quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O Verão é sol, é praia, férias e... incêndios.

Mais um Verão em que acendemos o televisor e nos chegam as terríveis imagens dos combates aos incêndios que ano, após ano devastam o património florestal português. Que obrigam famílias a abandonar as suas casas e propriedades. Que transformam solo fértil em chão queimado. O fogo que a cada ano ceifa vidas de heróicos bombeiros. E começamos a assistir a estas notícias com uma "relativa" normalidade. Como se fizesse parte do Verão. Como se fizesse parte de um país de clima seco.
Talvez por termos o privilégio de viver numa região com um índice de humidade bastante elevado e por ainda escaparmos, ao contrário da vizinha Região Autónoma da Madeira, a esta catástrofe, não conseguimos olhar para um país em chamas com uma relativa "normalidade".
É com profunda tristeza que assistimos à perda de importantes zonas de floresta e respectivos ecossistemas. É com alguma indignação que assistimos a um país que gasta muito mais no combate às chamas do que em prevenção florestal.
Para reflectir, um excelente artigo de Henrique Pereira dos Santos.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dia Mundial do Ambiente


O Dia Mundial do Meio Ambiente é um evento anual que tem como objectivo ser o maior e mais comemorado dia de acções positivas pelo meio Ambiente.
Dia Mundial do Meio Ambiente começou a ser celebrado em 1972, no dia da abertura da Conferência de Estocolmo, e tornou-se um dos principais veículos das Nações Unidas para estimular a consciência global sobre meio ambiente e encorajar iniciativas.
Actualmente é o principal meio usado pelas ONU para estimular a sensibilização mundial pelo meio ambiente e incentivar acções políticas. Neste contexto, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) procura sensibilizar os cidadãos sobre os problemas do meio ambiente e fazer com que todos percebam a sua responsabilidade e também o seu potencial em tornar-se agentes da mudança para um desenvolvimento sustentável, justo e igualitário.

Pensar.Comer.Conservar
Este ano, o Dia Mundial do Meio Ambiente reforça o tema da campanha “Pensar.Comer.Conservar – Diga Não ao Desperdício”, que visa diminuir a enorme quantidade de alimentos próprios para o consumo que é desperdiçada por consumidores e comerciantes.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), parceira do PNUMA na campanha, informa que 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos que são produzidos anualmente nunca são consumidos. Este número equivale à quantidade total de alimentos produzidos na África Subsaariana no mesmo período.
Esta questão torna-se mais premente se tivermos em conta que uma em cada sete pessoas no mundo passa fome e mais de 20 mil crianças com menos de 5 anos morrem todos os dias por conta de desnutrição.
Dado esse enorme desequilíbrio e seus efeitos devastantes no meio ambiente, Pensar.Comer.Conservar incentiva as pessoas a pensar no impacto ambiental das suas escolhas relativas à alimentação.
Enquanto o planeta luta para garantir recursos para sustentar uma população de 7 mil milhões de pessoas - que deve chegar a 9 mil milhões até 2050 – a FAO estima que um terço da produção de comida é perdida. O desperdício de alimentos é um enorme consumidor de recursos naturais e responsável por impactos negativos no meio ambiente.
Se a comida não é consumida, isso significa que todos os recursos usados na sua produção também são perdidos. Por exemplo, são necessários mil litros de água para produzir um litro de leite, e cada hambúrguer consome 16 mil litros de água por meio de ração para o gado. E gases estufas são emitidos ao longo em toda a cadeia de produção.
A produção global de alimentos ocupa 25% das terras habitáveis e é responsável por 70% do consumo de água potável, 80% da desflorestação e 30% das emissões de gases de estufa.
O Dia Mundial do Meio Ambiente serve também para convidar os cidadãos a agir dentro da sua comunidade e perceber o poder das decisões colectivas para reduzir o desperdício, economizar recursos, minimizar o impacto ambiental e forçar mudanças nos processos de produção de alimentos para torná-los mais eficientes.
Assim, a sua iniciativa reveste-se de grande importância como parte do esforço global para um mundo mais limpo e mais verde para si e para as gerações futuras.
Organize a limpeza comunitária de um espaço público ou até na sua vizinhança, reduza o uso de sacos de plástico, recicle mais e faça a separação adequada dos resíduos, combata o desperdício de alimentos e de água potável, denuncie atentados ambientais, procure formas alternativas de transporte… Tudo isso conta! Adopte um estilo de vida ECO, partilhe a sua paixão pelo ambiente e a ajude a preservar a natureza dos Açores.

