sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Eco ideias

Hotel oferece refeições grátis para quem estiver disposto a gerar electricidade
O Crown Plaza Hotel, em Copenhague, Dinamarca , oferece a hipótese de que quem quiser salvar o planeta, oferece uma boa refeição. O hotel disponibiliza bicicletas ligadas a um gerador de electricidade para os hóspedes voluntários. Cada um deles deve produzir pelo menos 10 watts/hora de electricidade, durante aproximadamente 15 minutos de pedalada para um adulto saudável. Após o exercício, o hóspede recebe um generoso vale-refeição: 26€
Bar capta energia produzida pela dança dos seus frequentadores
Todas as luzes e os sons de uma música gastam uma considerável quantia de electricidade. A pensar nisso, o dono do Bar Surya, em Londres, refez o chão da pista de dança do seu estabelecimento e revestiu-o com placas que, ao serem pressionadas pelos frequentadores do lugar, produzem corrente eléctrica. Essa energia vai ser então usada para ajudar na carga eléctrica necessária à casa. Andrew Charalambous, o dono do bar, diz que a electricidade produzida pela pista modificada representa 60% da necessidade energética do lugar.

Empresa cria impressora que não utiliza tinta nem papel
Quem disse que uma impressora precisa de tinta ou papel para existir? Conheça a Impressora PrePean. Diferente das convencionais, ela utiliza uma peça térmica para fazer as impressões em folhas plásticas feitas especialmente para isso. Além de serem à prova de água, elas podem ser facilmente apagadas. É só colocá-las novamente na impressora que, através de outra temperatura, a próxima impressão ficará no lugar da anterior. A magia faz com que apenas uma dessas folhas possa ser utilizada mil vezes.

Palestra sobre os Desafios do Ambiente

No próximo dia 29 de Novembro, pelas 15h irá decorrer no Anfiteatro B da Universidade dos Açores uma palestra entitulada "Os desafios do Ambiente", pelo Secretário Regional do Ambiente, Álamo Meneses.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Visões Positivas para a Biodiversidade

Bruxelas - De 16 a 17 de Novembro, mais de 200 participantes de 43 países estiveram reunidos no encontro "Visões Positivas para a Biodiversidade" promovido pela Presidência Belga da União Europeia, com o apoio do EPBRS (Plataforma Europeia de Estratégia em Investigação de Biodiversidade). Pessoas de formações e sectores de actividades muito variados, bem como especialistas como como Pavan Sukhdev, o líder do estudo internacional “A Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade”, estiveram presentes enquanto participantes. A Quercus ACN também esteve representada nesta iniciativa.
Visões Positivas para a Biodiversidade – um exercício democrático e interactivo
O encontro foi facilitado pelo Global Voices, uma organização sem fins lucrativos, usando o seu modelo 21st Century Summit, que recorre a equipamento de votação electrónica com feed-back imediato que permite a priorização de ideias. Durante o curso de dois dias, os participantes desenvolveram assim um "quadro de visão", definindo primeiro grandes temas para a visão, nomeadamente relacionados com governação, gestão do território, população humana, tecnologia, energias renováveis, produção de alimentos, produção e consumo sustentáveis, mudança do paradigma económico, valores e comportamentos harmoniosos e a integração da biodiversidade nos vários aspectos da vida.
Mudanças que é preciso fazer
Para cada tema definido os participantes elaboraram propostas para mudanças significativas a atingir, que foram numa segunda fase prioritizados por uma votação que seleccionou 20 consideradas mais importantes, de onde referimos algumas:
· Para a mudança do paradigma económico, terá de haver uma total internalização total de custos sociais e ambientais nos serviços e produtos, incluindo alimentos.
· Deverá criar-se espaço para diferentes paradigmas económicos, não apenas focados no crescimento, exploração e acumulação.
· Os custos sociais e ambientais deverão ser sempre contabilizados na produção e uso de energia.
· Deverá atingir-se 100% de energia renovável em 2050 pelo menos na UE.
· Um grande enfoque deve ser dado na educação das gerações mais jovens, mais baseada na descoberta e experimentação e que inspire e prepare os alunos para compreender a biodiversidade e torná-la parte da sua vida.
· Os serviços dos ecossistemas devem ser integrados no planeamento de áreas urbanas e peri-urbanas, para um melhor bem estar das pessoas.
· Cada concelho e cidade deverá dotar-se a curto prazo de um centro de recursos em biodiversidade, com um plano de acção e educação.
· Toda a agricultura e aquacultura deverá torna-se sustentável durante os próximos 20 anos.
· Deverão ser criados corredores entre áreas protegidas para uma melhor adaptação às alterações climáticas.
· Deverá legislar-se de modo a permitir à comunidades locais um benefício directo da conservação da natureza.
· Deverá desenvolver-se mais tecnologia sustentável inspirada na natureza.
O seguimento deste encontro
Cada participante assumiu no final do encontro compromissos muito concretos, como por exemplo a redução de consumo a nível pessoal, a alteração de hábitos alimentares, passar as mensagens em redes sociais ou até de tornar-se embaixador destas Visões Positivas para a Biodiversidade. Os resultados do encontro serão encaminhados para a Comissão Europeia, mas estão desde já a ser debatidos num evento complementar pelo EPBRS que está a decorrer até dia 19, no sentido de procurar integrar os resultados em novas orientações e linhas de investigação na UE.
Visões Positivas e a meta não atingida de 2010
A discussão realizada nos dois dias permitiu colocar em evidência que existe já uma consciência clara de que o paradigma económico actual não é sustentável. De facto, de acordo com o último Relatório Global Biodiversity Out-look*, um dos três objectivos globalmente não atingidos pelas Partes Signatárias da Convenção da Diversidade Biológica, para atingir a meta de Travar a Perda de Biodiversidade em 2010 foi: “Reduzir o Consumo Insustentável de recursos biológicos ou que têm impactes sobre a biodiversidade”. Esse terá de ser um dos grandes desafios a assumir já durante a próxima década.

"Breathing Earth"

Este interessantissimo mapa indica, entre outras coisas, o número de nascimentos e óbitos que ocorrem no mundo, a cada instante, bem como a população de cada país. Se verificarmos bem, constataremos que a população da Europa não se consegue substituir. Em contrapartida, a África e a Ásia não param de aumentar.
O mapa permite também verificar as emissões de CO2 (em toneladas). É impressionante o movimento na China e na India. Contudo, falta a este mapa a indicação da quantidade de C02 absorvido naturalmente pelo planeta (florestas, oceanos, meteorização). Sendo este um dado passível de ser estimado, a sua falta poserá fazer com que os valores sejam classificados de tendenciosos por parte dos cépticos do aquecimento global. Vale apena espreitar.

Resultados do processo de avaliação dos POBHL já disponíveis

O Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, informa que se encontra disponível no portal do ordenamento do território e dos recursos hídricos o resultado do primeiro processo de avaliação dos Planos de Ordenamento das Bacias Hidrográficas das Lagoas dos Açores, designadamente o 1º Relatório de Avaliação do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas e o 1º Relatório de Avaliação do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Sete Cidades, ambos relativos ao ano de 2009. Os referidos relatórios foram elaborados de acordo com o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, o qual estipula que as entidades responsáveis pela elaboração dos instrumentos de gestão territorial devem promover a permanente avaliação da adequação e concretização da disciplina consagrada nos mesmos, e com os diplomas de aprovação do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas e do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Sete Cidades, que definem que a sua eficiência e eficácia devem ser objecto de acções de avaliação. Este processo constituiu o primeiro passo para a avaliação e monitorização do território dos Açores, através da apreciação da coerência e do desempenho dos instrumentos de gestão territorial em vigor, designadamente dos Planos de Ordenamento das Bacias Hidrográficas de Lagoas, bem como da análise das dinâmicas observadas na ocupação do território em resultado dos modelos de ordenamento definidos pelos planos.
(Fonte: GaCS/SRAM)

Equipamentos em standby gastam 11% do consumo médio por habitação

Um estudo efectuado na União Europeia (UE) revela que o consumo médio de electricidade dos equipamentos eléctricos e electrónicos em standby "representa cerca de 11% do total" da energia anualmente consumida por habitação. Os resultados da mesma investigação, envolvendo 12 países, entre os quais Portugal, onde é liderada pelo Instituto de Sistemas e Robóticas (ISR) da Universidade de Coimbra, foram ontem divulgados nesta cidade.A manutenção em standby (modo de espera ou suspensão) ou mesmo desligado (off-mode) de alguns equipamentos (apesar de estarem desligados no botão, continuam a consumir energia) significa um gasto "médio anual de 305 quilowatts/hora" (kwh) por habitação, de acordo com o estudo, revelou Aníbal Traça de Almeida.O investigador do ISR e coordenador do estudo falava ontem à tarde, em Coimbra, no auditório da EDP, na apresentação das conclusões da investigação, que, iniciada em 2008 e denominada SELINA (Standby and Off-Mode Energy Losses In New Appliancesa Measure in Shops), contou com o apoio da Agência da Comissão Europeia para a Competitividade e Inovação.Em Portugal, no entanto, as perdas médias de electricidade com os modos standby e off-mode são da "ordem dos sete por cento", contra os referidos 11% das habitações europeias, disse à agência Lusa, à margem da sessão, Aníbal Traça de Almeida.Tal circunstância não se deve, porém, ao comportamento dos consumidores, mas antes ao facto de os equipamentos eléctricos e, sobretudo, electrónicos estarem menos generalizados em Portugal do que noutros países da Europa, sublinhou.Entre outros resultados, o estudo - que envolveu mais de 9000 inquiridos, incluindo lojistas, e 1300 habitações, e implicou a medição de mais de 6000 equipamentos - concluiu que "as consolas de jogos consomem quase tanta elevtricidade em standby como quando se está a jogar".Também as máquinas de café "podem causar grandes perdas de energia em standby" ou "mesmo desligadas" no botão, exemplificou, durante a sessão, Traça de Almeida, referindo que essas perdas podem representar uma média anual de 60 kwh, que significam, no nosso país, 9,6 euros.Equipamentos como subwoofer, gravadores de disco rígido, modems, routers ou gravadores de DVD podem, em standby ou off-mode, gastar, por ano, entre 4 e 7 kwh, que equivalem, em Portugal, a valores que oscilam entre os cinco e os oito euros."Em toda a UE pode ser poupado cerca de um bilião de euros", bastando apenas desligar a Internet quando não está a ser usada, afirma o investigador do ISR, sublinhando que este consumo equivale a 3,5 milhões de toneladas de CO2.No âmbito do estudo, que abrangeu Portugal, Alemanha, França, Dinamarca, Letónia, Roménia, República Checa, Bélgica, Inglaterra, Áustria, Grécia e Itália, foi editado um "guia do consumidor em consumos standby", com algumas conclusões da investigação e no qual são adiantados procedimentos para o consumidor não "desperdiçar a sua electricidade".

