portugueses estão mais conscientes em relação às vantagens - ambientais, económicas e também sociais - de adoptar um estilo de vida com menor impacto no ambiente, adaptando os seus hábitos diários a essa nova consciência. Destaque-se também uma componente com cada vez mais peso nesta rubrica, que passa pela divulgação de espaços naturais do nosso país de elevado valor ecológico, seja em território continental, seja insular.Após a emissão diária na televisão, todos os episódios ficam disponíveis, no próprio dia, para visualização online ou em videocast no sítio www.rtp.pt. Os telespectadores podem ainda colocar perguntas relativas à rubrica ou sugestões através do endereço de correio electrónico quercus@quercus.pt.
Parabéns ao minuto verde e à dinâmica dos seus apresentadores!

Nova Assebleia Geral do Núcleo da Quercus São Miguel

Informamos que irá realizar-se uma nova Assembleia Geral no próximo dia 11 de Abril para apresentação e votação de listas para a direcção do Núcleo da Quercus de São Miguel, uma vez que no passado dia 4 não houve consenso para a formação de uma lista.
Mais uma vez agradecemos a comparência e participação dos sócios e informamos que os sócios que não tenham as quotas pagas há mais de dois anos não poderão exercer o seu direito de voto.
Quem pretender regularizar a sua situação poderá fazê-lo através da área de gestão de sócios da página da Quercus ANCN.
Informam-se os sócios inactivos que poderão fazer uma nova inscrição, sendo-lhes cancelado o antigo número e atribuído um novo, mediante contacto através da gestão de sócios e pagamento da quota do presente ano.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Projecto-concurso escola electrão na Escola Básica e Secundária das Flores

O projecto-concurso escola electrão terminou hoje na Escola Básica e Secundária das Flores.
Este projecto assenta em duas componentes fundamentais (didáctica e dinâmica), ambas com o objectivo de sensibilizar e envolver professores, alunos, funcionários, pais e comunidade em geral na reciclagem e valorização de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos.
No ano passado foram recolhidos nas 603 escolas aderentes, em apenas cinco meses, mais de 1,6 milhões de quilos de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE’s), o equivalente a 401 camiões TIR.
No concurso nacional «Escola Electrão 2008/09» foi atribuído o prémio incentivo à Escola Básica e Secundária das Flores, por terem sido recolhidos 10.091 kilogramas em resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos em "fim de vida".
A organização deste evento na Escola Básica e Secundária das Flores e a população florentina estão e parabéns por mais esta iniciativa. O ambiente agradece!
Fonte: Fórum Ilha das Flores

terça-feira, 1 de março de 2011

Eleições para o Núcleo da Quercus São Miguel

No próximo dia 4 de Março, pelas 18:30, irá realizar-se a assembleia geral que coincidirá com as eleições para o Núcleo Regional da Quercus - São Miguel.
Agradecemos a comparência e participação de todos os sócios neste acto e apelamos para a constituição de listas candidatas à liderança, uma vez que esta direcção cessa aqui as suas funções.
Consideramos ser de vital importância para os Açores que a voz da Quercus e o legado do Veríssimo Borges continue em defesa do Ambiente da Região, que é de todos nós.

Circular com ar puro



Ecológico e económico são os melhores argumentos para qualquer negócio. Um automóvel que não precisa de gasolina ou gasóleo, gás, nem electricidade e que circula apenas com ar comprimido é a ideia de um engenheiro francês que vem revolucionar o sector automóvel.
O veículo circula a uma velocidade de até 150 quilómetros por hora, tem uma autonomia de 300 quilómetros e um motor de 80 cavalos. Para abastecer é tão simples como encher um pneu de uma bicicleta, ou seja, basta usar uma bomba para ar comprimido ou carregar o compressor através da electricidade, para ser mais rápido. Guy Nègre, antigo engenheiro em aeronáutica e em fórmula 1 é o detentor da poção mágica. Passou 30 anos a construir motores cada vez mais rápidos para competições e considera que “nos encontramos no final da era do petróleo e, por isso, temos de encontrar outras soluções”.
O protótipo, criado pela sociedade MDI, foi apresentado, em 2009, na 79 edição do Salão Automóvel Internacional de Genebra (Salon Automobile International de Genève). O primeiro motor tinha dois cilindros e 25 cavalos e uma autonomia de 200 quilómetros. A sede da indústria surgiu em Carros, perto de Nice (França), onde trabalha com o seu filho Cyril Nègre, que partilha a mesma paixão por automóveis. Preço competitivoAdiantou ainda que a comercialização já está em curso e o preço mostra-se bastante competitivo já que poderão ser adquiridos por volta de 3500 euros. E por produzir menos 60 gramas de dióxido de carbono (CO2) por quilómetro, o governo decidiu atribuir-lhe uma bolsa de cinco mil euros. Guy Nègre mantém a mesma filosofia que tinha quando trabalhava em fórmula1: “É preciso estar constantemente a aperfeiçoar”. O veículo de mono e bio-energia que circula com ar comprimido tem agora a capacidade de purificar o ar.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Governo contratual​iza elaboração do Inventário do Património Baleeiro dos Açores