Celebre o Dia Mundial do Ambiente e dia a dia, pense verde todo o ano!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Esta Reserva da Biosfera não é para turfeiras

O tapete de Sphagnum spp, vulgo musgão, que se encontrava num talude da estrada dos Ferros Velhos, luta pela vida após ter sido violentamente atacado pelos Serviços Florestais da Ilha das Flores que é Reserva da Biosfera.
Motivo? Aparentemente estavam a mais depois de tantos anos de existência.
Os Serviços Florestais decidiram”limpar" as turfeiras, apesar da lei que proíbe a sua extracção. Temos pena.
Haverá os que concordam conosco. E haverá os que discordam. Haverá, ainda, os que se estão perfeitamente nas tintas porque preocupações são coisas do povo e eles não são nada disso.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Indignem-se!

"Indignez-vous!" (2010) é o título de um pequeno grande livro, da autoria de Stéphane Hessel, um dos raros homens que ainda se dignam a pensar nas questões que são realmente importantes.
O autor participou da elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos e considera que a îndignação é a melhor forma de resistência.
‎"Ousam dizer-nos que o Estado não pode mais garantir os custos dos direitos dos cidadãos. Mas como pode faltar hoje dinheiro para manter e prolongar essas conquistas, enquanto a produção de riquezas aumentou consideravelmente desde a Liber...tação, período em que a Europa estava arruinada? Simplesmente porque o poder do dinheiro, como foi combatido pela Resistência, nunca foi tão grande, insolente, egoísta, com seus próprios servidores até as mais altas esferas do Estado.” (Stéphane Hessel)
São apenas 20 páginas de leitura indispensável nos dias que correm.

A ascenção da ecologia

Passou novamente ontem à noite, na RTP2 o excelente documentário "A Ascensão da Ecologia", de Virginie Linhart e Alice Le Roy, com realização de Virginie Linhart.
Para quem não teve oportunidade de ver, fica aqui a sugestão dos vídeos disponibilizados pelo youtube:
Parte I
Parte II
Parte III
Parte IV
Perte V
Parte VI

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Governo declara "guerra" às plantas invasoras