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Governo dá início ao processo de participação pública inicial do Plano de Ordenamento das Bacias Hidrográficas das Lagoas do Fogo, do Congro, de São B

Pela Resolução n.º 122/2009, de 14 de Julho, o Governo Regional dos Açores decidiu mandar elaborar o Plano de Ordenamento das Bacias Hidrográficas das Lagoas do Fogo, do Congro, de São Brás, e da Serra Devassa, na ilha de São Miguel. À Secretaria Regional do Ambiente e do Mar foi atribuída a responsabilidade pela promoção e elaboração deste plano especial de ordenamento do território. Nesses termos, e em cumprimento do disposto no n.º 2 do artigo 48º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão territorial (Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as posteriores alterações), o Director Regional do Ambiente informa todos os interessados e o público em geral que a partir desta data, durante o processo de elaboração do plano mencionado, e até à data do início da respectiva discussão pública, a Direcção Regional do Ambiente, através da Direcção de Serviços do Ordenamento do Território, com sede na Avenida Antero de Quental n.º 9C – 2º Piso, 9500-160 Ponta Delgada, com o telefone n.º 296 206 700 e Fax n.º 296 206 701, recebe, sob a forma escrita e por qualquer outro meio, todos os comentários, formulação de sugestões e apresentação de informações que possam ser consideradas no âmbito do processo de elaboração do Plano de Ordenamento das Bacias Hidrográficas das Lagoas do Fogo, do Congro, de São Brás, e da Serra Devassa, dando-se, assim, início ao processo de participação pública. Salienta-se, ainda, que os comentários, formulação de sugestões e apresentação de informações, também podem ser efectuados através do portal do ordenamento do território e recursos hídricos e do sítio do Plano.
(Fonte: GaCS/DRA)

Observatório Microbiano das Furnas promove actividades na Semana da Ciência

O Observatório Microbiano das Furnas (OMIC), inserido na Rede de Centros de Ciência promovida pela Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, promove a iniciativa “A Ciência e Nós”, inserida no mês de Divulgação Científica. Para assinalar o Dia Nacional da Cultura Científica, a 24 de Novembro, o OMIC está a organizar um conjunto de actividades dirigidas a diferentes faixas etárias. “Limpar, Reciclar e Aprender”, é o nome da actividade que irá concentrar várias pessoas na Caldeira das Furnas, a partir das 09h30, cujo objectivo é incentivar a população a manter os ecossistemas preservados e incentivar a reciclagem através de tarefas didácticas. Na noite de sexta-feira, entre as 21h00 e as 8h00 de 27 de Novembro, comemora-se a “Festa Pijama com os Nossos Amigos Micróbios”, dirigida aos mais novos. Uma oportunidade única para as crianças adormecerem ouvindo histórias sobre a importância destes microrganismos no nosso dia-a-dia. Os mais crescidos poderão participar, durante o fim-de-semana, nos Safaris Microbianos, entre as 9h00 e as 13h00. Com a equipa do OMIC poderão identificar as comunidades de microrganismos que habitam na Caldeira das Furnas. O dia de sábado será ainda preenchido com uma sessão pública dedicada ao tema “A Conservação da Natureza e a Economia nos Açores”, às 16h00. No culminar desta semana, a chamada Semana da Ciência e da Divulgação Científica, no domingo 28 de Novembro, o OMIC promove ainda um passeio pelo Parque Terra Nostra, entre as 10h00 e as 13h30, com explicações sobre os ecossistemas e as nascentes termias que tornam este parque num espaço verde único.
Já esta noite, o Observatório Astronómico de Santana – Açores (OASA), estará presente às 19h30, no Antigo Casino das Furnas, para a celebração da Noite da Ciência com uma palestra da responsabilidade do Doutor Nuno Sá, intitulada “Sistema Solar e a Terra” que, num tom informal e pedagógico, procurará explicar o lugar da Terra e as suas especificidades únicas em comparação com os outros planetas do sistema solar. Após a palestra, o palestrante e a equipa do OASA dinamizarão uma observação nocturna para todos os presentes.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

71 freguesias dos Açores distinguidas no concurso "Eco Freguesia: freguesia limpa"

Quase metade das 154 freguesias dos Açores foi distinguida no concurso de limpeza pública que a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar organizou este ano com o objectivo de promover a remoção geral dos resíduos não controlados no arquipélago. Segundo revelou hoje no Faial o Director Regional do Ambiente, ao concurso “Eco Freguesia: freguesia limpa”, que decorreu de 14 de Janeiro a 30 de Setembro, candidataram-se 112 Juntas de Freguesia, das quais 71 foram distinguidas com o respectivo galardão (bandeira e certificado). Na ocasião, João Bettencourt fez um “balanço bastante positivo” desta iniciativa e elogiou o “contributo fantástico” dado pelas Juntas de Freguesia participantes no desenvolvimento de acções de sensibilização e de remoção de resíduos. Por outras palavras, adiantou o Director Regional do Ambiente, os resultados deste concurso demonstram o “bom desempenho ambiental” dos cidadãos e entidades intervenientes, bem como a importância que uma gestão adequada dos resíduos contribui para o bem-estar das populações. João Bettencourt acrescentou ainda que, face aos bons resultados alcançados este ano, em 2011 irá decorrer uma nova edição do “Eco Freguesia: freguesia limpa” com o intuito de continuar a incentivar o bom desempenho ambiental das freguesias, através das boas práticas de gestão e sensibilização em matéria de resíduos. Relativamente ao concurso deste ano, o Director Regional do Ambiente anunciou que as cerimónias de entrega do galardão e de hasteamento da bandeira vão ter lugar, simultaneamente, em toda a Região no dia 1 de Dezembro próximo.
Nesta primeira edição do “Eco Freguesias: freguesia limpa” foram galardoadas autarquias de todas as ilhas açorianas, à excepção da Graciosa, sendo que as ilhas do Faial (13) e de Santa Maria (5) viram todas as suas Juntas de Freguesia distinguidas. Angústias, Feteira, Castelo Branco, Capelo, Praia do Norte, Cedros, Salão, Ribeirinha, Pedro Miguel, Praia do Almoxarife, Flamengos, Conceição e Matriz, no Faial, e São Pedro, Santo Espírito, Vila do Porto, Santa Bárbara e Almagreira, em Santa Maria, foram as Juntas de Freguesia premiadas nas únicas ilhas totalistas deste concurso. Dos restantes galardões, 20 couberam à ilha de São Miguel (Santa Cruz, Cabouco, Água de Pau, Achada, São Pedro de Nordestinho, Remédios, Relva, São Vicente Ferreira, São Roque, Ginetes, Ribeira Quente, Remédios, Água Retorta, Povoação, Maia, São Brás, São Pedro, Ponta Garça, São Miguel e Ribeira das Tainhas), 10 a São Jorge (Calheta, Ribeira Seca, Vila do Topo, Norte Pequeno, Santo Antão, Velas, Rosais, Santo Amaro, Manadas e Norte Grande) e outros 10 ao Pico (Criação Velha, São Mateus, Candelária, São Caetano, São João, Ribeirinha, Lajes, Piedade, Santa Luzia e Prainha). Completam a lista premiada sete autarquias da ilha Terceira (Cinco Ribeiras, Feteira, São Mateus da Calheta, Porto Judeu, São Bartolomeu dos Regatos, Santa Cruz e Porto Martins), cinco das Flores (Ponta Delgada, Fazenda, Lajes, Mosteiro e Fajã Grande) e uma do Corvo (Vila do Corvo).
Com a atribuição deste prémio, o Governo dos Açores pretende reconhecer e distinguir os esforços que as autarquias galardoadas, em colaboração com as populações, desenvolveram nas áreas de limpeza, remoção e destino final dos resíduos no espaço público da sua freguesia. No âmbito do concurso, competiu às Juntas de Freguesia desenvolver os procedimentos e tarefas necessários à classificação, remoção, transporte e entrega dos resíduos em destino final adequado. A avaliação do trabalho desenvolvido pelas Juntas de Freguesia candidatas foi efectuada por um júri, constituído por representantes da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, da Câmara Municipal do respectivo concelho e das organizações não governamentais de ambiente (ONGA’s) locais.
(Fonte:GaCS)

