segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Governo contratual​iza elaboração do Inventário do Património Baleeiro dos Açores

A Presidência do Governo, através da Direcção Regional da Cultura, contratualizou com o Observatório do Mar dos Açores (OMA) a elaboração do Inventário do Património Baleeiro dos Açores. Com sede da Fábrica da Baleia de Porto Pim, na Horta, o OMA é uma associação técnica, científica e cultural, sem fins lucrativos, que foi criada em 2002 por 23 sócios fundadores ligados ao Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores. Nos termos de um contrato de cooperação técnica e financeira hoje publicado em Jornal Oficial, o Governo compromete-se a atribuir ao OMA um subsídio de 29.000 euros pelo fornecimento do Inventário do Património Baleeiro dos Açores, bem como pela cedência dos direitos de autor desse levantamento. Em contrapartida, o OMA fornecerá o Inventário do Património Baleeiro Imóvel dos Açores, “constituído por uma base de dados e um banco de imagens, construído sobre programa informático Acess cujos campos, sistema de navegação e layout serão previamente aprovados pela Direcção Regional da Cultura”. A inventariação contratualizada deverá abranger varadouros, rampas de varagem/alagem de cachalotes, pátios de desmancho e esquartejamento de cachalotes, casas de botes, áreas de derretimento de “baleias” a fogo directo, fábricas de processamento de cachalotes, vigias de baleia e vestígios arqueológicos de locais de encalhamento de cachalotes nos portos e estações baleeiras artesanais. De todos os bens imóveis e sítios inventariados deverão constar, entre outros elementos de identificação, a localização e mapeação, proposta de datação/contexto temporal de edificação, caracterização do seu contexto histórico, descrição, referências bibliográficas e imagens.
Fonte: GaCS

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Zmar Eco Campo Resort vence prémio de sustentabilidade ambiental do Turismo de Portugal

A sustentabilidade ambiental foi uma das categorias premiadas na sexta edição dos Prémios Turismo Portugal, que se realizou na BTL, no passado dia 24.
O vencedor foi o Zmar Eco Campo Resort & SPA, situado em Odemira, sudoeste alentejano. Este projecto foi distinguido pela sua concepção ecológica e actividades e serviços diferenciadores, que “reforçam a oferta de alojamento de qualidade do Alentejo Litoral e junto ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina”.
Além dos projectos vencedores, a sexta edição dos Prémios Turismo de Portugal atribuiu ainda 11 menções honrosas, destacando empreendimentos turísticos, equipamentos culturais, eventos de animação, monumentos e espaços públicos. Ao todo, participaram 147 projectos de todo o País.
Os distinguidos foram escolhidos por um júri liderado por Guilherme d’Oliveira Martins.
As memórias descritivas e as imagens de cada projecto finalista estão disponíveis no site do Turismo de Portugal.

Agricultores da UE abandonam milho geneticamente modificado mas a superfície do planeta tem cada vez mais trangénicos

A organização ambientalista Greenpeace indicou esta terça-feira que os mais recentes dados sobre milho geneticamente modificado na Europa revelam que os agricultores estão a abandonar este cultivo, em declínio em vários países, incluindo Portugal. Numa nota divulgada em Bruxelas, a Greenpeace revela que os dados oficiais da União Europeia mostram que o cultivo de milho geneticamente modificado caiu 13 por cento no conjunto da União Europeia entre 2009 e 2010, de 94 mil para 82 mil hectares. Em Portugal, a queda foi mais ligeira, de 4,4 por cento (de 5.094 para 4.868 hectares), mas na Roménia, por exemplo, registou-se um recuo de 75 por cento, enquanto em Espanha o cultivo caiu 10 por cento, mas neste caso significando uma queda de cerca de 10.000 hectares (de 76 mil para 67 mil). Para Stefanie Hundsdorfer, estes dados mostram que o milho geneticamente modificado «está a falhar nos campos de cultivo e no mercado» e isto porque «os agricultores e os consumidores não estão a cair da propaganda da indústria de biotecnologia».
Apesar do otimismo da Greenpeace, segundo o relatório anual da organização internacional ISAAA (International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications), a superfície do planeta cultivada com transgénicos aumentou dez por cento no ano passado, atingindo os 148 milhões de hectares. Entre 2009 e 2010 foram plantados mais 14 milhões de hectares de OGM (organismos geneticamente modificados), correspondendo a dez por cento. “Este é o segundo maior aumento anual de sempre”, referiu em comunicado Clive James, autor do citado relatório. Os Estados Unidos surgem como o país com maior superfície cultivada com transgénicos, com 66,8 milhões de hectares. Em segundo lugar aparece o Brasil (25,4 milhões) e depois a Argentina (22,9 milhões). A lista é composta ainda pela Índia (9,4 milhões), Canadá (8,8 milhões), China (3,5 milhões), Paraguai (2,6 milhões), Paquistão (2,4 milhões), África do Sul (2,2 milhões) e Uruguai (1,1 milhões).
Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil registou o maior aumento anual, acrescentando quatro milhões de hectares durante 2010, ou seja, um aumento de 19 por cento.
James salientou que “os países em desenvolvimento aumentaram em 48 por cento as suas plantações OGM em 2010 e vão ultrapassar em área as nações industrializadas até 2015”. A União Europeia contraria a tendência de subida, com uma quebra ligeira no cultivo de transgénicos.
Dos 15,4 milhões de agricultores de 29 países que, no ano passado, recorreram a esta tecnologia – para promover a resistência a doenças e a tolerância aos herbicidas -, 14,4 milhões são pequenos agricultores, especialmente na China e Índia.
Fonte: Diário Digital e Público

Governo conclui proposta para Lei de Bases do Ambiente

O Comunicado do Conselho de Ministros do passado dia 25 dá conta da aprovação da Proposta de Lei que estabelece as bases da política de ambiente. O Comunicado refere o seguinte: «Esta Proposta de Lei, a submeter à Assembleia da República, estabelece as bases da política de ambiente, revogando a anterior Lei de Bases do Ambiente, aprovada pela Lei n.º 11/87, de 7 de Abril. Esta proposta de Lei aprova inovações na política do ambiente, nomeadamente através da introdução de novos princípios de direito do ambiente. Assim, em primeiro lugar, destaca-se a introdução do objectivo geral da sustentabilidade, a autonomização do princípio da precaução face ao princípio da prevenção e a consagração do princípio da integração, ou seja, o princípio de acordo com o qual a política pública de ambiente, dada a sua transversalidade, deve ser considerada na prossecução das restantes políticas públicas. Em segundo lugar, são reformuladas as componentes ambientais da política de ambiente, autonomizando-se o Mar e abandonado o componente Luz, procedendo-se, ainda, ao abandono do conceito de «componentes humanas», que é substituído pelo conceito de ameaças às componentes ambientais. Introduzem-se ainda novos conceitos, como os de alterações climáticas, sobre-exploração de recursos e perda de biodiversidade. Em terceiro lugar, são delimitadas as fronteiras entre a política do ambiente e as restantes políticas públicas, em especial em relação à política de ordenamento do território e urbanismo e à política do património cultural, bem como outras políticas sectoriais relevantes. Em quarto lugar, é destacada a influência crescente do Direito da União Europeia e do Direito Internacional na área do ambiente. Finalmente, são consagrados novos instrumentos da política de ambiente, como os instrumentos económicos e financeiros, os mecanismos de responsabilidade ambiental, a resposta a situações de passivos ambientais e de emergência ambiental».
O texto integral do Comunicado do Conselho de Ministros pode ser consultado aqui.

Pacheco Torgal e Said Jalali preparam livro sobre eco-eficiência do betão

Os professores universitários Fernando Pacheco Torgal e Said Jalali, da Universidade do Minho, estão a preparar a edição de um livro internacional sobre a eco-eficiência do betão. Num e-mail enviado à redacção do Green Savers, Fernando Pacheco Torgal avançou que o livro chamar-se-á “Eco-efficient concrete”, terá 19 capítulos e vai envolver investigadores de mais de 10 países.O livro será publicado pela britânica WoodHead Publishing e o seu conteúdo vai abranger a análise do ciclo de vida do betão, os impactos ambientais do cimento Portland, a substituição parcial de cimento por vários subprodutos e resíduos, a substituição de agregados naturais por resíduos e os novos cimentos. A obra vai ainda abordar de que forma a nanotecnologia pode contribuir para a eco-eficiência do betão.Recorde dois outros livros publicados pelos autores: “Toxicity of building materials” e “Sustentabilidade dos materiais de construção”.“O conceito de eco-eficiência foi apresentado pela primeira vez, em 1991, pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), e compreende o desenvolvimento de produtos e serviços, com preços competitivos, que satisfazem as necessidades da espécie humana com qualidade de vida, enquanto progressivamente reduzem o seu impacto ecológico e o consumo de matérias-primas ao longo do seu ciclo de vida, até um nível compatível com a capacidade do Planeta”, revela Pacheco Torgal. O betão é o material mais consumido na Terra, sendo utilizado na execução de estruturas de edifícios, pontes, viadutos, barragens e ainda em produtos vários, representando quase 10 mil milhões de toneladas anuais. O seu constituinte mais poluente é o cimento Portland, que representa quase 80% das emissões de dióxido carbono do betão. Durante a produção de uma tonelada de clínquer de cimento Portland, produzem-se quase uma tonelada de CO2.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Região concorre à Carta Europeia de Turismo Sustentável em Áreas Protegidas