O Director Regional do Ambiente assegurou hoje, na Horta, que as plantas invasoras “são uma das principais razões da perda da biodiversidade”. Por essa razão, adiantou João Bettencourt, o Governo dos Açores investiu nos últimos anos cerca de dois milhões de euros no âmbito do Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies de Flora Invasora em Áreas Sensíveis (PRECEFIAS). Segundo explicou na abertura do XI Simpósio da Associação Ibero-Macaronésica de Jardins Botânicos, esta “guerra” à flora invasora abrangeu em 21 espécies exóticas em 24 áreas protegidas, com cerca de 650 hectares. Para o Director Regional do Ambiente, é imperioso preservar a enorme riqueza biológica do arquipélago, razão pela qual devemos adoptar medidas “que previnam a sobre exploração dos recursos biológicos, a difusão de espécies invasoras e a poluição do ambiente natural e dos habitats”. “Toda a pressão exercida sobre o nosso ecossistema carece de acções vigorosas de combate às piores espécies exóticas e recuperação dos habitats naturais, sob pena de se perder um património insubstituível”, argumentou João Bettencourt. O Director Regional do Ambiente aproveitou também a ocasião para destacar os principais investimentos realizados nos últimos anos no Jardim Botânico do Faial, que celebra hoje 25 anos de existência. A criação de um banco de sementes em 2003, permitindo conservar as espécies de plantas mais raras dos Açores, a construção do centro de visitantes em 2007, dotando aquele espaço de um herbário, auditório, biblioteca e sala de exposições, e a construção de um orquidário em 2010 foram algumas das iniciativas referenciadas. Conforme adiantou João Bettencourt, o culminar destes investimentos concretizou-se em Maio deste ano, com a inauguração da obra de ampliação e reestruturação do Jardim Botânico, “dotando-o de uma maior capacidade de recepção ao público, aumentando a sua qualidade paisagística e valorizando a sua colecção botânica.” Por força destas obras, foi também criada uma nova área “onde estão representadas as herbáceas endémicas açorianas e respectivos habitats, aumentando desta forma a conservação ex-situ de espécies raras dos Açores”. “Todas estas acções têm como objectivo último a conservação da biodiversidade açoriana”, bem como “melhorar a qualidade no atendimento” do Jardim Botânico do Faial, que em 2010 contou com quase 9.000 visitantes, acrescentou João Bettencourt. Dedicado ao tema “Contributo dos Jardins Botânicos na recuperação de paisagens degradadas por espécies invasoras”, este simpósio internacional prolonga-se até domingo, incluindo um passeio pelo Parque Natural do Faial (dia 18) e uma saída de campo à ilha de São Jorge (dia 19). Os três dias de conferências, que decorrem no auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, serão dedicados às temáticas da conservação e investigação (dia 15), educação e sensibilização ambientais (dia 16) e gestão de colecções (dia 17).
Fonte: GaCS/FG

Contribua para finais felizes.

terça-feira, 14 de junho de 2011

O Desenvolvimento Sustentável e o Greenwashing, por Aline Delgado

Greenwashing é um termo em língua inglesa usado quando uma empresa, organismo público, organização não governamental (ONG), ou qualquer outra entidade, divulga ou promove práticas ambientais positivas quando a quase totalidade da sua actuação é claramente contrária aos interesses ambientais e ao desenvolvimento sustentável. Trata-se do uso de ideias ambientais para a construção de uma imagem pública positiva de "amigo do ambiente" que, porém e infelizmente, não é condizente com a real gestão, negativa ecausadora de degradação ambiental. O greenwashing tem sido uma prática degestão (nociva, claro) muito adoptada. Numa fase em que o ambiente está na"moda" somos bombardeados com exemplos de "bens ambientais" que me deixam na dúvida: ter que me fazer sócia de um ginásio e de lá consumir determinados produtos, para poder ajudar na reflorestação é, na verdade uma mais valia ambiental? O que são os "Biocombustíveis", que ocupam solo, quando o solo é um bem escasso ao nível nacional e planetário e indispensável para a alimentação humana?
Um facto é, que frequentemente, vemos cada vez mais empresas (as mais ricas) a investir em iniciativas ambientais para encobrir, na verdade, danos ambientais. Até na política se pratica greenwashing para seduzir eleitores e determinar os rumos da economia. Mas, ainda o que mais me choca,é o assistir a Organizações Não Governamentais de Ambiente (ONGA), a praticar greenwashing, como forma de captação de recursos públicos ou privados. São ONGA que proclamam o bem ambiental acima de tudo, mas que financiam as suas actividades, com dinheiros vindos de empresas ou outras entidades absolutamente poluidoras no que se refere ao ambiente. Ficando estas, de imagem lavada - greenwashing. Aproveitam assim a "onda ambiental" - pela necessidade de todos nos responsabilizarmos por um desenvolvimento mais sustentável - para, passarem a ser "verdes", beneficiando da imagem muito positiva que as ONGA ainda têm na opinião pública.
Fica outra questão: serão estes financiamentos aplicados no bem ambiental? Ou serão posteriormente desviados para aplicação em actividades ou empreendimentos causadores de degradação ambiental?
Urge combater esta praga que pretende macular os verdadeiros propósitos ambientalistas do desenvolvimento sustentável. É necessário que haja verdadeira compreensão, principalmente por cidadãos e órgãos fiscalizadores(através de uma certificação credível), do que são, de facto, entidades e práticas que contribuem para o bem ambiental. Importante é identificar o que é desenvolvimento sustentável, advindo do Relatório de Brundtland em1987.
Sou uma entusiasta do bem ambiental como meio de crescimento. O importante todavia, é que tal crescimento se dê sob a óptica do desenvolvimento sustentável. Abrir os olhos para os males causados pelo greenwashing é´um passo importante para consagrarmos a adequada utilização dos recursos ambientais. O Planeta Terra não merece mera camuflagem. O bem ambiental praticado com ética e responsabilidade deverá, esse sim, ser uma bandeira levantada por empresas, organismos do Estado, ONGA e outras entidades, sob forma de trazer os verdadeiros benefícios ambientais, sociais e económicos.
Aline Delgado, Arquitecta especialista em Construção Sustentável, in Jornal "Público" - 18 de Maio de 2011