Bebés recebem fraldas reutilizáveis na Semana Europeia da Prevenção de Resíduos

Os bebés nascidos na Semana Europeia da Prevenção de Resíduos, que se realiza de 20 a 28 de Novembro 2010, vão receber kits de fraldas reutilizáveis, para os pais conhecerem e experimentarem esta solução, enquanto alternativa às fraldas descartáveis. O projecto Fraldinhas inclui 24 hospitais e maternidades públicas de norte a sul do país, numa parceria desenvolvida pelos Sistemas de Tratamento de Resíduos, pela EGF e pela Quercus. A nível nacional serão assegurados a distribuição de cerca de 1.600 kits nas seguintes unidades hospitalares:
Zona Norte - Hospital Distrital de Viana do Castelo, Centro Hospitalar do Alto Ave, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, Centro Hospitalar do Médio Ave, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, Hospital de São Sebastião, Hospital Distrital da Guarda, Centro Hospitalar da Cova da Beira, Hospital Distrital de Aveiro.
Zona Centro - Maternidade Bissaya Barreto, Maternidade Dr. Daniel de Matos, Hospital de Santo André, Hospital de Torres Vedras, Centro Hospitalar das Caldas da Rainha.
Zona da Grande Lisboa - Maternidade Alfredo da Costa, Hospital Santa Maria, Hospital Amadora Sintra, Hospital Reynaldo dos Santos, Hospital do Barreiro, Hospital Garcia da Orta. Zona Sul - Hospital Dr. Manoel Constâncio, Hospital Amato Lusitano, Hospital Distrital de Portalegre, Hospital Distrital de Faro.
A título simbólico, o Secretário de Estado do Ambiente, Prof. Humberto Rosa, entregou um kit de fraldas reutilizáveis ao primeiro bebé nascido na Maternidade Alfredo da Costa na Semana Europeia de Prevenção de Resíduos. A entrega decorreu hoje, dia 22 de Novembro, após a qual o projecto foi apresentado de forma mais detalhada. O uso de fraldas reutilizáveis é uma das medidas previstas no PPRU - Plano de Prevenção de Resíduos Urbanos, para reduzir a quantidade de resíduos de fraldas produzidos, na quantidade de cerca de uma tonelada por bebé, que, actualmente são encaminhados para deposição em aterro sanitário (74%) e para incineração (26%). Na Valorsul são processadas, a cada hora, 3,5 toneladas de resíduos de fraldas.
Projecto Fraldinhas
O Projecto Fraldinhas nasceu da necessidade de sensibilizar a população para a quantidade de resíduos provenientes de fraldas descartáveis, que estão a aumentar todos os anos a um ritmo acelerado. Neste âmbito, e porque não existem soluções de reciclagem em Portugal, a EGF e os Sistemas, em parceria com a Quercus, desenvolveram um projecto de nível nacional que destaque esta necessidade. Estas fraldas inspiram-se no cuidado e dedicação das tradicionais fraldas de pano, mas acompanham o ritmo das gerações actuais - são laváveis, amigas do ambiente, económicas e saudáveis, podendo ajudar a prevenir algumas alergias.
O que são Fraldas Reutilizáveis:
São fraldas em tecido (algodão, bambu, ou outros produtos naturais) disponíveis em diversos sistemas de utilização (tudo em um ou 2 em 1), fáceis de usar – fecham como mecanismos de velcro ou molas, e que depois de lavadas, podem voltar a ser usadas. Podem ser lavadas na máquina juntamente com a restante roupa, mesmo a 40 graus, e suportam cerca de 800 lavagens.
Vantagens:
Sabia que a cada hora a Valorsul recebe 3,5 toneladas de resíduos de fraldas que as famílias colocam no lixo? O uso de fraldas reutilizáveis previne a produção de cerca de 1 tonelada de resíduos de fraldas/bebé. Mas existem outras vantagens, para além das ambientais. As fraldas reutilizáveis têm um maior investimento inicial mas podem ser uma grande poupança se considerarmos os 2 anos e meio em que um bebé habitualmente usa fraldas ou a utilização em mais de um filho. Quando um bebé deixar de usar, podem passar de filho para filho, podendo ser reutilizadas até 3 bebés. Se usar apenas para um bebé, no total a sua família poderá poupar 500 euros.
Para mais informação sugerimos:
Relatório do Estudo da Quercus sobre os impactes das fraldas reutilizáveis

I Semana dos Resíduos dos Açores de 22 a 26 de Novembro

O Governo dos Açores, através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, promove de 22 a 26 de Novembro, a primeira Semana dos Resíduos dos Açores, com mais de três dezenas de acções no total, organizadas em todas as ilhas e em parceria com diversas entidades, esta iniciativa pretende envolver a sociedade civil e a comunidade escolar em torno da problemática dos resíduos e da necessidade premente da sua redução e correcta gestão. Depois do arranque, marcado pela realização no dia 18 da reunião da Comissão de Acompanhamento do Plano de Gestão de Resíduos produzidos em Serviços da Administração Regional Autónoma e da visita técnica à central de triagem de resíduos de embalagens da Horta, a partir da próxima segunda-feira um pouco por todas as ilhas irá decorrer um programa diversificado de acções, que inclui a realização de sessões de divulgação; a distribuição de materiais promocionais e informativos; a realização de visitas a operadores e centros de processamento e gestão de resíduos; a exibição de filmes/documentários sobre a temática; a realização de actividades didácticas de sensibilização dirigidas ao público escolar, de sessões de sensibilização sobre gestão de resíduos e de reuniões institucionais; a distribuição de pilhões e contentores e a sensibilização através dos media locais.
Destaca-se a apresentação pública da proposta do Web site de resíduos, que se pretende que seja um portal de referência nos Açores. Esta terá lugar no dia 23 de Novembro, entre as 9 e as 12h30, no Jardim Botânico do Faial. O programa detalhado poderá ser consultado aqui.
(Fonte: GaCS/SF/SRAM)

The Simpsons e a ecologia


Season 20 - Episode 8 -

Este episódio alerta para a problemática bem real do desaparecimento das abelhas, através das preocupações de Lisa. Mr Burns, por outro lado, tem outro tipo de interesses...

Dedicado a todas as "Lisas" deste mundo e que tenham cuidado porque há por aí muitos Mr Burns.

sábado, 20 de novembro de 2010

A Natureza inspira


Das Lied von der Erde (ou “A Canção da Terra”) é uma obra de Gustav Mahler (1860-1911), considerada, por alguns críticos, a obra mais importante do autor. A obra consiste num ciclo de seis canções baseadas em antigos poemas chineses, adaptados para o alemão por Hans Bethge. Estes poemas consubstanciam a filosofia da existência humana. O primeiro, Das Trinklied vom Jammer der Erde (”A Canção-brinde à Miséria da Terra”) é uma canção que confronta a eternidade da Terra e o carácter efêmero do homem neste planeta. O segundo, Der Einsame im Herbst (”O Solitário no Outono”), descreve a Terra envolta numa névoa outonal. O terceiro poema, Von der Jugend (”Da Juventude”), recria imagens da juventude: o ruído de “jovens belamente vestidos” dentro de “um pavilhão de verde e branca porcelana”. O quarto, Von der Schönheit (”Da Beleza”), retrata uma paisagem campestre, onde a beleza, especialmente a humana, é ressaltada pela luz da natureza. O quinto, Der Trunkene im Frühling (”O Bêbado na Primavera”) compara a vida a um mero sonho e aos prazeres simples. O sexto, Der Abschied (”O Adeus”), reúne um dos tons mais sombrios e melancólicos desta obra, combinando dois poemas que aludem à nostalgia da amizade e à decisão de partir, num estado de serenidade própria das filosofias budistas e zen.
Foi com esta obra que Gustav Mahler se despediu da Terra. É assim Das Lied von der Erde, “A Canção da Terra”.
(Fonte: Wikipedia)

Os mais e menos "verdes" na contenção da iluminação de Natal

Desde Outubro que autarquias e entidades públicas estão a ser confrontadas com um apelo para suspenderem a iluminação de Natal "em tempo de crise económica e ecológica".
Neste contexto, a maioria das autarquias decidiu apagar a iluminação de Natal e as que não o fazem vão reduzir substancialmente o investimento. De norte a sul do País e mesmo no Arquipélago dos Açores, este promete ser um Natal menos colorido.
Em Outubro, começaram a circular "na Internet" os primeiros "apelos para uma redução da iluminação de Natal", contou ao DN o Presidente da Câmara de Viseu. Fernando Ruas concorda com a iniciativa e reduziu "um terço" os gastos com a iluminação de Natal. Na urbe que ostenta o título de "cidade Natal" a iluminação "vai incidir no espaço público mais vivido por todos e menos nas áreas de comércio", acrescentou o autarca, que prometeu, ainda assim, "aumentar a despesa com os cabazes de Natal para os mais desfavorecidos".
Mais radical vai ser o município de Tondela, onde "não haverá qualquer iluminação de Natal", garantiu Carlos Marta, Presidente da Câmara. Na mesma linha política, Jorge Rita, autarca do Corvo, considera que o gasto com as iluminações é "desnecessário",salientando que este ano apenas vai enfeitar uma árvore no exterior dos Paços do Concelho e promover uma festa de Natal onde vai oferecer presentes a "todas as crianças da ilha até aos 16 anos".
Em Santa Comba Dão a crise ditou "medidas rigorosas de contenção" e o Natal será apagado e "substituído por um lanche com os funcionários", como em Mangualde, promessa que foi anunciada logo em Janeiro.
Na Praia da Vitória, na Terceira, os custos com a iluminação vão ser reduzidos entre 10 a 15%. Na cidade da Horta, a prioridade é "cortar tudo o que é supérfluo devido ao actual contexto de contenção", afirmou o presidente da câmara, João Castro, que garantiu que o investimento no material de iluminação é zero. A ideia é reciclar: "vamos usar o que estiver em condições, o que implicará a redução das áreas iluminadas e menos lâmpadas”, frisou, e na, na passagem do ano não haverá o tradicional fogo de artifício, "onde eram gastos 30 mil euros”.
Em Ponta Delgada, a maior autarquia dos Açores "vai gastar 400 mil euros com as iluminações de Natal”, valor idêntico ao do ano passado, já que a adjudicação foi feita por dois anos". Nesta cidade, as iluminações vão abranger mais de 40 ruas do centro entre o final da segunda semana de Novembro e o Dia de Reis, que serão acompanhadas por um programa de animação da cidade que contará com 45 eventos alusivos à quadra. O tradicional fogo-de-artifício no Ano Novo será reduzido de 15 para 5 minutos, mantendo a igualmente tradicional animação de fim de ano nas Portas da Cidade, com as actuações de grupos musicais. Esta autarquia contrasta com a da Lagoa, que este ano não terá iluminação de Natal, “evitável em tempo de crise”, segundo o responsável pelo Município.
(Fonte: DN/Sapo; AO; Correio dos Açores)

Ilhas Santuário» planta endémicas no ilhéu de Vila Franca do Campo

A recuperação dos habitats naturais do ilhéu de Vila Franca do Campo e do Corvo é uma das acções do projecto «Ilhas Santuário para as Aves Marinhas», projecto coordenado pela SPEA em parceria com a Secretaria Regional de Ambiente e do Mar (SRAM). Para tal, foi criado um viveiro de plantas nativas dos Açores, que no final de Outubro já apresentavam dimensões adequadas, tendo as primeiras sido já plantadas no Ilhéu de Vila Franca do Campo. Mil e oitocentas urzes e duas mil e trezentas faias foram colocadas nas zonas do ilhéu de onde já tinha sido removida a vegetação exótica infestante. Foram ainda espalhadas grandes quantidades de sementes, para promover uma mais rápida recuperação das áreas intervencionadas. E os esforços desenvolvidos no âmbito do projecto já começam a dar frutos: a visita às áreas de nidificação no ilhéu confirmou o bom estado dos novos ninhos, localizados em zonas que antes se encontravam infestadas por canas.
Para além da SPEA e da SRAM, o projecto conta ainda com a parceria, da Royal Society for the Protection of Birds e dos municípios de Corvo e Vila Franca do Campo, e pretende a recuperação do habitat de nidificação de aves marinhas e a gestão das populações de aves marinhas – um dos valores naturais mais importantes e representativos dos Açores. O ilhéu de Vila Franca é uma das áreas principais de intervenção deste projecto financiado pelo Programa LIFE+ da Comissão Europeia e conta também com o apoio do Clube Naval de Vila Franca do Campo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Novo trilho pedestre em S. Miguel vai ser apresentado domingo