O Parque Natural da Ilha de S. Miguel, que compreende os concelhos de Nordeste e Povoação, vai candidatar-se à Carta Europeia de Turismo Sustentável em Áreas Protegidas (CETS). O anúncio foi feito esta manhã, em conferência de imprensa, pelo Director Regional do Ambiente, João Bettencourt, salientando que este galardão é outorgado pela EUROPARC, uma organização não-governamental sem fins lucrativos que congrega cerca de 400 associados (entre parques, administrações de ambiente, outros organismos públicos e entidades privadas), e já foi atribuído a 75 espaços protegidos dispersos por oito países europeus. Para aquele responsável governamental, o turismo sustentável é um conceito que procura conciliar os objectivos económicos do desenvolvimento turístico com a manutenção da base de recursos indispensável à sua existência. Nesse âmbito, a Região tem desenvolvido no passado recente na revisão do quadro legal que gere a Rede Regional de Áreas Protegidas, bem como a coordenação de políticas entre o ambiente, o turismo e o desenvolvimento local, permitindo antecipar as condições base para que este desafio chegue a bom porto, isto é, os Açores como um destino turístico de qualidade, em que a natureza é o seu principal recurso e pilar. Desta forma, tem sido fundamental, disse João Bettencourt, o trabalho que a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves tem desenvolvido em São Miguel, através dos projectos LIFE, em especial na Zona de Protecção Especial Pico da Vara/Ribeira do Guilherme, não só no âmbito da conservação da natureza, em particular do Priolo, como também no âmbito do desenvolvimento local e da melhor integração das valências natureza e turismo. Nesse enquadramento, a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar iniciou o processo de adesão à Carta Europeia de Turismo Sustentável, a área que integra o Parque Natural de Ilha de São Miguel que compreende os concelhos da Povoação e do Nordeste, com destaque para a Zona de Protecção Especial Pico da Vara/Ribeira do Guilherme incluindo, também, as Furnas designadas nesta candidatura por Terras do Priolo. Como objectivos a Carta Europeia de Turismo Sustentável em Áreas Protegidas visa, aumentar o reconhecimento das Áreas Protegidas da Europa, como uma parte fundamental do nosso património que deve ser preservado e desfrutado para e pelas gerações presente e vindouras; assim como, melhorar o desenvolvimento sustentável e a gestão do turismo, dentro e ao redor dos espaços protegidos, que tenham em consideração as necessidades do ambiente, das populações e empresários locais e dos visitantes. Para além de estimular produtos turísticos específicos que permitam a descoberta e o conhecimento da área, aumentar o conhecimento sobre o espaço protegido e as questões da sustentabilidade entre todos os que estão envolvidos no turismo, assegurar que o turismo suporta e não reduz a qualidade de vida das populações locais, e ainda, aumentar os benefícios do turismo para a economia local e monitorizar e influenciar os fluxos de visitantes para reduzir os seus impactos negativos, revelou o Director Regional do Ambiente. Para João Bettencourt, uma candidatura à CETS pressupõe que o espaço protegido desenvolveu, juntamente com os seus parceiros institucionais, agentes económicos e sociais, um conjunto de acções que lhe permitirão provar que a sua elaboração congregou os contributos de várias entidades ao longo das diferentes fases: Caracterização e Diagnóstico, Objectivos e Estratégia e Plano de Acção. Por isso, evidenciou o responsável governamental, a CETS é um processo de envolvimento institucional e de participação activa dos vários parceiros locais na definição do que se pretende que seja o futuro do turismo sustentável no território de implementação. Em Portugal existem cinco parques com este galardão, o Parque Nacional da Peneda Gerês e o Parque Natural da Serra de São Mamede (atribuídas em 2002) e os Parques Naturais do Alvão, Montesinho e Douro Internacional (atribuídas em 2009). Neste momento estes espaços protegidos integram duas redes de espaços com CETS, a Rede Ibérica e a Rede Europeia de Espaços Protegidos com Carta que têm um encontro anual para troca de experiências e discussão dos temas mais importantes no que diz respeito a esta temática. É de sublinhar que apenas existem dois espaços protegidos em ilhas galardoados com a CETS, o Parque Nacional de Garajonay (La Gomera/Canárias) e o Parc National de la Guadeloupe (Antilhas Francesas). No entender de João Bettencourt, uma candidatura à CETS da ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme e restantes áreas protegidas presentes nos concelhos da Povoação e Nordeste, que nesta candidatura serão denominadas Terras do Priolo, iria distinguir São Miguel como uma das primeiras ilhas da Europa a ser galardoada pelo seu empenho no desenvolvimento de um turismo sustentável.
Fonte: GaCS/DRA/LM

Parque Natural de Ilha das Flores tem as "melhores e mais bem conservadas" turfeiras do Atlântico

O Parque Natural de Ilha das Flores, cuja criação foi aprovada terça-feira na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, contém as “melhores e mais bem conservadas” turfeiras do Atlântico, afirmou Álamo Menezes, secretário regional do Ambiente.Numa intervenção no parlamento açoriano, Álamo Menezes salientou ainda a “singularidade mundial” da combinação existente naquele parque natural de turfeiras com cedro-do-mato, recordando que estas áreas “verdadeiramente preciosas” justificaram a classificação pela UNESCO como Reserva da Biosfera.O Parque Natural de Ilha das Flores abrange cerca de um terço da superfície da ilha mais ocidental do arquipélago dos Açores e integra todas as categorias de áreas protegidas por razões ambientais em terra e no mar territorial adjacente.Este parque natural, que se insere na Rede Regional de Áreas Protegidas dos Açores criada em 2007, integra as reservas naturais do Ilhéu de Maria Vaz, do Morro Alto e Pico da Sé e das Caldeiras Funda e Rasa. O monumento natural da Rocha dos Bordões e as áreas protegidas para a gestão de habitats ou espécies da Costa Nordeste, da Ponta da Caveira e da Costa Sul e Sudoeste também fazem parte deste parque natural, que ainda inclui a área de paisagem protegida da Zona Central e Falésias da Costa Oeste e a área protegida de gestão de recursos da Costa Norte.
Fonte: Lusa

domingo, 20 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Candidaturas para observador de pescas - Programa POPA

O Programa de Observação para as Pescas dos Açores (POPA) continua a monitorizar a pesca de atum nos Açores, como tem feito nos últimos 13 anos. Para além de garantir o estatuto "Dolphin safe" ao atum pescado nos Açores, o Programa continua a estruturar uma base de dados que possui já mais de 2 milhões de registos e que é utilizada por entidades governamentais, pescadores e cientistas. O trabalho dos observadores do Programa é, neste contexto, crucial. São eles que recolhem os dados, em tempo real, que mais tarde possibilitarão analisar e gerir a pescaria nas suas várias vertentes, garantindo entre outras coisas, a certificação "Dolphin safe" (mortalidade zero de cetáceos na pesca).
O POPA tem sede na Ilha do Faial e inclui um corpo de observadores, sediado na Ilha do Pico. Os candidatos deverão ter idades superiores a 18 anos e terão que embarcar, preferencialmente, durante todo o período da safra que se estende de Maio a Novembro, sendo o período mínimo de trabalho de 3 meses. Aos observadores, será dada formação na área da biologia, comportamento e identificação de espécies e segurança no mar, e terão direito a viagem (Lisboa-Horta-Lisboa), alojamento, alimentação a bordo e vencimento mensal. A página web do POPA possui informação mais detalhada que se pode revelar útil ao potencial candidato.

Data limite para inscrições - 21 Março de 2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Recolha de resíduos urbanos ultrapassou 35 mil toneladas no concelho de Ponta Delgada

A recolha de resíduos urbanos (lixo comum e biodegradáveis) no concelho de Ponta Delgada atingiu, no último ano, as 35.045,1 toneladas, sendo que deste total 3.247,4 toneladas são referentes ao mês de Dezembro. De acordo com informação da autarquia, durante 2010 foram recolhidas mais de 1500 toneladas de papel. O vidro aparece como o segundo produto na lista da recolha selectiva, com um total de 849,06 toneladas em 2010 (79,24 toneladas em Dezembro), ao que se segue o plástico/metal com 388,54 toneladas (3,86 toneladas em Dezembro). Já no que se refere aos “monstros” e equipamentos eléctricos e electrónicos, a recolha atingiu as 226,1 toneladas. Por último aparece a madeira, cuja recolha, no último ano, totalizou 216,12 toneladas.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O "Rei Ananás" está a ficar sem reino!

A Confraria do Ananás, numa iniciativa meritória, promoveu uma sessão de elucidação sobre os dias amargos do "Rei dos frutos" por terras micaelenses. Em jeito de conclusão, os confrades denunciaram a pressão imobiliária e o apetite voraz por terrenos urbanizáveis, em áreas limítrofes de Ponta Delgada, mesmo que pertençam à Reserva Agrícola, ou que contenham estufas de ananases, processo de cultivo resultante da sabedoria e do labor dos nossos antepassados. O cultivo do ananás em estufa, é um símbolo tradicional do engenho de ilustres micaelenses e de zelosos trabalhadores que daí ainda retiram os seus rendimentos. A Quercus S. Miguel, em várias ocasiões, nomeadamente em reunião com o secretário regional do Ambiente, manifestou forte preocupação e denunciou manobras pouco escrupulosas para "atapetar", de betão e asfalto, áreas agrícolas férteis e, no caso das estufas de ananases, para desmantelar esses ícones agrícolas da ilha de S. Miguel, quer no espaço nacional, quer internacional. O cultivo do ananás e os seus cultivadores merecem atenção e proteção! Não basta, Senhor Presidente do Governo Regional, aceitar ser confrade e fazer discursos enaltecedores do fruto perante a confraria! É preciso garantir que as futuras gerações possam ver reais estufas de ananases e possam comer o genuíno ananás de S. Miguel! Conservar o que é bom e raro é sempre uma exigência ética!