A Presidência do Governo, através da Direcção Regional da Cultura, contratualizou com o Observatório do Mar dos Açores (OMA) a elaboração do Inventário do Património Baleeiro dos Açores. Com sede da Fábrica da Baleia de Porto Pim, na Horta, o OMA é uma associação técnica, científica e cultural, sem fins lucrativos, que foi criada em 2002 por 23 sócios fundadores ligados ao Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores. Nos termos de um contrato de cooperação técnica e financeira hoje publicado em Jornal Oficial, o Governo compromete-se a atribuir ao OMA um subsídio de 29.000 euros pelo fornecimento do Inventário do Património Baleeiro dos Açores, bem como pela cedência dos direitos de autor desse levantamento. Em contrapartida, o OMA fornecerá o Inventário do Património Baleeiro Imóvel dos Açores, “constituído por uma base de dados e um banco de imagens, construído sobre programa informático Acess cujos campos, sistema de navegação e layout serão previamente aprovados pela Direcção Regional da Cultura”. A inventariação contratualizada deverá abranger varadouros, rampas de varagem/alagem de cachalotes, pátios de desmancho e esquartejamento de cachalotes, casas de botes, áreas de derretimento de “baleias” a fogo directo, fábricas de processamento de cachalotes, vigias de baleia e vestígios arqueológicos de locais de encalhamento de cachalotes nos portos e estações baleeiras artesanais. De todos os bens imóveis e sítios inventariados deverão constar, entre outros elementos de identificação, a localização e mapeação, proposta de datação/contexto temporal de edificação, caracterização do seu contexto histórico, descrição, referências bibliográficas e imagens.
Fonte: GaCS

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Zmar Eco Campo Resort vence prémio de sustentabilidade ambiental do Turismo de Portugal

A sustentabilidade ambiental foi uma das categorias premiadas na sexta edição dos Prémios Turismo Portugal, que se realizou na BTL, no passado dia 24.
O vencedor foi o Zmar Eco Campo Resort & SPA, situado em Odemira, sudoeste alentejano. Este projecto foi distinguido pela sua concepção ecológica e actividades e serviços diferenciadores, que “reforçam a oferta de alojamento de qualidade do Alentejo Litoral e junto ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina”.
Além dos projectos vencedores, a sexta edição dos Prémios Turismo de Portugal atribuiu ainda 11 menções honrosas, destacando empreendimentos turísticos, equipamentos culturais, eventos de animação, monumentos e espaços públicos. Ao todo, participaram 147 projectos de todo o País.
Os distinguidos foram escolhidos por um júri liderado por Guilherme d’Oliveira Martins.
As memórias descritivas e as imagens de cada projecto finalista estão disponíveis no site do Turismo de Portugal.

Agricultores da UE abandonam milho geneticamente modificado mas a superfície do planeta tem cada vez mais trangénicos

A organização ambientalista Greenpeace indicou esta terça-feira que os mais recentes dados sobre milho geneticamente modificado na Europa revelam que os agricultores estão a abandonar este cultivo, em declínio em vários países, incluindo Portugal. Numa nota divulgada em Bruxelas, a Greenpeace revela que os dados oficiais da União Europeia mostram que o cultivo de milho geneticamente modificado caiu 13 por cento no conjunto da União Europeia entre 2009 e 2010, de 94 mil para 82 mil hectares. Em Portugal, a queda foi mais ligeira, de 4,4 por cento (de 5.094 para 4.868 hectares), mas na Roménia, por exemplo, registou-se um recuo de 75 por cento, enquanto em Espanha o cultivo caiu 10 por cento, mas neste caso significando uma queda de cerca de 10.000 hectares (de 76 mil para 67 mil). Para Stefanie Hundsdorfer, estes dados mostram que o milho geneticamente modificado «está a falhar nos campos de cultivo e no mercado» e isto porque «os agricultores e os consumidores não estão a cair da propaganda da indústria de biotecnologia».
Apesar do otimismo da Greenpeace, segundo o relatório anual da organização internacional ISAAA (International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications), a superfície do planeta cultivada com transgénicos aumentou dez por cento no ano passado, atingindo os 148 milhões de hectares. Entre 2009 e 2010 foram plantados mais 14 milhões de hectares de OGM (organismos geneticamente modificados), correspondendo a dez por cento. “Este é o segundo maior aumento anual de sempre”, referiu em comunicado Clive James, autor do citado relatório. Os Estados Unidos surgem como o país com maior superfície cultivada com transgénicos, com 66,8 milhões de hectares. Em segundo lugar aparece o Brasil (25,4 milhões) e depois a Argentina (22,9 milhões). A lista é composta ainda pela Índia (9,4 milhões), Canadá (8,8 milhões), China (3,5 milhões), Paraguai (2,6 milhões), Paquistão (2,4 milhões), África do Sul (2,2 milhões) e Uruguai (1,1 milhões).
Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil registou o maior aumento anual, acrescentando quatro milhões de hectares durante 2010, ou seja, um aumento de 19 por cento.
James salientou que “os países em desenvolvimento aumentaram em 48 por cento as suas plantações OGM em 2010 e vão ultrapassar em área as nações industrializadas até 2015”. A União Europeia contraria a tendência de subida, com uma quebra ligeira no cultivo de transgénicos.
Dos 15,4 milhões de agricultores de 29 países que, no ano passado, recorreram a esta tecnologia – para promover a resistência a doenças e a tolerância aos herbicidas -, 14,4 milhões são pequenos agricultores, especialmente na China e Índia.
Fonte: Diário Digital e Público