A associação ambientalista Amigos dos Açores apresenta no domingo o roteiro do Trilho Pedestre dos Moinhos da Ribeira Funda, em S. Miguel, que descreve este percurso que se desenvolve na freguesia de Fenais da Ajuda, na Ribeira Grande. Este novo trilho pedestre apresenta diversos pontos de interesse, aliando, segundo os Amigos dos Açores, "os valores naturais da fauna e da flora aos valores histórico-culturais, nomeadamente os moinhos, que se encontram na sua maioria muito degradados". A associação ambientalista espera que "a visibilidade adquirida com o novo percurso pedestre venha a ajudar a potenciar as mais valias naturais e histórico-culturais" da Ribeira Funda, uma localidade da freguesia de Fenais da Ajuda. O Trilho Pedestre dos Moinhos da Ribeira Funda tem uma extensão de cerca de cinco quilómetros, que demoram, em média, três horas e meia a percorrer.Trata-se de um percurso circular, com início e fim junto da Ermida de Nossa Senhora da Aflição, que apresenta um grau de dificuldade médio.
O roteiro será apresentado pelas 10h30, no Salão Paroquial da Ribeira Funda, junto à ermida da Nossa Senhora d' Aflição. Posteriormente ao lançamento do roteiro será realizado o percurso pedestre. A participação é livre.
Mais informações aqui.
(Fonte: Lusa)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Museu Subaquático de Artes de Cancún: união da arte com a natureza



Até o fim deste ano um "exército" de esculturas de figuras humanas vai deixar uma praia em Cancún no México em direcção ao fundo do mar. O projecto do Museu Subaquático de Artes de Cancún é iniciativa do Parque Nacional Marítimo, da Associação Náutica de Cancún e contam com a colaboração de diversos artistas, especialmente o escultor Jason DeCaires Taylor.
Este escultor, com a sua obra, pretende unir a arte e o meio ambiente e chamar a atenção para a enorme pressão sobre os corais da região devido ao turismo intenso. O objectivo, segundo o DeCaires é "representar a responsabilidade de todos sobre os danos ambientais, sob uma perspectiva optimista".
A sua obra entitulada "A Evolução Silenciosa", é inspirada em pessoas reais - na maioria mexicanos comuns - que foram transformadas em esculturas submarinas para dar abrigo à vida marinha . A composição química e o acabamento em cimento das esculturas promove a colonização da vida marinha, esperando a organização que isto contribua para a recuperação das barreiras de coral .
Os modelos vivos usados por DeCaires vão desde uma freira de 85 anos até um menino de 3 anos. Para fazer os moldes, cobriu de gesso um contador, uma professora de yoga, um estudante, um acrobata e até um jornalista da BBC.
As primeiras peças deste museu submarino, submersas em 2009, são o "Homem em Chamas" (baseado em um pescador local), o "Colecionador de Sonhos Perdidos" e a "Jardineira da Esperança".
Com esta obra, DeCaires quer ainda sublinhar que, "apesar de nos cercarmos de edifícios, não podemos esquecer o quanto dependemos da natureza" .
Notícia relacionada aqui.

Balanço da campanha SOS Cagarro 2010

Foram 3712 os salvamentos registados oficialmente na Campanha “SOS Cagarro”, que decorreu entre 1 de Outubro e 15 de Novembro, no Arquipélago dos Açores. Estes números foram ontem anunciados pelo Director Regional dos Assuntos do Mar, que referiu na ocasião que na campanha de 2010, “houve uma participação bem mais enfática do que no ano passado”, tendo a mesma registado 1.244 colaboradores activos e o envolvimento de 140 empresas.
Por ilhas, os maiores números de salvamentos registados ocorreram em S. Miguel, Pico e S. Jorge, e os menores na Graciosa, Santa Maria, Flores e Corvo. O número de cagarros mortos correspondeu, em média, a 7% das aves recolhidas (cerca de três centenas).
Como outros pontos positivos, o Director Regional dos Assuntos do Mar destacou um maior número de empresas que este ano aceitaram reduzir a iluminação pública durante a campanha e também o aumento do número de pessoas que se registaram nas brigadas nocturnas.
Para melhor proteger esta ave marinha, advogou também o aumento das áreas de nidificação, a redução da fauna predadora e a diminuição da iluminação costeira durante a campanha “SOS Cagarro”.
Estimativas apontadas pelo Director Regional dos Assuntos do Mar indicam ainda que se nada fosse feito pelos cagarros nos Açores, a população daquela que é a maior pardela a nidificar no hemisfério Norte poderia diminuir em 30% até 2050.
A Secretaria Regional do Ambiente e do Mar desenvolve anualmente a campanha “SOS Cagarro” visando essencialmente alertar a população açoriana para a necessidade de preservação desta espécie protegida que nidifica nos Açores.
O cagarro, cuja subespécie borealis nidifica sobretudo nos Açores, Madeira, Selvagens, Canárias e Berlengas, é a ave marinha mais abundante nas ilhas açorianas.
Actualmente, existirão nos Açores entre 500.000 a 700.000 cagarros, entre os quais 188.000 casais reprodutores, correspondendo a cerca de 60 a 65% da população mundial da espécie (Calonectris diomedea) e a 75% da população mundial da subespécie (Calonectris diomedea borealis).
Parabéns a todos os que se envolveram nesta campanha, sobretudo à Associação Amigos dos Açores que, mais uma vez, promoveu muitas acções de salvamento de cagarros durante o período em que decorreu a campanha.
(Fonte: GaCS)

Mostra Gastronómica em Água Retorta

Pela primeira vez a freguesia de Água Retorta vai realizar uma mostra gastronómica dos seus produtos agro-pecuários. O evento irá realizar-se no próximo domingo, dia 21, das 15h às 22h, no Salão da Casa do Povo e visa promover os produtos locais e dar a conhecer a gastronomia típica da freguesia. Vinho produzido localmente e na Fajã do Calhau, um variado leque de pratos típicos, enchidos, compotas, queijos, licores, doces, chás e café de milho ardido são apenas alguns dos produtos que estarão expostos para degustação gratuita.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dia Nacional do Mar


O Dia nacional do Mar é uma data comemorativa da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), que entrou em vigor a 16 de Novembro de 1994, tendo sido ratificada por Portugal a 14 de Outubro de 1997. Um ano mais tarde, em 1998, o dia 16 de Novembro foi institucionalizado pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 83/1998, de 10 de Julho, como o Dia Nacional do Mar.

A Liga para a Protecção da Natureza (LPN) assinala este dia com o lançamento de uma petição na Internet, a pedir ao Governo português para implementar áreas marinhas protegidas, visando uma melhor gestão e uso dos recursos. A iniciativa insere-se no âmbito da plataforma eletrónica "eMPOWER", criada por Portugal, Itália e Grécia para envolver os cidadãos nas decisões políticas europeias sobre ambiente. Trata-se de uma plataforma na Internet criada em parceria com as agências de notícias dos três países e organizações não governamentais, em Portugal a LPN. Segundo a Presidente desta associação ambientalista (que já faz parte da plataforma desde há um ano, esta petição surge "porque Portugal está neste momento numa fase de estabelecimento das áreas marinhas protegidas e é necessário chamar a atenção do público que esta ação está a decorrer e pedir o apoio para esta questão, que é um dos instrumentos mais importantes para a proteção dos oceanos".

Na ilha do Faial este dia foi assinalado pelo Observatório do Mar dos Açores (OMA) e o Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP). Às 21:30 toda a população está convidada para assitir, no Anfiteatro do novo edifício do DOP, à exibição do filme The End of The Line - O Fim da Linha, seguido de debate sobre os temas abordados e a sua relação com a realidade Açoriana e Europeia. A actividade conta com a parceria da PONG-Pesca – Plataforma das Organizações Não Governamentais Portuguesas sobre a Pesca.
Neste dia nunca é demais relembar que o mar faz parte da identidade de Portugal e de todos os açoreanos de uma forma muito especial. A importância dos recursos marinhos e a sensibilização das comunidades locais para os diversas questões relacionadas com o mar, não devem ser esquecidas ao longo de todo o ano, especialmente no que diz respeito à deposição de resíduos e à preservação das espécies.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Sumários DR 1ª Série


DR 221 SÉRIE I de 2010-11-15
Decreto Legislativo Regional n.º 30/2010/A
Região Autónoma dos Açores - Assembleia Legislativa
Estabelece o regime jurídico da avaliação do impacte e do licenciamento ambiental

DR 215 SÉRIE I de 2010-11-05
Decreto Legislativo Regional n.º 29/2010/A
Região Autónoma dos Açores - Assembleia Legislativa
Regulamenta o exercício da pesca e da actividade marítima na pesca e define medidas adequadas às especificidades do território marítimo dos Açores

Bruxelas propõe cortes nas quotas de pesca portuguesas

A proposta da Comissão Europeia de possibilidades de pesca para o Atlântico em 2011, apresentada hoje em Bruxelas, contempla uma redução global de quotas na ordem dos 10%, com cortes para diversas espécies pescadas em águas portuguesas. Na sua proposta de totais admissíveis de capturas (TAC) para o Atlântico, Mar do Norte e águas internacionais, Bruxelas recomenda o aumento das quotas para seis stocks, a diminuição das possibilidades de pesca relativamente a 64 espécies, e a mesma quota em 23 stocks, com as alterações a representarem no cômputo geral uma diminuição das quotas de quase 90 000 toneladas, ou cerca de 10%. Relativamente a espécies pescadas em águas portuguesas, a Comissão aconselha cortes em mais de uma dezena de stocks, incluindo diminuições de 15% nas possibilidades de pesca do linguado, carapau e escamudo, e de 10% nos stocks de bacalhau, lagostim e biqueirão. (Fonte: Diário Digital / Lusa)

