sábado, 20 de novembro de 2010

Os mais e menos "verdes" na contenção da iluminação de Natal

Desde Outubro que autarquias e entidades públicas estão a ser confrontadas com um apelo para suspenderem a iluminação de Natal "em tempo de crise económica e ecológica".
Neste contexto, a maioria das autarquias decidiu apagar a iluminação de Natal e as que não o fazem vão reduzir substancialmente o investimento. De norte a sul do País e mesmo no Arquipélago dos Açores, este promete ser um Natal menos colorido.
Em Outubro, começaram a circular "na Internet" os primeiros "apelos para uma redução da iluminação de Natal", contou ao DN o Presidente da Câmara de Viseu. Fernando Ruas concorda com a iniciativa e reduziu "um terço" os gastos com a iluminação de Natal. Na urbe que ostenta o título de "cidade Natal" a iluminação "vai incidir no espaço público mais vivido por todos e menos nas áreas de comércio", acrescentou o autarca, que prometeu, ainda assim, "aumentar a despesa com os cabazes de Natal para os mais desfavorecidos".
Mais radical vai ser o município de Tondela, onde "não haverá qualquer iluminação de Natal", garantiu Carlos Marta, Presidente da Câmara. Na mesma linha política, Jorge Rita, autarca do Corvo, considera que o gasto com as iluminações é "desnecessário",salientando que este ano apenas vai enfeitar uma árvore no exterior dos Paços do Concelho e promover uma festa de Natal onde vai oferecer presentes a "todas as crianças da ilha até aos 16 anos".
Em Santa Comba Dão a crise ditou "medidas rigorosas de contenção" e o Natal será apagado e "substituído por um lanche com os funcionários", como em Mangualde, promessa que foi anunciada logo em Janeiro.
Na Praia da Vitória, na Terceira, os custos com a iluminação vão ser reduzidos entre 10 a 15%. Na cidade da Horta, a prioridade é "cortar tudo o que é supérfluo devido ao actual contexto de contenção", afirmou o presidente da câmara, João Castro, que garantiu que o investimento no material de iluminação é zero. A ideia é reciclar: "vamos usar o que estiver em condições, o que implicará a redução das áreas iluminadas e menos lâmpadas”, frisou, e na, na passagem do ano não haverá o tradicional fogo de artifício, "onde eram gastos 30 mil euros”.
Em Ponta Delgada, a maior autarquia dos Açores "vai gastar 400 mil euros com as iluminações de Natal”, valor idêntico ao do ano passado, já que a adjudicação foi feita por dois anos". Nesta cidade, as iluminações vão abranger mais de 40 ruas do centro entre o final da segunda semana de Novembro e o Dia de Reis, que serão acompanhadas por um programa de animação da cidade que contará com 45 eventos alusivos à quadra. O tradicional fogo-de-artifício no Ano Novo será reduzido de 15 para 5 minutos, mantendo a igualmente tradicional animação de fim de ano nas Portas da Cidade, com as actuações de grupos musicais. Esta autarquia contrasta com a da Lagoa, que este ano não terá iluminação de Natal, “evitável em tempo de crise”, segundo o responsável pelo Município.
(Fonte: DN/Sapo; AO; Correio dos Açores)

1 comentário:

Ana Monteiro disse...

E para quando iluminações de Natal recorrendo a tecnologias verdes? Energia solar? Eólica no Corvo?