quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ano Internacional das Florestas arranca hoje oficialmente

O Ano Internacional das Florestas arranca hoje oficialmente, sendo as iniciativas portuguesas conhecidas à tarde em Proença-a-Nova sobre o lema "A Floresta é de todos, para todos", em simultâneo com a divulgação do programa da ONU, em Nova Iorque. Com o objetivo de promover a conservação das florestas em todo o mundo e sensibilizar a população para o seu papel no desenvolvimento sustentável, as Nações Unidas escolheram 2011 para o Ano Internacional das Florestas. Em Portugal, será a Comissão Nacional da UNESCO a dinamizar a comemoração, em articulação com a Secretaria de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural. Do programa de atividades nacional fazem parte colóquios, conferências, concursos, ações de florestação e reflorestação e de promoção das florestas, havendo o envolvimento de vários Ministérios, da Educação à Ciência e Tecnologia. Durante a apresentação do Ano Internacional será ainda divulgado o site dedicado à iniciativa.
A floresta é o terceiro setor exportadr português, segundo o Governo. Pasta de papel e eucalipto, cortiça e pinho são as fileiras florestais que têm registado maior crescimento nos últimos tempos. Mas as florestas são também "essenciais para o desenvolvimento rural e combate à desertificação, para o ciclo hidrológico, devido à capacidade de retenção e de depuração, e para o sequestro de carbono", considerou o secretário de Estado das Florestas, Rui Barreiro, em declarações à Lusa."Todos nós, enquanto contribuintes e cidadãos, estamos a afetar meios financeiros para a floresta, é legítimo que a consideremos nossa, mas também usufruímos dos bens públicos que a floresta produz, não só em termos de paisagem e de biodiversidade", acrescentou. Na Comissão Executiva do evento estão entidades como o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), a Associação Nacional de Municípios Portugueses e associações ambientalistas. Segundo o 5º Inventário Florestal Nacional, publicado em setembro passado, a floresta ocupava 3.458.557 hectares e os matos 1.926.630 hectares, o que corresponde a 39% e 22% do solo nacional, respetivamente. O pinheiro bravo é a espécie mais frequente, com 27%, seguida do sobreiro e do eucalipto, ambos com 23% da área florestal. O sector gera 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e assegura a manutenção de 260 mil postos de trabalho.
A Quercus - ACN relembra que faltam medidas concretas para uma gestão sustentável das florestas.
Fonte: Lusa

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