Cidades inteligentes estão a chegar

Num futuro não muito longínquo, as nossas casas podem vir a ter uma espécie de vida própria. Todas juntas formarão cidades inteligentes.



Como serão as cidades do futuro?
Com certeza mais inteligentes autónomas e amigas do ambiente. As nossas casas, por exemplo, podem vir a ter uma espécie de vida própria. Poderão ser produtoras de energia com capacidade suficiente para alimentar as suas necessidades e ainda carregar as baterias de um carro eléctrico, para além de injectar potência na rede nacional.
Esta gestão é possível através da microgeração, que utiliza contadores inteligentes que já podem se instalados em nossas casas, e que permitem aproveitar as horas de menor consumo para armazenar energia para as alturas com maior actividade, como explica Fernando Silva da Siemens: “Estamos a falar de soluções que permitem aos utilizadores serem simultaneamente consumidores, armazenadores e produtores de energia”.
Estas redes inteligentes apresentam-se como o futuro do consumo e da produção de energia, mostrando-se essenciais para integrar eficazmente na rede eléctrica fontes renováveis como a energia eólica e solar.

Transportes inteligentes
A introdução do carro eléctrico irá revolucionar por completo a utilização do automóvel. A questão não é se vai ser possível, é quando é que passará a ser uma realidade. “Com o carro eléctrico podemos carregar a bateria do nosso automóvel durante a noite, quando as tarifas são mais baixas, e guardar essa energia para posteriormente descarregá-la para a rede quando tivermos também um retorno económico mais interessante”.

Uma cidade sustentável terá ainda que encontrar soluções de tráfego que permitam reduzir as emissões de dióxido de carbono e simultaneamente produzam mecanismos de controlo de entradas e saídas de automóveis nos centros urbanos. No futuro serão projectadas plataformas comuns para agregar vários meios de transporte aumentando a mobilidade. Os transportes rodoviários incluirão cargas e passageiros, para rentabilizar as viagens. Os veículos individuais vão estar ligados com sistemas inteligentes que permitem uma partilha de informação instantânea. Os condutores vão poder optar pelas melhores rotas, evitando filas de trânsito e diminuindo os consumos.
De acordo com uma pesquisa realizada pela “Economist Intelligence Unit”, actualmente, a cidade mais sustentável é Copenhaga, seguida de Estocolmo e Oslo. Neste ranking europeu, Lisboa encontra-se no décimo oitavo lugar, destacando-se consideravelmente na área das energias, onde ocupa a nona posição.
Fonte: Expresso

Plano de eficiência energética já poupou 74 milhões de euros

A primeira edição do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica (PPEC), promovido pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), gerou poupanças de 74 milhões de euros, revelou hoje o Jornal de Negócios.O plano, que teve um total de 26 medidas implementadas entre 2007 e 2009, contou com iniciativas desenvolvidas pela EDP, Endesa, Unión Fenosa, Electricidade dos Açores, Empresa de Electricidade da Madeira e ISQ e custou 10 milhões de euros – um sétimo do valor poupado.Inicialmente, os benefícios estavam estimados em 37,9 milhões de euros, mas esse valor subiu para os 74,1 milhões.De acordo com a ERSE, este valor corresponde à poupança de electricidade com os equipamentos eficientes instalados (769,8 gigawatt-hora estimados até 2023) e emissões poupadas (quase 285 mil toneladas).A ERSE já promoveu novas edições deste programa, a última das quais, relativa a 2011/2012, aprovou já 57 acções de 20 entidades.

Fujitsu lança rato 100% biodegradável

A Fujitsu lançou esta quinta-feira um rato 100% biodegradável, que será o primeiro dispositivo do género inteiramente livre de plástico, segundo anuncia a marca. De acordo com o site da própria Fujitsu, a empresa substituiu o plástico por materiais renováveis, pelo que o Eco Mouse é 100% reciclável. O aparelho é produzido à base de dois substitutos do plástico, o arbofom e o biograde.“Este rato promove a produção sustentável e ajuda a reduzir as emissões de CO2 durante o processo de fabrico”, explica a própria marca, que já no ano passado já tinha lançado o teclado BBPC PX Eco. De acordo com a empresa, o desenvolvimento deste novo rato irá poupar cerca de 60 mil quilos de plástico por ano.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Como sobreviver num mundo de nove mil milhões?



Actualmente a população mundial está próxima dos 7 mil milões de pessoas, mas em 2050 vai atingir novo marco: seremos nove mil milhões à procura de alimentos, água, habitação e energia. Com conflitos, migrações e o efeito das alterações climáticas para gerir. Soluções, procuram-se. Gente, gente, gente. O contador não pára.
Em Portugal a população está a envelhecer, mas olha-se para lá do país e da Europa e a ideia deixa de ser um número: tudo indica que 2011 é o ano em que chegamos aos sete mil milhões de pessoas. Um artigo no diário britânico Guardian dizia que a comemoração seria a 31 de Outubro, com o nascimento de uma criança no estado de Uttar Pradesh, um dos mais populosos da Índia, com cerca de 194 milhões de habitantes.A escalada continuará pelo menos até 2050, quando, segundo as previsões demográficas, formos nove mil milhões. As Nações Unidas estão a fazer um levantamento extenso das populações dos países para apurar melhor os números de hoje e corrigir previsões. Mas é esta rapidez que assusta. "Se os níveis de fertilidade e de mortalidade que temos hoje não se alterarem, a população mundial vai adicionar mil milhões de pessoas em tempos muito pequenos", disse ao PÚBLICO Hania Zlotnik, Directora da Divisão de População das Nações Unidas.Herdámos este boom do século XX. Em cem anos a população passou dos 1,6 para os 6,1 mil milhões. "O aumento não ocorreu porque as pessoas começaram a reproduzir-se mais; em vez disso (...) deixaram finalmente de morrer como moscas", escreveu o especialista em política económica e demografia Nicholas Eberstadt num artigo na revista Foreign Affairs, onde alertava para as consequências económicas do envelhecimento das populações.No século passado a saúde melhorou, a esperança média de vida passou de 30 para 65 anos e o progresso económico ascendeu no Ocidente. Em contrapartida, a fertilidade diminuiu muito na Europa e em países como o Japão - para níveis em que a população não está a ser reposta. O fenómeno atinge a China devido às políticas de natalidade. Se a Ásia continua a ter os países com maior população (a China e a Índia estão em primeiro e segundo lugares com mais de mil milhões de pessoas cada), a fertilidade está agora na África subsariana. O continente, onde hoje vivem mil milhões de pessoas, vai duplicar o número até 2050.Mas a Terra é capaz de ter tanta gente? "A História da humanidade mostra que já fomos muito poucos, mas fomos sempre capazes de gerir as pessoas que tivemos", observou ao PÚBLICO Jorge Malheiros, especialista em migrações do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa. "O número perfeito [de pessoas] tem que ver com o modelo da sociedade."Depois de 2050, as previsões dizem que pode haver uma quebra na população mundial, ou pelo menos uma estagnação. Prevê-se que vá acontecer nos países emergentes o que aconteceu no mundo ocidental: um desenvolvimento económico acompanhado de uma diminuição de fertilidade. Até lá precisamos de espaço.
Ao longo do ano, a revista National Geographic irá dedicar uma série de reportagens dedicadas à demografia. Fique atento.
Fonte: Público

Associações ambientalistas Quercus e Amigos dos Açores criticam estratégias do Governo para as lagoas das Sete Cidades e Furnas

Ao minuto 12 da edição de ontem do Telejornal da RTP Açores. Reportagem aqui.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Encontradas espécies invasoras em madeira importada à venda nos Açores

Novas espécies invasoras - como térmitas, formigas, aranhas e centopeias - foram detetadas em resíduos florestais importados do continente que se encontram à venda nos Açores para lareiras, revelou Paulo Borges, investigador da Universidade dos Açores.“Numa amostra de 13 sacas [que se encontravam à venda numa grande superfície comercial], inventariámos 13 espécies, o que, através do nosso modelo matemático sobre a curva de acumulação, indica que, para a amostra da ilha Terceira, teremos mais de 30 espécies perigosas para a economia local”, afirmou Paulo Borges em declarações à Lusa.
Esta dispersão, segundo o investigador, “tem consequências económicas para a agricultura, florestas e até para o comum dos cidadãos, pois foram detectadas térmitas”.
Paulo Borges, que teve conhecimento da situação através de um consumidor daquela grande superfície comercial, acrescentou que, “depois das análises feitas, todas as sacas com as achas [originárias de uma empresa do norte do país] estão a ser queimadas”.
Para o investigador, “os mecanismos de fiscalização de entrada de produtos de madeira na região não terão funcionado, talvez porque o tipo de produto que é não tem verificações regulares”.
Contactado pela Lusa, o secretário regional do Ambiente, Álamo Meneses, salientou que “esta foi a primeira vez que se detectaram térmitas após a entrada em vigor, em Julho de 2010, da legislação que proíbe a importação de madeiras contaminadas com térmitas”. Álamo Meneses admitiu, no entanto, que “tem de ser criada mais legislação, que alargue a proibição a outros materiais infestados com outras espécies”.
Paulo Borges salientou que as espécies detectadas nos resíduos florestais que analisou “são nativas do Norte do país”, alertando que “a sua distribuição pelo resto do país amplia os problemas económicos nas outras regiões onde não existiam”.
As estatísticas internacionais indicam, segundo o investigador, que “dez por cento das espécies não nativas de uma determinada região são capazes de ali se estabelecer”. Paulo Borges admitiu, por isso, que “alguma destas espécies já se tenha estabelecido” nos Açores e defendeu como solução futura “o estabelecimento de protocolos de segurança mais rigorosos” para impedir a entrada de madeira contaminada.
Fonte: Público

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Tribunal de Contas aponta atrasos e falhas na política de gestão da água

Baixa execução orçamental, excesso de adjudicações directas, falta de capacidade técnica, incumprimento de normas legais. Tudo isto consta de uma auditoria do Tribunal de Contas à actuação do Estado nas políticas de gestão da água.Com base em dados de 2009, o Tribunal de Contas alerta para as “execuções materiais muito baixas ou nulas” dos projectos a cargo das administrações de região hidrográfica (ARH), constituídas em 2008. Dos 46 projectos previstos nesse ano para a gestão e ordenamento das bacias hidrográficas e zonas costeiras, apenas 17 saíram do papel. A taxa de execução financeira ficou-se pelos 17 por cento.
Em particular, a elaboração dos planos de gestão para as bacias hidrográficas de cada região – cuja conclusão era exigida por uma directiva europeia para o final de 2009 – teve fraco andamento. Até hoje, ainda estão em elaboração, nas diversas ARH.
O Instituto da Água (Inag), em alegações enviadas ao Tribunal de Contas, reconheceu os atrasos, dizendo que se devem à tardia constituição das próprias ARH, que implicaram num “resvalar dos calendários estabelecidos”.
Chamou a atenção do Tribunal de Contas o excesso de adjudicações directas na contratação de serviços externos. Foi a forma escolhida em 150 das 157 aquisições de bens e serviços das ARH. Em grande parte dos casos, foi consultada uma única empresa. Segundo o relatório da auditoria, divulgado ontem, “81 por cento da despesa com a aquisição de bens e serviços foi efectuada sem que os contratos fossem submetidos a concorrência”.
Algumas ARH atribuíram a necessidade das adjudicações directas com consulta única à “celeridade pretendida”, a “razões de ordem curricular e de conhecimento e confiança no trabalho” ou à “escassez de recursos humanos”.
O Tribunal de Contas identificou várias lacunas nas contratações, tais como ausência de fundamento e análise dos custos, falta prestação de cauções, não publicação em jornais oficiais ou deficiente monitorização da execução material dos contratos.
Das respostas obtidas de alguns dos organismos alvo da auditoria, o relatório conclui que “as ARH não dispõem de dimensão e pessoal técnico com as necessárias qualificações técnicas que lhes permitam exercer de forma autónoma as suas competências”.
A auditoria aponta também para o atraso na regulamentação das tarifas da água, que deveriam já reflectir os seus custos reais – tal como exige a directiva europeia que enquadra a gestão da água nos Estados-membros. Tal política de preços deveria estar em vigor já no ano passado. Mesmo na ausência de regulamentação, porém, muitos municípios estão a seguir um conjunto de recomendações da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) para o cálculo de tarifas mais realistas - conforme alegou este organismo e também o Inag, nas respostas ao Tribunal de Contas.
Do lado positivo, o Tribunal de Contas reconhece os “muito bons índices de qualidade da água distribuída para consumo” e a elevada taxa de cobertura do abastecimento de água (94 por cento), próxima da meta a que o país se comprometeu até 2013 (95 por cento).
Já o acesso ao saneamento está em pior situação, com 80 por cento da população servida por sistemas de drenagem e 71 por cento com tratamento efectivo de esgotos. A meta é 90 por cento.
O PÚBLICO contactou o Ministério do Ambiente, para um comentário à auditoria, mas não obteve ainda resposta.
No próprio processo de auditoria, o Tribunal de Contas procurou ouvir as diferentes entidades envolvidas. Três ARH – do Norte, do Alentejo e do Algarve – e a própria ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, não apresentaram alegações.
Fonte: Público

Consultas públicas - Rede Natura / instrumento financeiro da UE para o ambiente

Está a decorrer, até ao dia 15 de Fevereiro, a consulta pública sobre o futuro instrumento financeiro da UE para o ambiente (LIFE) e sobre o futuro co-financiamento da Rede Natura 2000 pela UE.

Green Cork - as suas rolhas pela nossa floresta

Mais uma vez apelamos a que reciclem as rolhas de cortiça. Nos Açores já existem contentores em todos os Hipermercados Modelo. Agarre esta ideia!

Mudam-se os tempos, adaptam-se as vontades

Se para todos nós o acto de pegar numa caneta e escrever é uma coisa banal, pouco ou nada nos lembramos que a história nem sempre foi assim. Se nos debruçarmos sobre o tema, lembramo-nos que há muitos anos atrás, a escrita era dificultada pela pena com que se escrevia. Uma pena verdadeira (a maioria das vezes com penas de pato), que se mergulhava em tinta preta de carvão. A parte do meio da pena (formava uma pequena oca tipo palhinha), absorvia a tinta que era largada quando se escrevia. Naturalmente que a escrita era pausada pois o perigo de borrar uma carta ou um documento era muito.Pouco tempo depois, as penas de aves foram substituídas por penas metálicas, mas a necessidade de mergulhar a pena no pequeno frasquinho de tinta permanecia. As folhas tinham obrigatoriamente de ser feitas de mata-borrão de forma a absorver bem a tinta e secá-la rapidamente.Como a necessidade faz o engenho, um jornalista húngaro (László Bíró), decidiu criar uma caneta diferente, quando visitou a tipografia de um jornal. Reparou então que a tinta impressa no jornal era diferente da chamada tinta da Índia, pois secava e não borrava, achou que poderia utilizar uma tinta diferente.Depois de desenhar um projecto e de trabalhar na sua invenção deparou-se com um problema. A tinta espessa entupia a caneta. Para alterar esta situação László inventou uma pequena esfera de metal que rolava na extremidade do tubo que servia de depósito á tinta de secagem rápida.Em 1938, László e o seu irmão, dirigiram-se a Paris e patentearam no Departamento Europeu de Patentes a sua invenção. Assim, surgiram no mercado, os primeiros modelos das canetas Biro.Na mesma altura, a Força Aérea Real do governo Britânico, debatia-se com o problema das canetas na altura dos voos. Os tinteiros das canetas vazavam devido á pressão do ar. Assim, o governo Britânico comprou os direitos da caneta patenteada por Biro. O sucesso foi inevitável e as canetas Biro foram extraordinariamente utilizadas durante a Segunda Guerra Mundial.Na América, as canetas produzidas segundo as regras de Biro eram demasiado caras para ser utilizadas pelo comum escritor, pelo que em 1945, deu-se uma outra reviravolta comercial no mundo das canetas.
Marcel Bich desenvolveu um processo industrial que reduzia significativamente (em 90%) o custo das canetas. As canetas lançadas na Europa adquiriram o nome Bic, a abreviatura do nome do seu autor.Devido aos lançamentos publicitários e à fantástica divulgação das canetas Bic, os valores de comercialização voltaram a baixar e o resto da história já todos conhecemos.
De escrita fina ou de bico normal, as Bic são mundialmente conhecidas, ma snem por isso a empresa se deixou ficar à sombra do sucesso, mostrando a sua preocupação em adaptar-se aos novos desafios globais. Assim a Bic lançou a linha "Ecolutions", em que as partes plásticas das canetas são obtidas através da reciclagem de embalagens.
Clique aqui, e saiba tudo sobre as canetas Bic, amigas do ambiente.
Fonte: Wikipédia

Curso de Iniciação à Observação de Aves no Arquipélago dos Açores - 12 e 13 Fevereiro

Milhares de camarões mortos dão á costa na Praia dos Mosteiros

A praia dos Mosteiros foi invadida por milhares de camarões mortos durante o dia de ontem. A situação foi comunicada por populares à Polícia Marítima (PM), ao início da manhã, motivando o envio de uma brigada da PM para recolher alguns camarões para análise e impedir que a população da freguesia apanhe os camarões. Rodrigues Gonçalves, comandante da Polícia Marítima e Capitania de Ponta Delgada, contou que se “tratou de uma situação de arrojo de uma grande quantidade de camarões, entre 15 a 20 milímetros, que ficaram espalhados junto à Praia e Porto de Pesca dos Mosteiros”. O responsável da Polícia Marítima indica que “a quantidade de camarão ainda não está determinada, mas é seguramente elevada”. Os motivos que levaram ao arrojo dos camarões vão ser investigados pelos biólogos da Universidade dos Açores, com o objectivo de saber os motivos que levaram os camarões a surgirem mortos na costa. A Polícia Marítima já informou a população “para não utilizar o camarão” e manteve no local uma vigilância permanente, enquanto os camarões não forem removidos da praia. “Julgo que as pessoas não têm tendência para mexer naqueles animais mortos. Como se desconhece a razão deste fenómeno e o camarão já chegou à costa morto aconselha-se as pessoas a não tocarem nos camarões”, explica o comandante da Capitania. A limpeza da praia será efectuada pelos serviços municipalizados da autarquia de Ponta Delgada.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Cortiça ganha espaço como material de construção ecoeficiente

Excelente reportagem sobre os novos destinos da cortiça portuguesa.
Fique a conhecer mais uma das aplicações que o sobreiro - árvore autóctone e ex-líbris no nosso rico ecossistema português - proporciona.

