O Centro de Recuperação de Aves Selvagens foi ontem inaugurado na ilha do Corvo, considerada local privilegiado para observar aves marinhas. Trata-se de uma estrutura pioneira no arquipélago e de grande importância para a preservação das espécies.
O Presidente do Governo Regional aproveitou a ocasião para anunciar para breve a edição da “primeira lista abrangente das espécies dos Açores”, com milhares de espécies que demonstram a “riqueza” do arquipélago.“Para valorizar o ambiente, é necessário dá-lo a conhecer”, defendeu, destacando o projeto Sentir e Interpretar o Ambiente dos Açores Através de Recursos Auxiliares de Multimédia (SIARAM), disponível na Internet, que permite encontrar fotografias, vídeos, sons e depoimentos de especialistas sobre as características ambientais do arquipélago. Carlos César recordou que os Açores são um dos 10 melhores destinos mundiais para observação de cetáceos, mas também o sucesso do projeto que permitiu retirar o priolo (pequena ave que apenas existe no nordeste de S. Miguel) da lista de espécies criticamente ameaçadas de extinção. Para o presidente do executivo açoriano, esta é uma aposta que pode resultar num aumento das receitas baseadas no turismo da natureza, um dos principais motivos de atração dos Açores. Em declarações à Lusa, o Secretário Regional do Ambiente, Álamo Meneses, salientou que o centro ontem inaugurado, além de permitir o tratamento das aves, serve também como local de “transição entre o cativeiro e a liberdade”. Segundo Álamo Meneses, chegam anualmente ao Corvo e às Flores, as duas ilhas do Grupo Ocidental dos Açores, “milhares de aves, das quais algumas dezenas necessitam de apoio”.O primeiro ocupante do Centro de Recuperação de Aves Selvagens é um milhafre, que vivia em cativeiro no Faial e está agora a ser preparado para regressar à liberdade.
(Fonte: GaCs)
Sem comentários:
Enviar um comentário