Governo conclui proposta para Lei de Bases do Ambiente

O Comunicado do Conselho de Ministros do passado dia 25 dá conta da aprovação da Proposta de Lei que estabelece as bases da política de ambiente. O Comunicado refere o seguinte: «Esta Proposta de Lei, a submeter à Assembleia da República, estabelece as bases da política de ambiente, revogando a anterior Lei de Bases do Ambiente, aprovada pela Lei n.º 11/87, de 7 de Abril. Esta proposta de Lei aprova inovações na política do ambiente, nomeadamente através da introdução de novos princípios de direito do ambiente. Assim, em primeiro lugar, destaca-se a introdução do objectivo geral da sustentabilidade, a autonomização do princípio da precaução face ao princípio da prevenção e a consagração do princípio da integração, ou seja, o princípio de acordo com o qual a política pública de ambiente, dada a sua transversalidade, deve ser considerada na prossecução das restantes políticas públicas. Em segundo lugar, são reformuladas as componentes ambientais da política de ambiente, autonomizando-se o Mar e abandonado o componente Luz, procedendo-se, ainda, ao abandono do conceito de «componentes humanas», que é substituído pelo conceito de ameaças às componentes ambientais. Introduzem-se ainda novos conceitos, como os de alterações climáticas, sobre-exploração de recursos e perda de biodiversidade. Em terceiro lugar, são delimitadas as fronteiras entre a política do ambiente e as restantes políticas públicas, em especial em relação à política de ordenamento do território e urbanismo e à política do património cultural, bem como outras políticas sectoriais relevantes. Em quarto lugar, é destacada a influência crescente do Direito da União Europeia e do Direito Internacional na área do ambiente. Finalmente, são consagrados novos instrumentos da política de ambiente, como os instrumentos económicos e financeiros, os mecanismos de responsabilidade ambiental, a resposta a situações de passivos ambientais e de emergência ambiental».
O texto integral do Comunicado do Conselho de Ministros pode ser consultado aqui.

Pacheco Torgal e Said Jalali preparam livro sobre eco-eficiência do betão

Os professores universitários Fernando Pacheco Torgal e Said Jalali, da Universidade do Minho, estão a preparar a edição de um livro internacional sobre a eco-eficiência do betão. Num e-mail enviado à redacção do Green Savers, Fernando Pacheco Torgal avançou que o livro chamar-se-á “Eco-efficient concrete”, terá 19 capítulos e vai envolver investigadores de mais de 10 países.O livro será publicado pela britânica WoodHead Publishing e o seu conteúdo vai abranger a análise do ciclo de vida do betão, os impactos ambientais do cimento Portland, a substituição parcial de cimento por vários subprodutos e resíduos, a substituição de agregados naturais por resíduos e os novos cimentos. A obra vai ainda abordar de que forma a nanotecnologia pode contribuir para a eco-eficiência do betão.Recorde dois outros livros publicados pelos autores: “Toxicity of building materials” e “Sustentabilidade dos materiais de construção”.“O conceito de eco-eficiência foi apresentado pela primeira vez, em 1991, pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), e compreende o desenvolvimento de produtos e serviços, com preços competitivos, que satisfazem as necessidades da espécie humana com qualidade de vida, enquanto progressivamente reduzem o seu impacto ecológico e o consumo de matérias-primas ao longo do seu ciclo de vida, até um nível compatível com a capacidade do Planeta”, revela Pacheco Torgal. O betão é o material mais consumido na Terra, sendo utilizado na execução de estruturas de edifícios, pontes, viadutos, barragens e ainda em produtos vários, representando quase 10 mil milhões de toneladas anuais. O seu constituinte mais poluente é o cimento Portland, que representa quase 80% das emissões de dióxido carbono do betão. Durante a produção de uma tonelada de clínquer de cimento Portland, produzem-se quase uma tonelada de CO2.