Renováveis representaram 28 por cento da produção eléctrica dos Açores em 2010

As energias renováveis corresponderam a 28 por cento da produção eléctrica açoriana em 2010. Este aumento reflecte os acréscimos de rendimentos das centrais geotérmicas, hídricas e eólicas em funcionamento nas ilhas, revelou a empresa Electricidade dos Açores (EDA). No ano passado, a produção de energia com recurso à geotermia, apenas explorada em Portugal na ilha de São Miguel, aumentou 7,3 por cento face a 2009, representando 20,4 por cento de toda a electricidade lançada na rede da EDA, indicam os dados da eléctrica regional, citados pela agência Lusa.
A produção hídrica registou um aumento de 39,4 por cento e a eólica de 8,4 por cento, garantindo, no seu conjunto, uma quota de produção de 7,6 por cento.
Em 2010, o consumo de electricidade cresceu na Região Autónoma dos Açores em 2,9 por cento, face ao ano anterior.
O sector do comércio e serviços absorveu 44,2 por cento do consumo total, os usos domésticos utilizaram 34,8 e o sector industrial 16,4 por cento.
Fonte: Lusa

Governo conclui proposta para Lei de Bases do Ambiente até fim do mês

A proposta do Governo de alteração da Lei de Bases do Ambiente deverá estar pronta ainda em Fevereiro e abordar um "elevado nível de protecção ambiental", tal como os direitos e deveres dos cidadãos nesta matéria, disse hoje fonte governamental.O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, avançou à agência Lusa que, até final de Fevereiro, o Governo deverá apresentar a sua proposta, que deve ser "uma verdadeira revisão".
PSD, PCP e Partido Ecologista os Verdes já lançaram as suas alternativas para a Lei de Bases do Ambiente, que aguardam agora discussão na Comissão Parlamentar.
Falando à margem do colóquio sobre "A revisão da Lei de Bases do Ambiente", organizado pelo Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Humberto Rosa referiu que a proposta de alteração deve ser "consensual e equilibrada".
O governante recordou que, actualmente, existem problemas ambientais que não estão suficientemente presentes na Lei, de 1987, como as alterações climáticas, perda de biodiversidade ou mesmo o desenvolvimento da plataforma marítima preparada por Portugal.
Durante a sua intervenção no colóquio, o secretário de Estado defendeu que "o mundo carece de fazer uma transição para a sustentabilidade e o ambiente é um pilar fundamental".
A situação de crise económica não deixa de ser um "bom momento" para avançar com a modificação da Lei. "A crise ambiental é muito mais vasta do que a económica", realçou.
Conservação da natureza, gestão de resíduos ou princípio da precaução são áreas que devem ter a atenção dos especialistas visando o futuro da Lei, além da melhor definição do papel da Administração Pública ou o acesso à Justiça em questões relacionadas com o Ambiente.
Aliás, o secretário de Estado deixou a questão sobre se justificaria a existência de tribunais administrativos dedicados ao Ambiente.
O arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, que se dedica a vários projectos de "integração" do homem na paisagem natural defendendo o Ambiente, participou no colóquio e alertou para os problemas derivados do aumento da população nos meios urbanos e o "desaparecimento" do mundo rural.
"Estamos num período em que é necessário dialogar e discutir" o ordenamento do território e o "desenho" da paisagem em Portugal, um "problema global" que afecta todos os sectores e actividades, salientou Ribeiro Telles.
Fonte: Público

Candidaturas ao «Prémio BES Biodiversidade» até 31 de Março

Estão abertas até 31 de Março as candidaturas à edição deste ano do Prémio BES Biodiversidade, que distingue iniciativas conservação da diversidade biológica em Portugal. Os interessados podem submeter a sua candidatura em aqui.
A iniciativa do Banco Espírito Santo, em parceria com o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto e com o Instituto Nacional da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, atribui anualmente 75.000 euros. O objectivo é premiar e apoiar projectos e iniciativas inovadoras de investigação, conservação e gestão da diversidade biológica em Portugal numa dupla dimensão – investigação e empreendedorismo.Na última edição, o vencedor foi um projecto de conservação do lobo em Portugal, que pretende investigar e implementar métodos de prevenção de prejuízos causados pelo lobo no gado, de forma a diminuir os conflitos dos criadores de gado com este predador, contribuindo para a conservação da espécie.
Fonte: Diário Digital

É possível ter energia limpa para tudo até 2050 - WWF

A energia necessária para as atividades desenvolvidas em todo o mundo pode ser obtida de uma forma limpa, renovável e economicamente sustentável, até 2050, e Portugal vai «enfrentar grandes desafios» relativamente à eficiência energética, revela um estudo da WWF.
O Relatório Energia é o resultado de dois anos de trabalho e aponta «um novo caminho» ao concluir que «a energia total necessária, incluindo [para] transportes, pode ser obtida de forma segura e adequada». O documento «mostra que, em quatro décadas, podemos ter um mundo de economias vibrantes e sociedades alimentadas por energia limpa, barata e renovável e com uma boa qualidade de vida», defendeu o diretor-geral da WWF, Jim Leape.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Governo prepara "Simplex" para projectos ligados ao mar

O Governo está a preparar um processo de simplificação administrativa para facilitar a aprovação de projectos ligados ao mar, revelou ontem o secretário de Estado da Defesa Nacional e Assuntos do Mar, Marcos Perestrello.“Está em curso na secretaria de Estado da Modernização Administrativa um ‘Simplex’ para o mar. O objetivo é ‘um projecto, uma licença’: a cada projeto corresponderá apenas uma licença”, revelou o secretário de Estado, durante o seminário “Municípios e o Mar”, na FIL, em Lisboa, admitindo que, actualmente, “a economia ligada ao mar sofre de alguma indefinição sobre que autoridade é responsável”.
O governante realçou que a economia portuguesa sempre foi virada para o mar, uma tradição que se perdeu nos últimos 30 anos e que é preciso retomar, envolvendo municípios, universidades, comunidade científica e empresários.
Além do “Simplex” para o mar, está em fase de conclusão o Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo (POEM). Com estas duas iniciativas, segundo o governante, “o Estado já terá feito muito da sua parte”.
Fonte: Público

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Estudo nega existência de contaminação dos solos e águas para consumo das populações da Praia da Vitória

O relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) apresentado ontem na Praia da Vitória conclui que não há contaminação de solos nem de aquíferos para abastecimento de água às populações deste concelho da ilha Terceira. “Fora do perímetro das instalações militares da Base das Lajes não há qualquer contaminação, por metais ou hidrocarbonetos, dos solos e águas para consumo das populações”, afirmou Lobo Ferreira, coordenador do estudo. O especialista do LNEC, que falava numa conferência de imprensa para apresentação dos dados, revelou que “a poluição se localiza na porta de armas da base e dos tanques de armazenamento de combustível, nos aquíferos suspensos em ambos os casos”. Lobo Ferreira acrescentou que “fora daquelas áreas foi detectada contaminação, numa zona específica, de 0,1 microgramas por litro”, o que considerou “muito irrelevante”. O estudo do LNEC é a consequência de notícias publicadas em 2009, baseadas em relatórios norte-americanos alegadamente confidenciais, que davam como poluída toda a zona circundante do perímetro das instalações militares, incluindo os aquíferos de abastecimento público de água. Para o presidente da Câmara da Praia da Vitória, Roberto Monteiro, “os resultados provam que podemos estar descansados com a saúde pública”, frisando que o relatório “está disponível para ser consultado por técnicos e população”. Por seu lado o secretário regional do Ambiente, Álamo Meneses, salientou que os resultados garantem “a não contaminação da água e dos solos e, por isso, não há perigo para a produção agropecuária, em particular nas zonas vizinhas da base militar”. Álamo Meneses assegurou que “não há qualquer risco imediato e directo”, mas assegurou que, apesar disso, “as zonas contaminadas serão recuperadas”. Esta recuperação vai “ser suportada financeiramente pelos norte-americanos”, afirmou o secretário regional da Presidência, André Bradford, que também esteve presente na conferência de imprensa. “Os americanos já assumiram o princípio do poluidor/pagador na recuperação dos sítios contaminados”, disse André Bradford, que se manifestou satisfeito por “não se ter confirmado nenhum cenário alarmista”. Os especialistas do LNEC produziram três relatórios finais e cinco complementares, baseados em 11.600 análises resultantes de 90 amostras de água retiradas de 54 pontos de recolha. O estudo, que custou cerca de 607 mil euros, financiados pelo Governo Regional, foi desenvolvido ao longo de quase dois anos. Projectos para reparar poluição O Consulado dos Estados Unidos da América nos Açores, em nota de imprensa congratula-se com o resultado final do estudo do LNEC. “Estamos satisfeitos por não haver perigo para a saúde pública e pela boa qualidade da água para abastecimento público”, sublinha o consulado na mesma nota que refere ainda que o Destacamento Americano sediado nas Lajes apoiou o trabalho do LNEC e já iniciou o processo para reparar muitos dos casos referidos no relatório, tendo já assegurado o financiamento de dois dos projectos.

