quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mudam-se os tempos, adaptam-se as vontades

Se para todos nós o acto de pegar numa caneta e escrever é uma coisa banal, pouco ou nada nos lembramos que a história nem sempre foi assim. Se nos debruçarmos sobre o tema, lembramo-nos que há muitos anos atrás, a escrita era dificultada pela pena com que se escrevia. Uma pena verdadeira (a maioria das vezes com penas de pato), que se mergulhava em tinta preta de carvão. A parte do meio da pena (formava uma pequena oca tipo palhinha), absorvia a tinta que era largada quando se escrevia. Naturalmente que a escrita era pausada pois o perigo de borrar uma carta ou um documento era muito.Pouco tempo depois, as penas de aves foram substituídas por penas metálicas, mas a necessidade de mergulhar a pena no pequeno frasquinho de tinta permanecia. As folhas tinham obrigatoriamente de ser feitas de mata-borrão de forma a absorver bem a tinta e secá-la rapidamente.Como a necessidade faz o engenho, um jornalista húngaro (László Bíró), decidiu criar uma caneta diferente, quando visitou a tipografia de um jornal. Reparou então que a tinta impressa no jornal era diferente da chamada tinta da Índia, pois secava e não borrava, achou que poderia utilizar uma tinta diferente.Depois de desenhar um projecto e de trabalhar na sua invenção deparou-se com um problema. A tinta espessa entupia a caneta. Para alterar esta situação László inventou uma pequena esfera de metal que rolava na extremidade do tubo que servia de depósito á tinta de secagem rápida.Em 1938, László e o seu irmão, dirigiram-se a Paris e patentearam no Departamento Europeu de Patentes a sua invenção. Assim, surgiram no mercado, os primeiros modelos das canetas Biro.Na mesma altura, a Força Aérea Real do governo Britânico, debatia-se com o problema das canetas na altura dos voos. Os tinteiros das canetas vazavam devido á pressão do ar. Assim, o governo Britânico comprou os direitos da caneta patenteada por Biro. O sucesso foi inevitável e as canetas Biro foram extraordinariamente utilizadas durante a Segunda Guerra Mundial.Na América, as canetas produzidas segundo as regras de Biro eram demasiado caras para ser utilizadas pelo comum escritor, pelo que em 1945, deu-se uma outra reviravolta comercial no mundo das canetas.
Marcel Bich desenvolveu um processo industrial que reduzia significativamente (em 90%) o custo das canetas. As canetas lançadas na Europa adquiriram o nome Bic, a abreviatura do nome do seu autor.Devido aos lançamentos publicitários e à fantástica divulgação das canetas Bic, os valores de comercialização voltaram a baixar e o resto da história já todos conhecemos.
De escrita fina ou de bico normal, as Bic são mundialmente conhecidas, ma snem por isso a empresa se deixou ficar à sombra do sucesso, mostrando a sua preocupação em adaptar-se aos novos desafios globais. Assim a Bic lançou a linha "Ecolutions", em que as partes plásticas das canetas são obtidas através da reciclagem de embalagens.
Clique aqui, e saiba tudo sobre as canetas Bic, amigas do ambiente.
Fonte: Wikipédia

Sem comentários: