Com o 25 de Abril ganhamos muito mais do que a liberdade. É a partir desta data que se institucionaliza a política ambiental do país graças à nova Constituição, aprovada em 1976. Considerada pioneira a nível mundial, esta reconhecia o direito ao ambiente e qualidade de vida como um dos direitos fundamentais do cidadão português. No seu artigo 66º, a Constituição estipula que «todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender» e que «incumbe ao Estado, por meio de organismos próprios e por apelo a iniciativas populares», assegurá-lo.
Ao dar às pessoas a liberdade de expressão, o acesso à informação e aos diferentes meios de comunicação, o 25 de Abril permitiu despertar consciências, também para os problemas do ambiente.
Antes desta data, a sensibilidade ambiental passava apenas por uma pequena minoria da população mais informada e era um assunto marginal comparado com a repressão que dominava o país.
Trinta e seis anos depois do dia que mudou o país, muito já foi feito, mas nunca foi tão urgente fazer mais. Precisamos de novos Capitães que façam a Revolução Verde.
À pergunta, tantas vezes caricaturada, "onde estava no 25 de Abril", as respostas são inúmeras e variadas, mas espero que à pergunta "onde estava na revolução verde" a resposta seja unânime: ESTÁVAMOS TODOS LÁ.
Por isso aproveite a inspiração das cores da bandeira que são as mesmas dos cravos e do ambiente e começe já hoje a ser um Capitão.
O Ambiente, em Portugal espera por si, e nós também.
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