Ecopilhas expande presença no aeroporto de Ponta Delgada


A Ecopilhas está a reforçar a presença nos aeroportos nacionais através do estabelecimento de parcerias com lojas francas. A Sociedade Gestora de Resíduos de Pilhas e Acumuladores e Entidade de Registo dos Produtores de pilhas e acumuladores (portáteis e industriais), com a parceria agora estabelecida, passa a estar presente nas lojas francas dos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Ponta Delgada. «A presença da Ecopilhas nas lojas francas aumenta o potencial de recolha de pilhas e acumuladores portáteis, influenciando, simultaneamente, o papel da recolha destes resíduos na preservação do meio-ambiente e na tomada de consciência individual e empresarial para a causa ambiental», comentou Eurico Cordeiro, director-geral da Ecopilhas. (Tirado daqui)

Mais de 60 aves morreram electrocutadas este ano nos Açores

Desde o início do ano já morreram 64 aves, especialmente milhafres, electrocutadas nas linhas eléctricas nos Açores. Os postes mais perigosos já estão identificados e a ser alterados.O milhafre é a ave com maior porte dos Açores. Por isso, tem mais probabilidades de morrer vítima de um curto-circuito quando, ao pousar no cimo dos postes de electricidade, abre as asas e toca nas linhas. Segundo Carla Veríssimo, coordenadora do projecto Avifauna e Linhas Eléctricas dos Açores, esta é a espécie com maior número de registos de mortes, totalizando 40 aves.
Este esforço faz parte de uma parceria entre a EDA (Electricidade dos Açores) e a Spea (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves), cujo objectivo é compatibilizar as linhas eléctricas com a protecção da avifauna.
“Estudámos quais as tipologias de postes mais perigosas para as aves e depois centrámos aí o nosso trabalho”, explicou ao PÚBLICO Carla Veríssimo. De acordo com uma lista de locais de intervenção prioritários, os técnicos estão a colocar mais abaixo os fios eléctricos que estavam no cimo dos postes, para afastá-los dos locais de pouso.
Em Santa Maria, a EDA efectuou já onze das 14 alterações programadas para 2010 e as restantes estão previstas ainda para este ano. Na Graciosa foram já efectuadas todas as alterações previstas a nível de electrocussão para 2010.
Santa Maria, Pico, Graciosa e Terceira são as ilhas com maior número de aves electrocutadas. São Miguel não apresenta valores de mortalidade por electrocussão nos locais visitados e no Faial e em São Jorge continuam a obter-se valores baixos.
De acordo com a Spea já estão previstas para 2011 mais alterações em todas as ilhas.
(Fonte: ecosfera Público)

Agenda Europeia do Ambiente

RAPID* - EDIÇÃO DA REPRESENTAÇÃO DA COMISSÃO EUROPEIA EM PORTUGAL
Comissão Europeia lança importante programa de investimento em tecnologias hipocarbónicas inovadoras
A Comissão Europeia lançou primeiro convite à apresentação de propostas para o maior programa mundial de investimento em projectos de demonstração de tecnologias hipocarbónicas e energias renováveis. A iniciativa, conhecida sob o nome NER300, dará um apoio financeiro substancial a, pelo menos, 8 projectos ligados às tecnologias de captura e armazenagem de carbono (CAC) e 34 projectos ligados a tecnologias inovadoras no domínio das energias renováveis. O objectivo é promover o desenvolvimento de uma economia hipocarbónica na Europa, criando novos empregos «verdes» e contribuindo para a realização dos ambiciosos objectivos da UE no domínio das alterações climáticas. O Banco Europeu de Investimento (BEI) está a colaborar com a Comissão na execução do programa. As empresas interessadas em participar têm 3 meses para apresentar propostas a nível nacional.
(Desenvolvimento aqui).
UE adopta regras mais estritas contra emissões industriais
Nova legislação comunitária ontem adoptada fará diminuir as emissões industriais das grandes instalações de combustão de toda a UE, trazendo diversos benefícios ambientais e sanitários aos cidadãos europeus, como uma esperada redução de 13 000 mortes prematuras por ano. Esta legislação mais estrita em matéria de emissões industriais foi proposta pela Comissão Europeia em Dezembro de 2007. As novas regras conduzirão também a economias apreciáveis, mediante a redução dos encargos administrativos, e darão às empresas do sector condições mais equitativas.
(Desenvolvimento aqui)
Comissão Europeia apresenta nova estratégia para 2020
A Comissão apresentou a sua nova estratégia para uma energia competitiva, sustentável e segura. A Comunicação «Energia 2020» define as prioridades em termos de energia para os próximos dez anos e as acções a empreender perante os desafios decorrentes da necessidade de poupar energia, conseguir um mercado com preços competitivos e aprovisionamento seguro, impulsionar a liderança tecnológica e negociar eficazmente com os nossos parceiros internacionais.
(Desenvolvimento aqui)
Comissão Europeia relança o grupo de alto nível CARS 21 para uma indústria automóvel competitiva e sustentável
Reúniu-se no passado dia 10 de Novembro, pela primeira vez, na sua nova forma e com uma nova missão, o grupo de alto nível CARS 21 que foi recentemente relançado. A Comissão solicitou a este grupo que elaborasse um plano de acção comum e uma visão para uma «indústria automóvel europeia competitiva, uma mobilidade e um crescimento sustentáveis até 2020 e depois». Estes trabalhos vão contribuir para a estratégia da UE para um crescimento inteligente, sustentável «Europa 2020», para as iniciativas sobre a utilização eficaz dos recursos e sobre a política industrial , bem como para a estratégia da UE relativa aos veículos limpos e económicos em energia. Um relatório hoje publicado pela Comissão mostra que a indústria está no bom caminho no respeitante à redução das emissões de CO2 dos veículos novos.
(Desenvolvimento aqui)
Comissão Europeia propõe possibilidades de pesca sustentáveis para 2011
A Comissão Europeia adoptou a sua proposta de possibilidades de pesca para 2011, que fixa os níveis dos totais admissíveis de capturas (TAC) e o esforço de pesca para o Atlântico, o Mar do Norte e as águas internacionais regidas por uma organização regional de gestão da pesca. A proposta baseia-se em pareceres científicos sobre as quantidades de peixe que podem ser capturadas de forma sustentada. A Comissão discutiu os métodos de trabalho com os Estados-Membros e as partes interessadas, e tomou em consideração os seus pareceres, mantendo-se ao mesmo tempo coerente com o objectivo da consecução do rendimento máximo sustentável (RMS) até 2015.(Desenvolvimento aqui e aqui)
Sondagem à escala europeia revela apoio do público à inovação responsável
Um novo inquérito Eurobarómetro sobre as ciências da vida e a biotecnologia indica que os Europeus estão optimistas em relação à biotecnologia. Dos inquiridos, 53% acreditam que a biotecnologia vai ter um efeito positivo no futuro e apenas 20% se inclinam para um efeito negativo. O inquérito revela também importantes lacunas de conhecimento, apontando a necessidade de mais comunicação: na sua maioria, os inquiridos nunca ouviram falar de alguns domínios abrangidos pelo inquérito, como a nanotecnologia (55%), os biobancos (67%) e a biologia sintética (83%), ao mesmo tempo que, em relação a outros domínios, como os produtos alimentares geneticamente modificados, persistem o cepticismo e a preocupação. O Eurobarómetro, realizado em Fevereiro de 2010, é o sétimo de uma série iniciada em 1991 e baseia-se em amostras representativas de 32 países europeus
(Desenvolvimento aqui)
Anuário regional do Eurostat 2010: amplo leque de estatísticas sobre a diversidade das 271 regiões da UE
Qual a população das diferentes cidades da UE? Em que região da UE se fazem mais compras pela internet? Quais as regiões da UE mais visitadas pelos turistas? Quantas pessoas habitam numa região costeira da UE? Qual a região da UE com o PIB por habitante mais elevado? As respostas a estas perguntas e a muitas outras encontram-se na edição 2010 do anuário regional Eurostat.
(Desenvolvimento aqui)

