segunda-feira, 24 de maio de 2010

Resíduos: faltam ecocentros e ecopontos

Fonte: DECO PROTESTE
Cidadãos estão satisfeitos com ecopontos mais próximos. Mas criticam a recolha de óleos usados e a falta de ecocentros.
Em Dezembro último, inquirimos 69 câmaras municipais e contámos com o testemunho de 5031 leitores. Objectivo: saber como são geridos e recolhidos os resíduos domésticos, conhecer as práticas dos consumidores e se estão satisfeitos com a recolha na sua localidade.
Cada habitante gerou, em média, 45,5 kg de papel, plástico, vidro e metal, em 2008. Portimão, Loures, Angra do Heroísmo, Maia e Funchal reúnem mais residentes satisfeitos com a recolha. O ecoponto é a solução mais comum e, segundo a maioria dos leitores, está a uma distância acessível. Quem vive em zonas rurais encontra ecopontos mais distantes, o que dificulta a separação.
Covilhã, Funchal e Ponta Delgada não têm recolha de óleos de fritura. Apenas num quarto dos concelhos que colaboraram toda a população é abrangida e, das 41 localidades com ecocentro, só em metade é possível entregá-los. Mais de 40% dos leitores deita o óleo no esgoto ou quintal e 21% numa garrafa no lixo. Dada a falta de soluções, três quartos dos inquiridos mostram-se insatisfeitos.
Faltam ecocentros e são precisos mais ecopontos ou criar circuitos de recolha porta-a-porta, para todos poderem separar os resíduos, sobretudo nas zonas rurais. Nas cidades, as recolhas devem ser mais frequentes ou a capacidade dos ecopontos maior. É preciso esclarecer melhor os cidadãos. Os portugueses querem participar, mas as câmaras têm de criar condições para estimular este empenho e conquistarem novos adeptos, reivindica a DECO.
No Concelho da Praia da Vitória já estão disponíveis em todas as freguesias depósitos de recolha de óleos usados. Aguardamos com expectativa por esta iniciativa nos concelhos de São Miguel.

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