Lagoa do Congro eutrofizada até já é de difícil acesso

As lagoas do Congro e dos Nenúfares estão na mesma cratera vulcânica, fazendo um conjunto de rara beleza paisagística. No entanto, após terem sido bastante vividas pelos particulares que as possuíam e pela própria população de Vila Franca do Campo, as lagoas do Congro e dos Nenúfares estão hoje abandonadas e em estado de eutrofização que, não sendo grave, já é no entanto preocupante, sobretudo na lagoa dos Nenúfares, a mais prejudicada pelas descargas de nutrientes que continuam a afluir para as suas águas. Além disso, também as plantas invasoras vão ganhando espaço nas lagoas. No caso da lagoa do Congro, “é patente para muitas pessoas que tentam visitar aquele local a falta de sinalização, a falta de acessibilidade à lagoa e até mesmo a visibilidade da massa de água”, denuncia Diogo Caetano, presidente da Associação Ecológica Amigos dos Açores, recordando que já no ano 2000 a associação propôs a classificação das duas lagoas como área protegida, pretensão que só sete anos depois seria atendida em parte pelo Governo Regional, com a sua inclusão no Parque Natural da Ilha de São Miguel. Um dos problemas actuais de gestão das duas lagoas é o facto da sua propriedade ser repartida, tendo o Governo Regional uma parte, que inclui o acesso à lagoa do Congro, sendo a restante parte da bacia hidrográfica ainda posse de particulares, estando o Governo Regional a avaliar que área tem de adquirir para poder salvaguardar a bacia hidrográfica. Aliás, as lagoas do Congro e dos Nenúfares são o tema de uma publicação que será apresentada pelos Amigos dos Açores amanhã, num passeio organizado àquelas lagoas. A publicação é da autoria de Malgorzata Pietrzak, que realizou um estágio profissional na associação e propõe medidas de recuperação e gestão da cratera. Perante o cenário actual, os Amigos dos Açores propõem a criação de uma rede de caminhos como a melhor forma de recuperar a paisagem envolvente às lagoas e reabilitar o seu potencial como locais visitáveis. Questionado pelo Açoriano Oriental, o director regional do Ambiente, João Bettencourt, reconheceu o mau estado actual do acesso à lagoa do Congro, mas lembrou que já foi dada orientação para o seu arranjo e limpeza. Quanto à reabilitação das lagoas, João Bettencourt disse que só quando estiver concluído o plano de ordenamento, previsto para o final deste ano, se poderão avançar com medidas concretas. Lagoas já foram ponto de concentração da população de Vila Franca do Campo A mata ajardinada que envolve as lagoas do Congro e dos Nenúfares remonta ao Século XIX e ajudou a torná-las um ponto de concentração para a população de Vila Franca do Campo que, por alturas das suas festas maiores, o São João da Vila, tinha por hábito rumar àquelas lagoas para ali fazer piqueniques e passar um dia de convívio ao ar livre. Numa altura em que o Governo Regional se prepara para adquirir os terrenos necessários para salvaguardar as lagoas do Congro e dos Nenúfares, o seu potencial turístico pode ganhar um novo alento, não só com a construção de novos percursos e melhoramentos dos existentes, mas também pela sua integração num ‘circuito’ que inclua o Castelo Branco e o Cerrado dos Bezerros.

Fonte: Açoriano Oriental

308 mil euros para combate às moscas da fruta

A acção de combate à mosca da fruta promovida pela Universidade dos Açores (UAç) no âmbito do projecto “CABMEDMAC” vai ser aplicada em zonas da ilha de São Jorge, enquanto em São Miguel e Terceira decorre um projecto de monotorização, o “Adress”. Depois de uma primeira reunião dos parceiros envolvidos no “CABMEDMAC” (Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde), em Janeiro, a iniciativa visa monotorizar esta praga em São Jorge, alargando-se para o ano à ilha Terceira. Trata-se de uma praga que, segundo os especialistas académicos, causa estragos nos pomares e que chega a inviabilizar as produções frutícolas. Este projecto para o estudo e implementação de medidas de combate à mosca do mediterrâneo é dedicado em particular à praga da mosca do mediterrâneo (Ceratitis capitata Wiedemann), contribuindo para um maior conhecimento das moscas da fruta na Macaronésia. O valor global do projecto “CABMEDMAC”, aprovado pela autoridade de gestão do Programa de Cooperação Transnacional MAC 2007-2013, é de 308 mil euros. Em São Miguel, e no âmbito da luta às pragas frutícolas na Região, a Secção de Protecção de Plantas do departamento de Ciências Agrárias (DCA) da UAç está, desde meados do ano passado, a desenvolver um projecto de monitorização das pragas que afectam as produções nas ilhas açorianas, o já referido “Adress”. O projecto “Adress” consta, sobretudo, de um ensaio com armadilhas biotecnológicas nesta ilha (Rabo de Peixe) e na ilha Terceira.

Fonte: Jornal A União

Escolas dos Açores participam em projecto nacional de reciclagem

A ERP Portugal, entidade gestora de resíduos que integra a European Recycling Platform, promove a terceira edição do “Projecto Geração Depositrão” que, este ano, abrange perto de 500 escolas e cerca de 192 mil alunos de todo o País, incluindo Açores. A iniciativa pretende sensibilizar os jovens em idade escolar para a importância da recolha dos Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REE) e de Pilhas e Acumuladores, bem como para as boas práticas ambientais. A Escola Básica e Secundária Tomás de Borba, Colégio S. Francisco Xavier, Escola EB 2,3 de Ginetes, Escola EBI Canto da Maia, Escola Secundária das Laranjeiras, Centro de Apoio Social e Acolhimento - Bernardo Manuel Silveira Estrela, Escola Profissional da Ribeira Grande, Colégio de Santo António, Escola S/3 Padre Jerónimo Emiliano Andrade, Escola EB1/JI Prof. Fernando Maximino Rocha, Escola EB 2 António José de Ávila, Escola EB1,2/JI de Lajes das Flores, Escola EB 2,3/S de Nordeste, Escola EBI de Arrifes, Escola EB1/JI de Fenais da Luz, Escola EB1/JI Irmãos Goulart–Fontinhas, Escola EBI da Ribeira Grande-Gaspar Frutuoso, Escola EB1/JI Prof. Manuel Jacinto da Ponte, Escola EB1/JI de Conceição, Escola EB1/JI D. Paulo José Tavares, Escola Secundária de Lagoa, Escola EB1/JI da Covoada e Escola EB1/JI Padre José Jacinto Botelho são os estabelecimentos de ensino açorianos que participam nesta 3ª edição. Refira-se que o projecto Geração Depositrão, vocacionado para a rede nacional Eco-Escolas, tem como principal objectivo introduzir os temas da reciclagem no programa escolar, através de trabalhos e actividades desenvolvidos em conjunto com alunos e professores, assim como proceder à colocação de um Depositrão (contentor de recolha) nas escolas aderentes.

Região planta 250 mil árvores este ano para recuperar floresta

A Região vai plantar 250 mil árvores este ano (uma por cada açoriano), preferencialmente das espécies endémicas dos Açores, produzidas com respeito pela biodiversidade nos viveiros dos Serviços Florestais existentes em praticamente todas as ilhas. A revelação foi feita ontem pelo secretário regional da Agricultura e Florestas durante a apresentação do programa das comemorações do Ano Internacional da Floresta, que decorrem durante o ano de 2011. Noé Rodrigues explicou que neste processo o Governo Regional conta com a colaboração das juntas de freguesia e tem como objectivo arborizar, ordenar e embelezar espaços públicos, tendo também sido lançado o mesmo desafio às empresas, com o fim de beneficiarem o seu património social com o envolvimento dos seus responsáveis e colaboradores ou para patrocínio de planos de florestação de espaços públicos. Em todas as ilhas será também dedicado um dia para levar os alunos do ensino secundário a conhecer as actividades ligadas ao sector florestal, em especial do engenheiro e do guarda-florestal, transportando-os para práticas particulares do mundo das florestas, tais como a medição e avaliação de parcelas do inventário florestal regional, os trabalhos preparatórios e de repovoamento de espécies cinegéticas, os trabalhos de produção de plantas em viveiro, ou recuperação da rede viária florestal e de reservas florestais de recreio. Noé Rodrigues explicou também que o Governo Regional vai avançar com a elaboração de um Plano de Gestão Florestal para o Perímetro Florestal da Ilha de São Miguel e sua Certificação Florestal, uma vez que se apresentam como instrumentos de administração de zonas florestais que determinam no espaço e no tempo as intervenções de natureza cultural e de exploração dos recursos, visando a produção sustentada dos bens e serviços por eles proporcionada, tendo em conta as actividades e os usos dos espaços envolventes. O governante avançou que a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas pretende igualmente lançar, neste ano, concurso público para a elaboração do Plano Regional de Ordenamento Florestal dos Açores, documento que definirá a longo prazo as metas e objectivos da estratégia e política florestal Regional. “Aliando-se desde a primeira hora ao Ano Internacional da Floresta, o Governo Regional pretende contribuir para a divulgação da floresta, identificando oportunidades e ameaças à sua sustentabilidade e reforçando a consciência cívica para os seus múltiplos benefícios”, concluiu o governante Noé Rodrigues em declarações aos jornalistas no Pinhal da Paz, concelho de Ponta Delgada. Criptoméria gera 12,7 milhões A exploração de cerca de 343 hectares de matas de criptoméria, que produziram cerca de 129 mil metros cúbicos de madeira, representou um volume de negócios de 1,8 milhões de euros para os proprietários e de 10,9 milhões de euros para o sector industrial de primeira transformação no ano passado, avançou ontem o secretário regional da Agricultura e Florestas. Noé Rodrigues afirmou também que o sector gera cerca de 1400 postos de trabalho.