Banco Português de Germoplasma Vegetal

A agro-diversidade é parte essencial da Biodiversidade. É usada pelo Homem para a promoção do desenvolvimento sustentável da agricultura e produção de alimentos. A sua conservação é uma questão primordial e consiste na salvaguarda e gestão da variabilidade genética de espécies que têm importância actual ou potencial, em benefício do desenvolvimento sustentável. A sua Conservação, a nível internacional, é, desde os anos 50 do século passado, uma preocupação vital, consistindo na salvaguarda e gestão da variabilidade genética de espécies que têm importância actual ou potencial, na luta contra a pobreza e em prol do desenvolvimento rural sustentável. Na década de setenta a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura e o International Board for Plant Genetic Resources (FAO/IBPGR), com o objectivo de salvaguardar os recursos genéticos, fomentou as colheitas de várias espécies, em diferentes regiões do Mundo, onde coube a Portugal dentro da região Mediterrânea empreender, duma forma mais sistemática, as suas actividades na Conservação da Biodiversidade. Integrado nesse objectivo deslocou-se a Portugal, em 1976, a Dra Erna Bennet, na altura a responsável pelo Crop Ecology and Genetic Resources Unit (Branch) da FAO, que se inteirou da situação e com a qual se gisaram planos para a colheita e conservação de espécies de plantas com valor actual e/ou potencial, incluindo a grande riqueza genética das espécies cultivadas e seus parentes silvestres. No ano seguinte, 1977, deslocou-se a Portugal a Dra Rena Farias ocupando-se da colheita e salvaguarda dos recursos genéticos vegetais, assim como da formação e chamada de atenção aos técnicos portugueses do património genético vegetal, que importava conservar e valorizar. A Dra Rena Farias veio mais tarde a radicar-se em Braga e a dar continuidade ao trabalho de colheita e conservação dos RGV. O embrião do que é hoje o Banco Português de Germoplasma Vegetal (BPGV), teve o seu início em 1977 e encontra-se, desde 1996, situado na Quinta de S. José, em S. Pedro de Merelim, Braga.Na sequência destas actividades e enquadrado no Programa da FAO para a Região Mediterrânica, o IBPGR/FAO em 1983, nomeou o BPGV para que assumisse a responsabilidade Internacional pela conservação dos duplicados de segurança das colecções de germoplasma dos Países da Bacia Mediterrânea, tornando-se assim o Banco Mediterrânico de Milho. Desde 1981, e seguindo as etapas orientadoras emanadas do IBPGR/FAO, o BPGV deu início à caracterização morfológica e avaliação preliminar do material conservado. Para proceder a uma utilização mais efectiva, é necessário realizar a caracterização e avaliação dos materiais genéticos conservados, facto que está intimamente relacionado com a disponibilidade de recursos humanos e materiais. Desde 1991, o BPGV desenvolveu um sistema de documentação baseado numa base de dados centralizada por espécie, onde constam informações de colheita e avaliação do material conservado, que tem permitido disponibilizar de uma forma organizada e acessível informações sobre os recursos genéticos vegetais, contribuindo deste modo para intensificar o intercâmbio de informação e a utilização do germoplasma na agricultura nacional, para além de promover e facilitar uma gestão mais eficiente.As espécies de propagação seminal são conservadas em câmaras de frio: uma câmara com uma capacidade de 60m3, com temperatura de 0 a 5 ºC e 45% de HR (humidade relativa), onde está conservada a colecção activa e, outra com uma capacidade de 120m3, com uma temperatura de -18ºC, onde se encontra conservada a colecção base.Mais recentemente, em 2003, foi instalado um laboratório de cultura de tecidos e uma câmara de conservação in-vitro, destinada prioritariamente à conservação de espécies, cuja propagação se faz por via vegetativa e que até ao momento eram mantidas unicamente em colecção de campo. Também nesse ano foi instalado no BPGV um laboratório de Biologia Molecular, com o objectivo primário de utilizar marcadores moleculares para caracterização do material genético conservado. Hoje em dia reúne ainda condições e equipamento para a preservação de espécies vegetais em criopreservação (-196º C). Desde 2004 o BPGV deu início à conservação on farm: conservação no campo do agricultor. Desta actividade resultou a inscrição da broa de milho, numa fase inicial, na Arca de Sabores do movimento internacional Slow Food e mais recentemente a inscrição do feijão Tarrestre. O BPGV é actualmente uma Unidade Orgânica do Instituto Nacional de Recursos Biológicos I.P., que preserva, resultado de 91 missões de colheita, um acervo de 18 236 acessos de mais de 100 espécies vegetais, sobre a forma de semente ou material vegetativo. Se a este material for acrescido todo o material genético conservado, resultado de entradas nacionais e internacionais, como duplicados de segurança, perfaz um total de 40 852 acessos, sendo assim a estrutura Nacional que conserva a maior colecção de germoplasma, representando mais de 75% do material genético conservado a nível nacional, conforme é relatado no 2º Relatório Nacional das actividades de conservação e utilização sustentável dos recursos genéticos vegetais.
Para mais informações contactar:
Banco Português de Germoplasma Vegetal
Quinta de S. José, S. Pedro de Merelim
4700-859 BRAGA
Tel: 253 300 962
Fax:253 300 961
Fonte: Texto texto incluído na Agenda Cultural da Câmara Municipal de Braga do mês de Fevereiro.

domingo, 14 de novembro de 2010

Comunicação de Viriato Soromenho Marques no Congresso dos 25 anos da Quercus

Qual a situação do país e do mundo em 1985?
O período da guerra fria terminara por essa altura (1984-85), durante a qual houve uma real ameaça de guerra nuclear, esse ambiente desanuviou-se com a Perestroika de Gorbatchov.
Os testemunhos de militares era de conformismo pela inevitabilidade dessa guerra, sob o argumento do precedente, ou seja, sempre que havia conflito entre duas partes, terminava-se sempre numa guerra. Tal afinal não se verificou!
Nesse ano Portugal entrou para a CEE, o país cresceu muito, mas também os impactos! O quadro normativo começou a estruturar-se e levou mais tarde à criação do Ministério do Ambiente, fruto dessa expansão das políticas ambientais.
Em 1997 começou-se a inflectir essa trajectória em termos das políticas com a assinatura do protocolo de Quioto. Foi na década de 80 que se perdeu a primeira oportunidade de se apostar nas energias renováveis. Estamos portanto agora a tentar pela 2ª vez!
Nos anos 80 havia associações em maior número do que actualmente, mas frágeis, demasiado ligadas aos seus fundadores. Mas uma verdadeira associação não deve ficar dependente do ânimo de 1 ou 2 fundadores! A Quercus conseguiu ultrapassar isso!
Outro aspecto muito importante, a Quercus tem uma agenda com múltiplos temas. É uma qualidade única, não deixando de ser muito profissional em cada área. Isso só veio a alcançar mais tarde, não em 1985 naturalmente.
A Quercus é capaz de estar presente nos maiores acontecimentos mundiais. Tem capacidade de intervenção polifacetada. Tivemos sempre o cuidado de nas acções mediáticas não ultrapassar a linha vermelha da ilegalidade conotada com eco-terrorismo.
Não é por acaso que a Quercus esteve representada no conselho Social e Económico, está representada no Conselho Nacional para o Desenvolvimento Sustentável.
O que tem sido a Quercus ao longo destes 25 anos?
No último quarto de século a Quercus tem sido um pilar na definição de políticas públicas de ambiente, através da sua participação nas consultas públicas e acompanhamento de dossiers, em áreas como os Resíduos, Energia, Rede de Áreas Protegidas, Água, Cidade e Ordenamento do Território, Turismo em Áreas Protegidas, Diplomacia Ambiental.
A Quercus foi a primeira a fazer um ciclo de conferências sobre a ECO 92, Alterações climáticas.
Isto não é um discurso glorioso, mas um acto de justiça!
É preciso não esquecer o que aconteceu com a guerra fria. Foi quebrada a lógica do precedente. Estamos a precisar de um sinal de esperança, mas temos de ter honestidade intelectual para a saber procurar e dizer o que está mal.
A crise é a compreensão de que chegámos ao momento em que temos de mudar o modelo de habitar a Terra. O colapso é o que vemos a acontecer, ou seja, pessoas com responsabilidade dizerem que se sai da crise aumentando as suas causas, por exemplo aumentando o ritmo de crescimento económico.
Que caminho é o que permite crescer com a crise?
- O federalismo europeu é um caminho baseado na participação dos cidadãos, na decisão ao nível nacional.
- A cooperação internacional pela aproximação das pessoas em todo o Mundo com as mesmas preocupações e inquietações.
Numa reunião de potenciais investidores em que participei, perguntaram-me onde investir, respondi: em investigação científica, nas energias renováveis, na eficiência energética.
Qual o Plano B?
A projecto nacional está à nossa vista. O nosso país está muito desequilibrado e há duas questões que não conseguiremos responder com uma crise de fornecimento do exterior:
- A energia
- A alimentação
Temos de ter a capacidade de perceber que temos de procurar os recursos o mais próximo possível de nós!

As árvores e o testemunho que fazem acerca da Eternidade

"Even if I knew that tomorrow the world would go to pieces, I would still plant my apple tree".
(Martinho Lutero)

sábado, 13 de novembro de 2010

Das ideias luminosas

O Pai Natal luminoso da baixa de Ponta Delgada deu-me ontem um presente, sob a forma de incoerência.
O motivo de todo este precoce brilho nocturno, segundo o que parece, é a tentativa de trazer mais pessoas para a baixa da cidade e apelar ao consumo no comércio tradicional.
Concordo com a importância da revitalização da economia, mas parece-me que luzinhas acesas desde o dia 11 de Novembro até pelo menos ao dia de Reis (no mês de Janeiro), é uma bela e cara manobra de diversão que não é proporcional ao valor da receita que eventualmente poderá gerar, além de que tem tudo menos de sustentável, numa cidade que se orgulha de ser a primeira em Portugal com gestão ambiental certificada da União Europeia.
O que me choca no meio disto tudo não é só que um país, à beira do colapso financeiro e enterrado até à cabeça na ruptura moral, pague uma exorbitância pelas iluminações de Natal; choca-me também a forma como se desvirtuam as tradições. E se é certo que nem todas as antigas tradições são dignas de respeito (como é o caso da lapidação e dos touros de morte), parece-me que iluminar a cidade no dia de São Martinho tem pouco de magusto, qual Carnaval fora de época.
As pessoas não compensam as suas frustrações ao olhar para um Pai Natal luminoso. Era bom que assim fosse. Não se pode pedir a um país e a uma região medidas de austeridade e a seguir desperdiçar dinheiros públicos desta forma.
As pessoas já não acreditam no Pai Natal, por mais cintilante que seja, mas ainda podem acreditar na moralidade do Estado, se este estiver à altura dessa tarefa.
Por este andar, no próximo ano a abertura da iluminação do Natal irá coincidir com o final das Noites de Verão. Parrhesia!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

XX Jornadas de Ambiente da Quercus


No âmbito do Programa de Comemorações dos 25 anos da Quercus, decorrem hoje as XX Jornadas do Ambiente, este ano dedicadas ao tema do “Valorização dos Serviços dos Ecossistemas”, um dos grandes temas emergentes no panorama da política ambiental internacional. Para promover o debate sobre o tema, a Quercus ACN convidou especialistas de renome nesta área para apresentarem estudos de caso recentemente concluídos. É hoje um ponto assente que a natureza com a diversidade dos seus ecossistemas nos fornece inúmeros serviços fundamentais para a nossa qualidade de vida e sobrevivência enquanto espécie. Entre estes serviços podemos sublinhar a título de exemplo, a regulação climática, o fornecimento de água doce ou a manutenção da produtividade dos solos. Tratando-se de serviços ainda não integrados no sistema económico, ou seja, aos quais não é atribuído um valor monetário, sendo usados como bens públicos de livre acesso, são muitos os desequilíbrios que se registam na sua utilização. Após o insucesso da Conferência de Copenhaga, surge um movimento crescente, alastrando-se aos mais variados níveis e áreas do conhecimento, que defende que o caminho da sustentabilidade passa necessariamente pela remuneração de funções estruturantes que hoje não têm valor de mercado e que são usualmente designadas por “serviços ambientais”, e o acerto das contas entre a externalidades positivas e negativas que afectam os bens comuns. Neste sentido, e porque a construção de um processo de valoração dos serviços ambientais, significa a alteração de paradigma de uma sociedade predadora de recursos ambientais, para uma outra em que paralelamente às actividades económicas tradicionais, existe uma actividade económica de reposição e manutenção de recursos naturais, a Quercus vai dedicar as suas XX Jornadas de Ambiente ao tema da “Valorização dos Serviços dos Ecossistemas”, pretendendo dar um contributo e na ampla discussão que este tema está a ter a nível internacional. Para a Quercus a valorização de serviços dos ecossistemas constitui uma mudança de base, sem a qual continuaremos a investir em bens e serviços cuja utilidade é relativa, e que nunca é comparável com a utilidade vital dos referidos serviços. A consequência da inexistência de um sistema de valoração é a ausência de um verdadeiro peso da questão ambiental a ter em conta nas decisões políticas.