Curso de agricultura biológica em Agosto

Os Serviços de Desenvolvimento Agrário de S. Miguel vão realizar um curso de agricultura biológica em Agosto. O curso terá aproximadamente 100 horas e o horário ainda não está definido mas será gratuito.

Quem estiver interessado tem que se dirigir ao Serviço de Desenvolvimento Agrário de São Miguel, na Rua de São Gonçalo (em frente aos portões de cima da Universidade dos Açores), até ao final deste mês.

Deverá levar o B.I e Curriculum Vitae.

Para que o curso se possa realizar tem que ter no mínimo 15 pessoas inscritas.

Para mais informações contactar o número 296204300

Divulgação Voluntaria​do Ambiental 2011 da Gê-Questa

Encontram-se abertas as inscrições para a 2ª Edição do Voluntariado Ambiental nos Açores que será realizado de 8 à 23 de Julho de 2011 na Ilha Terceira.
Quem é a Gê-Questa? A Gê-Questa é uma Associação de Defesa do Ambiente dos Açores. A sua sede está no Forte Grande de São Mateus, na Ilha Terceira, local privilegiado entre muralhas ao lado do mar. Desenvolve trabalhos de protecção, valorização e defesa do ambiente desde 1996. Quem pode participar no voluntariado? Qualquer pessoa desde que seja maior de idade pode participar no Voluntariado ambiental. É preciso trazer boa disposição e vontade de partilhar e criar alternativas. O número máximo de participantes é de 10 pessoas. Tenho de pagar alguma quantia? Para participar deverás pagar a tua passagem até a Ilha Terceira, Açores, assim como uma caução de 30 euros que assegurará a tua vaga e será devolvida após a tua participação. A alimentação, estadia, transporte dentro da ilha, seguro pessoal de acidentes e os materiais são por nossa conta. Que trabalhos poderei fazer? A ideia é criar uma equipa de trabalho, donde todos participem na toma de decisões para a actuação. Assim conseguimos que todos percebam porque estamos a realizar as actividades e se impliquem na realização das mesmas tal como um sócio activo da associação.Nós pomos o fio condutor e orientamos os trabalhos, vocês põem os vossos conhecimentos e experiência para criar actividades mais ricas e completas. Entre todos criamos uma experiência única! Os temas de trabalho propostos são os seguintes: -Apoio ao funcionamento da associação, tais como melhoria do Forte, sensibilização e educação ambiental, recolha de assinaturas, etc. -Controlo de flora invasora no Parque Natural -Recolha de resíduos em espaços naturais -Apoio à investigação -Apoio à agricultura biológica -Apoio à melhoria de trilhos pedestres Como faço a minha inscrição? Deves enviar um e-mail para gequesta@gmail.com com o formulário de inscrição correctamente preenchido, confirmaremos se poderás participar no máximo de três dias úteis. No caso de seres seleccionado proporcionaremos o número de conta e terás mais três dias úteis para depositar a caução e assegurar assim a tua vaga.
Para mais informações vá a: http://ge-questa.blogspot.com/