Ilha das Flores: derrocada fez nascer lagoa santuário de aves





Fonte: Açoriano Oriental

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

"Estatísticas do Ambiente 2009" do INE

No final do ano 2010 foi publicada uma nova edição de "Estatísticas do Ambiente", do INE - Instituto Nacional de Estatística, relativa ao ano 2009.
Esta publicação inclui informação sobre as despesas com a protecção do ambiente da Administração Pública, Empresas e Instituições Sem Fins Lucrativos, contemplando as áreas do abastecimento de água, drenagem e tratamento de águas residuais e resíduos.
Segundo os dados do INE, as entidades do sector do Ambiente, que a APEMETA representa, fecharam o ano 2009 com um volume de negócios de 4502 milhões de Euros, que traduz um decréscimo de 6% do volume de negócios, face ao ano 2008.
Para obter a publicação integral: aqui.

Em 2012 águas domésticas da ilha do Corvo serão totalmente abastecidas por energias renováveis

Está já na fase de acabamento, o projecto de uma empresa de Angra do Heroísmo, que vai receber parecer do MIT, para colocação de painéis solares na ilha do Corvo. Pretende-se com este projecto deixar para trás as botijas de gás butano e usar a energia solar para aquecer as águas domésticas, que actualmente custam à Região mais de 25 euros por garrafa de gás doméstico para que os corvinos possam comprar a botija ao mesmo preço que a população das restantes ilhas dos Açores.
O investimento deve rondar este ano os 500 mil euros, a sua amortização faz-se ao longo dos próximos anos.
Fonte: Jornal Diario

Director Regional do Ambiente defende que é essencial preservar as zonas húmidas nos Açores

O esforço de preservação em curso das zonas húmidas do arquipélago açoriano é essencial para a Região, por serem ecossistemas sensíveis de múltiplo valor, disse esta tarde, na Praia da Vitória, o Director Regional do Ambiente. João Bettencourt, que falava no encerramento de um seminário intitulado Zonas Húmidas – Desafios na Gestão de Áreas Naturais, promovido pela Câmara Municipal praiense, apontou a importância destes espaços nos campos paisagístico, de reserva de água, da biodiversidade e de comunidades ecológicas, bem como para o turismo.Sobre este último aspecto, o Director Regional referiu o caso particular do crescente número de visitantes que se deslocam aos Açores com o intuito de observar aves raras que frequentam zonas húmidas dos Açores, nas suas migrações da América para a Europa e vice-versa, e manifestou satisfação por ter ouvido, pouco antes, pela voz do especialista sueco Staffan Rodebrand, que o paul do Cabo da Praia é provavelmente o melhor sítio do mundo para observação de aves raras e variadas.“Estes sítios valem pela sua raridade no contexto internacional, nomeadamente as zonas húmidas do tipo geotérmico ou turfeiras com vegetação arbórea”, sublinhou João Bettencourt, tal como as zonas à beira mar, acrescentando que, por isso, integram a rede mundial de sítios da convenção Ramsar, uma lista que junta espaços particulares de zonas húmidas específicas à escala global.Os Açores contam com 12 sítios catalogados nessa rede internacional, nomeadamente as lagoas das fajãs dos Cubres e Caldeira de Santo Cristo, em São Jorge, o primeiro espaço a ser designado, em 2005, seguindo-se as caldeiras da Graciosa e Faial, o Caldeirão do Corvo, os complexos vulcânicos das Furnas, Sete Cidades e Fogo, em São Miguel, os ilhéus das Formigas e recife Dollabarat, e os planaltos centrais da Terceira, Flores, São Jorge e Pico.No âmbito das comemorações do Dia Mundial das Zonas Húmidas, que se assinala esta quarta-feira, a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, através da Ecoteca de Angra do Heroísmo e com a colaboração de “Os Montanheiros”, organizou hoje uma visita aos sítios Ramsar no planalto central da Terceira Algar do Carvão e Furnas do Enxofre, com as lagoinhas do Vale Fundo e a caldeira Guilherme Moniz como destinos alternativos, Passeio que se repete na próxima sexta-feira. Fonte: Jornal Diário

Araucária gigante das Furnas classificada como de Interesse Público

Um exemplar de Araucária-de-Norforlk, localizado na margem da Lagoa das Furnas, em São Miguel, foi classificado como de Interesse Público, pelo Governo Regional dos Açores, e beneficia, assim, de uma zona de protecção de 50 metros de raio, a contar da sua base.O exemplar arbóreo de Araucaria Hetrophyilla é raro e centenário, apresentando uma altura de cerca de 50 metros e um diâmetro de tronco de, aproximadamente, seis metros. Com esta classificação, o arvoredo tem um estatuto similar ao do património construído classificado, constituindo um património de elevado valor ecológico, paisagístico, cultural e histórico.Este exemplar das Furnas é considerado o maior da Europa e um dos maiores do mundo e, a partir de agora, não poderá ser cortado ou desramado sem autorização prévia da Autoridade Florestal, sendo todos os trabalhos efectuados sob a sua orientação técnica.
Fonte: Açoriano Online.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Comunicado da Quercus ACN - Zonas húmidas continuam ameaçadas em Portugal

Neste Dia Mundial da Zonas Húmidas, 2 de Fevereiro, a Quercus vem alertar para as ameaças que atingem estes espaços sensíveis e exigir a promoção de acções de gestão activa e de restauração destes habitats. Portugal, em sequência da ratificação da Convenção sobre Zonas Húmidas em 1980, incluiu na Lista de Zonas Húmidas de Importância Internacional 28 espaços que perfazem mais de 86 mil hectares do seu território. No entanto, apesar da protecção legal, estes habitats, definidos como "zonas de pântano, charco, turfeira ou água, natural ou artificial, permanente ou temporária, estagnada ou corrente, doce, salobra ou salgada, incluindo águas marinhas cuja profundidade na maré baixa não exceda os seis metros", continuam sujeitos a uma forte degradação originada por um grande número de ameaças. A grande maioria das zonas húmidas encontram-se em estado de conservação desfavorável, sendo que alguns destes habitats necessitam de medidas urgentes de conservação:
- Lodaçais e areais a descoberto na maré baixa·
- Lagunas costeiras
- Depressões turfosas, Turfeiras e Matos higrófilos
- Galerias ribeirinhas de loendros, tramargueira e tamujo, Freixiais e Salgueirais e Amiais paludosos
Ameaças às zonas húmidas
A poluição da água, no essencial proveniente dos aglomerados urbanos, é um dos problemas que continuam a ameaçar as zonas húmidas, em resultado da taxa de atendimento da população ao nível do tratamento de águas residuais se situar ainda nos 72% .O assoreamento acelerado, motivado não só por factores naturais (a colmatação é um processo natural que afecta a dinâmica destes espaços), mas principalmente devido às políticas erradas de ordenamento do território, aos incêndios florestais que fomentam a erosão, à destruição da vegetação ribeirinha e à artificialização das margens dos cursos de água, é um importante factor de degradação de algumas zonas húmidas, nomeadamente as lagunas costeiras ou os pauis. Por outro lado, em algumas zonas húmidas costeiras - por exemplo, os estuários, os lodaçais, os bancos de areia permanentemente cobertos por água do mar pouco profunda - o fenómeno é inverso, pois a redução, provocada por barragens e açudes (que ocupam já cerca de 90% dos troços dos principais rios), do volume de sedimentos transportados pelos rios diminui também o fornecimento sedimentar por via da deriva litoral, favorecendo a erosão costeira.Ainda, o descontrole que se verifica actualmente com algumas espécies exóticas invasoras (organismos - fungos, plantas e animais, assim como seres vivos microscópicos - que se encontram fora da sua área natural de distribuição, por dispersão acidental ou intencional) dos espaços aquáticos, nomeadamente o jacinto-de-água, a azola, a elódia, a pinheirinha, no caso das plantas, ou o lagostim-vermelho, o achigã, a tartaruga-americana, no caso das espécies animais, é já um problema que está a afectar as espécies autóctones.De referir também que as zonas húmidas estão igualmente ameaçadas pela perturbação de actividades recreativas, pela construção ilegal e pela drenagem.
Quercus exige uma estratégia de investimento na conservação das zonas húmidas
Face à complexidade e magnitude dos problemas e considerando os avultados investimentos necessários para melhorar a integridade ecológica dos espaços, a Quercus exige a elaboração e aplicação calendarizada de um programa nacional de restauração ecológica das zonas húmidas, que promova, entre outras, as seguintes acções:
- Incrementar a qualidade e extensão do tratamento de efluentes agrícolas, urbanos e industriais, nomeadamente através de proliferação de micro-sistemas de depuração de águas residuais;
- Ordenar e regular a extracção de sedimentos, orientando, sempre que possível, as concessões para a protecção e manutenção dos habitats;
- Orientar os fundos agrícolas para acções dirigidas à conservação de habitats higrófilos e para a reabilitação de outras zonas húmidas ameaçadas;
-Elaborar e aplicar programas locais de erradicação e controle de espécies invasoras;
-Interditar a pesca ou apanha por artes ou métodos que revolvam os fundos;
-Envolver activamente as Autarquias Locais em programas ou parcerias de acção, tendo em vista: a sensibilização da população e educação ambiental nas escolas locais, reforço local da fiscalização direccionada às zonas húmidas, incentivo ao desenvolvimento de programas locais de valorização das zonas húmidas e à reabilitação de mecanismos tradicionais de gestão da água nas salinas;
-Fiscalizar eficazmente actividades de pesca ilegal (em especial de peixes migradores), o despejo de lixos, entulhos e outros resíduos, alteração ilegal do uso do solo, nomeadamente através de construções, aterros e abertura ou alargamento de caminhos e vias de comunicação, o despejo de efluentes não tratados, de águas de lastro e a lavagem de tanques de petroleiros.
A Quercus salienta no entanto que é absolutamente necessária uma efectiva articulação entre as entidades com competências na gestão das zonas húmidas, nomeadamente as Administrações de Região Hidrográfica, o ICNB – Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade e a AFN – Autoridade Florestal Nacional.