As XX Jornadas de Ambiente da Quercus terão lugar no Dom Gonçalo – Hotel & SPA em Fátima. As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias.


A Direcção Nacional da Quercus -Associação Nacional de Conservação da Natureza.

Lisboa, 10 de Novembro de 2010

Somos todos Natureza

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fornos solares ao serviço do ambiente e do desenvolvimento social

O forno solar é um equipamento que permite a conversão de energia térmica da radiação solar para aquecer alimentos ou para produzir água destilada.
O primeiro forno solar foi criado pelo naturalista francês Horace de Saussure, em 1767.

Os fornos solares têm sido usados na Índia, China, Afeganistão e sobretudo em países Africanos, zonas onde existe escassez de combustíveis sólidos (lenha e carvão), pelo que a utilização destes equipamentos é uma solução simples e económica de confeccionar alimentos e esterilizar água. Uma outra vantagem destes fornos é que evitam a desflorestação. Este verdadeiro benefício ambiental permite que cada forno solar contribua para a redução de cerca de uma tonelada de Co2, por ano.
Em regiões pobres, especialmente em África, onde o sol é constante e a quase totalidade da energia consumida provém da lenha, os fornos solares estão a provocar uma verdadeira revolução social ao reduzir o trabalho de 15 horas semanais de apanha de lenha das mulheres e das crianças, contribuindo deste modo para um aumento da sua qualidade de vida. Além disso, nesses países, as mulheres e crianças para cozinhar recorrem habitualmente a fogueiras efectuadas em espaços fechados, o que implica que sofram queimaduras e de graves problemas respiratórios causados pela poluição do ar.
Nestes países, em que a madeira é um bem escasso, muitas vezes não chega para cozinhar alimentos e para ferver a água, o que significa que a população está condenada a beber água contaminada.
Estima-se que em cada ano ocorrem 1,5 mil milhões de casos de diarreia, dos quais resultam cerca de 2 milhões de mortes em crianças. Mais uma vez, os fornos solares têm um importante papel na promoção da saúde, ao permitirem um método prático de aquecer a água até ao ponto de esterilização, destruindo assim os agentes patogénicos mais comuns e transformando água contaminada em água potável.
O modelo mais simples destes fornos - tipo painel - é feito com um pedaço de papelão, revestido com algum papel laminado. E a grande vantagem é que cada pessoa pode construir, com poucos recursos, o seu próprio forno solar.
Actualmente existem diversas associações a financiar o fabrico e a distribuição de fornos solares em países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento, mas a organização pioneira foi a Solar Cookers International (SCI), uma ONG que goza de estatuto consultivo junto do Conselho Economico e Social da ONU (ECOSOC). Estima-se que desde o inicio da sua actividade, a SCI, já possibilitou, a mais de 30 000 familias africanas, a utilização de fornos solares, através de uma extensa rede de informação, formação e educação.
Em 2020 esta ONG foi vencedora do Ashden Award, pelo seu trabalho efectuado com os fornos solares no Quénia e, em 2006, foi distinguida com o World Renewable Energy Award.
Para mais informações acerca deste projecto, consulte: 1, 2, 3.

"The greatest challenge is to lead the world into a new era of peace and humanism, to create more inclusive, just, and equitable societies through sustainable economic and social development, based on science, innovation and new technologies that will serve mankind and will preserve the environment." (Irina Bokova, Directora Geral da UNESCO)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Freguesia de Ginetes cria Pomar Comunitário onde todos são convidados a cultivar

A freguesia dos Ginetes está criar algo único em São Miguel: trata-se de um Pomar Comunitário com o qual pretende-se que seja cultivado e cuidado por todos em geral onde os frutos são para ser colhidos pelas gerações vindouras. O Diário dos Açores foi ao encontro do presidente da Junta de Freguesia de Ginetes, João Paulo Medeiros, que aproveitou para dar a conhecer este projecto inovador que agora está a dar os primeiros passos na freguesia.
A ideia surgiu no decorrer de um processo de revitalização dos jardins da freguesia onde foi detectado que os jardins são praticamente todos idênticos em termos de cultivo, nomeadamente, com plantas e flores sem grande utilidade pública. Num destes espaços, no Jardim do Emigrante, sito à Rua Alqueive surgiu a ideia de implementar um Pomar Comunitário atendendo a actual conjuntura. Pretende-se criar um certo dinamismo, no sentido de iniciar um pomar onde principalmente as crianças das escolas primárias possam participar em iniciativas comunitárias em ir ao jardim apanhar fruta. Presentemente já decorrem a selecção das plantas para cultivo, nomeadamente, laranjas, mandarinas, uvas, goiaba e castanha fazendo com que se retome a tradição de cultivo de fruta na freguesia.
O Jardim do Emigrante é um amplo espaço que vai ganhar nova vida segundo João Paulo Medeiros tudo vai começar da estaca zero estando desde já assegurado que as plantações das árvores de fruto irão decorrer desde do plantio de forma a que seja possível acompanhar a evolução e o desenvolvimento das árvores. Um dos objectivos da Junta de Freguesia de Ginetes passa por envolver as escolas no sentido de levar ao Pomar Comunitário as crianças com o intuito de as mesmas colaborarem no plantio das árvores de forma a que de futuro chamem a si a responsabilidade de proteger o pomar público.
Na primeira fase do Pomar Comunitário João Paulo assume que o trabalho será assegurado pelos funcionários da Junta de Freguesia, trabalho este que será intercalado com a ajuda dos mais novos oriundos das escolas da freguesia. Dois anos é quanto João Paulo Medeiros estima que se possa fazer a primeira colheita dos frutos que agora vão ser plantados.
A prática de uma agricultura saudável sem a presença de químicos é um dos propósitos de João Paulo Medeiros para o Pomar Comunitário da freguesia, inclusive, assume que outros dos propósitos passa por envolver a comunidade bem como os agricultores locais na execução das tarefas do Pomar Comunitário. O presidente da Junta de Freguesia de Ginetes faz votos que o espaço do pomar público seja respeitado pelas pessoas e que não sejam praticados actos de vandalismo uma vez que se trata de um bem comum para a comunidade.
O intercâmbio de gerações entre avôs e netos no processo de aprendizagem dos costumes do plantio é outro dos propósitos de João Paulo Medeiros que explica que é pretensão através do Centro de Convívio dos Ginetes estabelecer o contacto com os agricultores da velha guarda com o objectivo que expliquem às crianças como se cuida de uma árvore, como se poda ou até mesmo como se planta e aduba. É objectivo a existência de aulas práticas entre os idosos e os alunos das escolas com o objectivo que exista uma constante aprendizagem.
O Pomar Comunitário será um regresso ao passado com práticas saudáveis onde as maquinas e os adubos químicos darão lugar ao trabalho humano e aos adubos naturais tornando-se saudável para todos em geral contribuindo também de certa forma como atractivo turístico para a freguesia.
(Fonte: Diário dos Açores)

Açores destacados no site "Planeta Protegido" da ONU

Depois das Maravilhas, o reconhecimento da ONU: os Açores, como reserva das mais belas regiões naturais, estão agora registados no site da Organização das Nações Unidas.
À distância de um click, qualquer internauta pode aceder aos 150 mil locais escolhidos pela entidade. Uma boa parte deles está situado no arquipélago. Em www.protectedplanet.net pode fazer-se uma viagem, desde os vulcões da Austrália, passando pelo Grand Canyon nos Estados Unidos, e vir terminar à Fajã dos Cubres, em São Jorge. O convite é da ONU que construiu um site interactivo com informação sobre mais de 150 mil áreas protegidas em todo o mundo.Em Portugal ao todo são 216, quase metade são locais dos Açores. 101 locais estão assinalados como áreas a proteger. A viagem nas ilhas pode ser demorada, há muito para ver. Desde os mais conhecidos, como a Lagoa das Furnas em São MIguel, ou a montanha do Pico, ou ainda o Algar do Carvão, na Terceira.E existem outros de que poucos ouviram falar, como a Ponta da Restinga na Graciosa, ou a Ponta do Escalvado em São Miguel. Através de imagens de satélite, os utilizadores podem selecionar uma determinada área, aproximar-se mais ou obter informações sobre as espécies ameaçadas ou até mesmo sobre as plantas nativas.Qualquer pessoa pode ainda descarregar fotografias das suas próprias viagens, escrever diários com as suas experiencias e recomendar outras áreas. O objectivo deste projecto da ONU é ajudar a proteger estas zonas, tornando-as mais conhecidas e divulgadas.
(Fonte: Antena 1 Açores)

domingo, 7 de novembro de 2010

Ilha das Flores terá produção de energia de origem renovável superior a 80% a partir de 2014

No passado dia 27 de Setembro foi atribuída à EEG (do grupo EDA) a concessão para a utilização dos recursos hídricos da ribeira grande na ilha das Flores, para a produção de energia hidroeléctrica. Esta concessão será válida por 75 anos e permitirá à empresa EEG (do grupo EDA) avançar com a concretização do projecto hidroeléctrico previsto para aquela bacia hidrográfica.Neste aproveitamento serão utilizados os caudais das ribeiras do ferreiro, da ribeira grande e de dois afluentes da margem esquerda captados próximo da cota 170 (isto é, cerca de 170 metros acima do nível médio da água do mar) junto à estrada de acesso à Fajã Grande. Isso permitirá captar a precipitação de uma área total da bacia hidrográfica de 14,3 km2, um valor de área equivalente ao actualmente captado pelo actual aproveitamento de Além Fazenda. O caudal médio captado é de 800 litros por segundo, alimentando a Central hidroeléctrica situada na Fajãzinha, a uma cota 165 metros inferior na margem esquerda da ribeira junto à foz. A Central será dotada de dois grupos de geradores equipados com turbinas tipo Pelton acopladas a alternadores de 550 kW de potência unitária. A potência anual estimada para esta Central rondará, em ano médio, os 5,6 GWh. Em termos comparativos podemos dizer que (no ano de 2009) o consumo da ilha das Flores foi de 11,9 GWh, ou seja, o novo aproveitamento poderia ter assegurado 47% das necessidades verificadas.Com a produção hídrica proveniente deste novo aproveitamento, bem como com a energia que se espera ser produzida na actual Central hídrica de Além Fazenda (que será alvo de uma intervenção de remodelação e automatização), e mesmo considerando que no Inverno haverá energia hídrica "em excesso" e que, pelo contrário, no Verão haverá "falta" de energia hídrica, espera-se que a ilha das Flores atinja uma produção de origem renovável superior a 80% a partir de 2014, ano para o qual se prevê que as obras fiquem operacionais.Todos os elementos da instalação, incluindo os grupos geradores, serão integrados num sistema de automatização que permitirá o funcionamento deste aproveitamento em regime automático, abandonado e telecomandado a partir da nova Central termoeléctrica das Lajes.

Ponta Delgada é a primeira cidade portuguesa com gestão ambiental certificada da União Europeia

A presidente da Câmara de Ponta Delgada, Berta Cabral, afirmou na passada quarta-feira ser um «motivo de orgulho» que este município dos Açores seja o primeiro em Portugal com gestão ambiental certificada da União Europeia, pelo Eco-Management Audit Scheme (EMAS). «É uma honra muito grande, que culmina um trabalho de melhorias contínuas iniciado há três anos», afirmou a autarca em declarações aos jornalistas depois de ter hasteado a bandeira do Registo EMAS na Praça do Município. O EMAS é um instrumento voluntário instituído pela União Europeia que cria uma forma normalizada para as organizações avaliarem e melhorarem os seus desempenhos ambientais, determinando que a conceção de um sistema de gestão ambiental seja efectuada em conformidade com o definido com a norma EN ISO 14001. Para Berta Cabral, esta certificação ambiental dos serviços municipais representa um «compromisso» com o desenvolvimento sustentável. «O município de Ponta Delgada vai à frente», frisou, acrescentando que a autarquia dispõe de um departamento ambiental »muito competente a activo».
(Fonte: Lusa)

Quercus - 25 anos a defender o ambiente

Esta é a descrição do programa Biosfera: “De que são feitos os 25 anos da Quercus? A associação celebrou um quarto de século no passado 31 de Outubro e o Biosfera esteve lá.
Veja as vitórias, as derrotas e os projectos para o futuro do movimento ambiental mais conhecido no país.
Hoje, às 12 horas, RTP2 ou nos próximos dias aqui.

sábado, 6 de novembro de 2010

Comissão Europeia propõe proibição de fosfatos nos detergentes para roupa

A Comissão Europeia propôs,na passada quinta feira, a proibição da utilização de fosfatos e a limitação do respectivo teor noutros compostos de fósforo nos detergentes têxteis para melhorar a qualidade das águas.
Essencialmente utilizados para aumentar a eficácia da lavagem, os fosfatos são em grande parte responsáveis, com os nitratos, pela proliferação de algas e de “marés” verdes ou vermelhas.
Os detergentes figuram entre as principais fontes de fosfatos nas águas, depois da agricultura e do tratamento de efluentes. A sua eliminação nas estações de depuração das águas torna-se muito cara, sublinhou a Comissão Europeia. No entanto, a medida isenta os detergentes para lavar a loiça e aqueles usados por profissionais.
“Quando chegam aos rios, aos lagos e aos mares, os fosfatos produzem fortes concentrações de algas que consomem muito oxigénio e eliminam rapidamente todos os organismos vivos”, disse Sergey Moroz, da organização WWF. O fenómeno afecta especialmente grandes zonas doBáltico e do Mar Negro.
A organização lembra que existem alternativas aos fosfatos, menos poluentes e sublinha que vários estados norte-americanos e vários países europeus, como a Suécia, já baniram os fosfatos dos detergentes para lavar a loiça.

Sistema Nacional de Informação sobre Ambiente permitirá aprofundar interacção com a saúde

A criação, em breve, do Sistema Nacional de Informação sobre Ambiente (SNIAmb) vai permitir avaliar de forma mais aprofundada as interacçõesentre o ambiente e a saúde humana, defendeu um dos dinamizadores do projecto.
Esta base de dados permitirá ligar mais directamente as questões ambientais à saúde, salientou o director-geral da Agência Portuguesa do Ambiente no Congresso Internacional de Saúde Ambiental, em Coimbra.
“Permite ter uma avaliação da situação, para um planeamento mais correcto”, e definição das acções, sublinhou Mário Grácio sobre o SNIAmb. Os responsáveis pretendem estabelecer um quadro de causalidade entre a exposição a determinados factores ambientes e os efeitos adversos na saúde humana, ao identificar a incidência de patologias causadas ou potenciadas por factores ambientais.
Trata-se de um projecto de partilha de informação enquadrado no PlanoNacional de Acção Ambiente e Saúde (PNAAS) 2008-2013 e que reunirá oPortal de Metadados Geográficos e Documental e o Portal de Indicadoresde Desenvolvimento Sustentável.
Na sua intervenção no congresso, Mário Grácio lembrou que “o Ambiente constitui um factor estrategicamente determinante na obtenção deganhos de saúde”. “A evidência científica tem revelado que ao melhoraras condições ambientais a que a população se encontra exposta se obtêm ganhos em saúde, designadamente ao nível da diminuição da incidência de determinadas patologias e mesmo da mortalidade”.
Contudo, no entendimento de Mário Grácio, “as interacções entre o ambiente e a saúde humana são muito complexas e difíceis de avaliar,tornando indispensável aprofundar o conhecimento nesta matéria”. Segundo o responsável, muitos dos estudos realizados têm incidido sobre os efeitos de poluentes isolados, “o que facilita a abordagem, mas tem necessariamente induzido a uma subavaliação da dimensão dos impactes sobre a saúde”.
O Congresso Internacional de Saúde Ambiental, que começou ontem e termina amanhã, resulta de uma organização conjunta dos pólos de Coimbra, Lisboa e Porto da Escola Superior de Tecnologias da Saúde (ESTES) e da Escola Superior de Saúde de Beja.
(Fonte: Lusa)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sem Biodiversidade não há Conservação da Natureza!

A Agricultura Biológica (AB) não deve ser entendida, nem como um luxo para alguns consumidores mais exigentes, nem como um capricho dos ambientalistas. Trata-se, simplesmente, de uma questão de respeito pelo Ambiente e pela Saúde Pública. Afinal, os nossos antepassados já se dedicavam à AB empiricamente, por uma questão de elementar subsistência familiar. A AB não significa banir a aplicação de produtos para estimular o crescimento e melhoramento vegetal, mas rejeitar a aplicação de quaisquer produtos químicos de síntese, ou seja, todos aqueles que fazem parte da longa e nefasta lista de herbicidas, pesticidas, fertilizantes e hormonas sintéticas que enchem os cofres da indústria química agroalimentar, mas não contribuem para uma agricultura sadia. Está comprovado cientificamente que o desenvolvimento tecnológico gerou milhares de novos produtos químicos que circulam no solo, hidrosfera, atmosfera e organismos vivos, sendo potenciadores de preocupantes doenças e disfunções ambientais.
A Quercus, sempre na defesa das boas práticas de Conservação da Natureza, promoveu no dia 17 de Outubro um Workshop sobre Biodiversidade onde vários agricultores biológicos micaelenses expuseram os seus produtos aos participantes e deram explicações técnicas sobre as suas metodologias e práticas ambientalmente seguras. Também se referiram aos imensos obstáculos que enfrentam para serem acolhidos e respeitados nos actuais mercados economicistas do “fast-food” agrícola. Destaque para a intervenção inicial da Ana Santos cuja colaboração nos contactos com outros produtores foi decisiva para o sucesso desta iniciativa.
Também usaram da palavra os proprietários dos espaços agrícolas de produção biológica “Quinta das 3 Cruzes” (Marta Tomé) e “Quinta da Torre” (Pedro Leite Pacheco).
Foi feita pelo André Sousa (LotusPharma) uma descrição e demonstração de produtos cosméticos os quais, sendo elaborados com essências naturais, não são agressores do Ambiente, e ficou a sugestão para a utilização, em substituição do detergente da máquina de lavar roupa, de uma “eco-bola” que não recorre a produtos químicos para efetuar essa limpeza.
O arquiteto André Franco, apresentou uma comunicação sobre certificação e poupança energética em edifícios, numa lógica de aproveitamento máximo das energias renováveis, combate aos desperdício e melhor gestão do orçamento familiar em termos de despesa com consumo energético no espaço doméstico.
O técnico florestal Nuno Bicudo, num apelo à manutenção da biodiversidade, explicou as principais características das espécies botânicas endémicas dos Açores e os participantes tiveram oportunidade de observar exemplares que os Serviços Florestais reproduzem em viveiro para posterior plantação em áreas selecionadas para ações de requalificação botânica, reflorestação e combate às plantas invasoras.
Saliente-se que este Workshop se iniciou com uma sessão de yoga, orientada pela professora Raquel Jorge (Espaço Yoga) porque a Quercus segue à risca a velha máxima “Corpo são em mente sã” a qual faz cada vez mais sentido nesta sociedade consumista e negligente com as boas práticas ambientais, mentais, alimentares e corporais. Uma questão de Saúde, portanto! O restaurante vegetariano “Rotas da Ilha Verde” também se associou à nossa iniciativa oferecendo aos participantes uma variedade de chás em origem e sabor. A todos agradecemos a voluntária e generosa contribuição para a melhor causa do mundo: o Ambiente! Não há biodiversidade com agressões continuadas ao habitat das espécies vegetais e animais. Cuidemos da variedade biológica para não ficarmos submetidos à ditadura das monoculturas!