Dia Mundial das Zonas Húmidas

Comemora-se hoje o 40º aniversário do dia Mundial das Zonas Húmidas, data em que foi assinada a convenção sobre as Zonas Húmidas constitui um tratado inter-governamental adoptado em 1971 na cidade iraniana de Ramsar. Por esse motivo, esta Convenção é geralmente conhecida como “Convenção de Ramsar” e representa o primeiro dos tratados globais sobre conservação.
A Convenção entrou em vigor em 1975 e conta actualmente com 150 países contratantes em todos os continentes. Actualmente, foram designadas pelas Partes contratantes cerca de 1600 sítios de importância internacional, cobrindo cerca de 134 milhões de hectares de zonas húmidas. Segundo o texto aprovado pela Convenção, zonas húmidas são definidas como "zonas de pântano, charco, turfeira ou água, natural ou artificial, permanente ou temporária, com água estagnada ou corrente, doce, salobra ou salgada, incluindo águas marinhas cuja profundidade na maré baixa não exceda os seis metros". Portugal ratificou esta Convenção em 1980, tendo como obrigações:
- Designar zonas húmidas para inclusão na Lista de Zonas Húmidas de Importância Internacional. Estes sítios são reconhecidos a partir de critérios de representatividade do ecossistema, de valores faunísticos e florísticos e da sua importância para a conservação de aves aquáticas e peixes;
- Elaborar planos de ordenamento e de gestão para as zonas húmidas, com vista à sua utilização sustentável;
- Promover a conservação de zonas húmidas e de aves aquáticas, estabelecendo reservas naturais e providenciar a sua protecção apropriada.
Todas as áreas RAMSAR dos Açores encontram-se incluídas em áreas da Rede Regional de Áreas Protegidas:
- Caldeira da Graciosa (Furna do Enxofre), ilha Graciosa;
- Caldeira do Faial, ilha do Faial;
- Caldeirão, ilha do Corvo;
- Complexo Vulcânico das Furnas, ilha de São Miguel;
- Complexo Vulcânico das Sete Cidades, ilha de São Miguel;
- Complexo Vulcânico do Fogo, ilha de São Miguel,
- Ilhéus das Formigas e Recife Dollabarat;
- Lagoas da Fajã da Caldeira de Santo Cristo e dos Cubres, ilha de São Jorge;
- Planalto Central da Achada, ilha do Pico;
- Planalto Central da Terceira (Algar do Carvão e Furnas do Enxofre), ilha Terceira,
- Planalto Central das Flores (Morro Alto), ilha das Flores;
- Planalto Central de São Jorge (Pico da Esperança), ilha de São Jorge.

Ano Internacional das Florestas arranca hoje oficialmente

O Ano Internacional das Florestas arranca hoje oficialmente, sendo as iniciativas portuguesas conhecidas à tarde em Proença-a-Nova sobre o lema "A Floresta é de todos, para todos", em simultâneo com a divulgação do programa da ONU, em Nova Iorque. Com o objetivo de promover a conservação das florestas em todo o mundo e sensibilizar a população para o seu papel no desenvolvimento sustentável, as Nações Unidas escolheram 2011 para o Ano Internacional das Florestas. Em Portugal, será a Comissão Nacional da UNESCO a dinamizar a comemoração, em articulação com a Secretaria de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural. Do programa de atividades nacional fazem parte colóquios, conferências, concursos, ações de florestação e reflorestação e de promoção das florestas, havendo o envolvimento de vários Ministérios, da Educação à Ciência e Tecnologia. Durante a apresentação do Ano Internacional será ainda divulgado o site dedicado à iniciativa.
A floresta é o terceiro setor exportadr português, segundo o Governo. Pasta de papel e eucalipto, cortiça e pinho são as fileiras florestais que têm registado maior crescimento nos últimos tempos. Mas as florestas são também "essenciais para o desenvolvimento rural e combate à desertificação, para o ciclo hidrológico, devido à capacidade de retenção e de depuração, e para o sequestro de carbono", considerou o secretário de Estado das Florestas, Rui Barreiro, em declarações à Lusa."Todos nós, enquanto contribuintes e cidadãos, estamos a afetar meios financeiros para a floresta, é legítimo que a consideremos nossa, mas também usufruímos dos bens públicos que a floresta produz, não só em termos de paisagem e de biodiversidade", acrescentou. Na Comissão Executiva do evento estão entidades como o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), a Associação Nacional de Municípios Portugueses e associações ambientalistas. Segundo o 5º Inventário Florestal Nacional, publicado em setembro passado, a floresta ocupava 3.458.557 hectares e os matos 1.926.630 hectares, o que corresponde a 39% e 22% do solo nacional, respetivamente. O pinheiro bravo é a espécie mais frequente, com 27%, seguida do sobreiro e do eucalipto, ambos com 23% da área florestal. O sector gera 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e assegura a manutenção de 260 mil postos de trabalho.
A Quercus - ACN relembra que faltam medidas concretas para uma gestão sustentável das florestas.
Fonte: Lusa

Nike lança linha de ténis feitos a partir de revistas recicladas


A Nike Sportswear lançou, no âmbito da colecção Primavera/Verão, uma colecção de três modelos de ténis feitos a partir de tiras de páginas de revista, em papel reciclado, costuradas e reforçadas por um material transparente e resistente, para que o calçado seja durável. Flash Macro, Blazer Mid e Air Rift são os diferentes modelos da linha WMNS Premium Print Pack, que, devido ao processo de tratamento do papel, têm um padrão exclusivo. A colecção surge no seguimento da Nike Trash Talk, com modelos feitos a partir de restos de materiais encontrados nas fábricas. A linha WMNS Premium Print Pack, direccionada para o público feminino, está à venda desde o início do ano, em lojas seleccionadas dos mercados europeu e chinês.
Fonte: Greensavers

A APED lança saco a partir de garrafas de plástico.


A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) lançou no final de Janeirouma campanha de promoção do seu novo saco, que é feito a partir de garrafas de plástico (PET).
Requerendo quarto garrafas por saco, este novo modelo para transportar objectos tem composição de 99% PET, visando proporcionar aos clientes uma utilização mais duradoura.
O público poderá encontrar estes modelos nas lojas dos associados da APED que aderiram a esta iniciativa: Continente, Modelo, Jumbo, Pão de Açúcar, Pingo Doce, Staples, pelo preço de 70 cêntimos por saco.
A APED tinha já no mercado um saco reutilizável desde 1998.

Nova revista de ecologia online e gratuita

Já se encontra disponível online a nova revista “Ecologi@”, um projecto da Sociedade Portuguesa de Ecologia (Speco). O principal objectivo desta iniciativa é “divulgar a ciência ecológica e fazer a ligação entre ciência e sociedade, levando a ecologia a todas as pessoas”, explicou Paula Sobral, investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa e editora principal da revista. Biodiversidade, conservação e recursos naturais são apenas alguns dos temas que serão publicados nas páginas online da "Ecologi@”.
A revista – online, quadrimestral e gratuita – é um “projecto bastante antigo e que só agora conseguiu reunir as condições” necessárias ver a luz do dia.
Todos os investigadores associados ao meio académico e dedicados à área da ciência da Ecologia são convidados a apresentar os seus artigos, que serão submetidos a revisão por um corpo editorial composto por professores universitários de Norte a Sul do país.
O primeiro número da revista (de Janeiro a Abril de 2011) é dedicado à Biodiversidade e tem artigos científicos, opinião, artigos de divulgação e resumos de teses de mestrado e de doutoramento.“Acreditamos que a revista tem um grande potencial, uma vez que não existe nenhuma publicação científica, em português, sobre o tema”, acrescentou Paula Sobral. A responsável reconhece que os investigadores “sentem muito a necessidade de comunicar melhor. Este é um passo nesse sentido, mas ainda estamos só a começar”. Paula Sobral considera que hoje a Ecologia “tem mais peso. Antigamente era mais difícil passar conceitos e termos”. Ainda assim, há muito trabalho a fazer, nomeadamente para “a Ecologia se afirmar como Ciência, esclarecendo uma possível confusão com movimentos ecologistas”.
Fonte: Público