segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Mude o Mundo para MELHOR!

O Núcleo Regional da Quercus-S. Miguel, deseja a todos os seus sócios, simpatizantes e cidadãos em geral, um Feliz 2010 e faz votos para que o Novo Ano traga uma mentalidade mais respeitadora do Ambiente por parte dos decisores políticos: governantes, deputados e autarcas.
O Núcleo Regional da Quercus-S. Miguel apela, também, a todos os cidadãos para terem, em 2010, atitudes de respeito pela Conservação da Natureza, preocupação com a redução de resíduos e colaboração activa na deposição selectiva de resíduos em ecopontos, para efeitos de reciclagem.
O Núcleo Regional da Quercus-S.Miguel, exorta todos os cidadãos a serem vigilantes da Natureza e divulgadores das Boas Práticas Ambientais. A ilha de S. Miguel tem de ser protegida e defendida do progesso cego e do lucro sem escrúpulo. O nosso património ambiental NÃO ESTÁ À VENDA e a ilha de S. Miguel NÃO É DESCARTÁVEL.
Quem não respeita o Ambiente, não se respeita a si próprio!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Posição final da Quercus sobre Cimeira de Copenhaga - Frustrante Acordo de Copenhaga “registado” e não “adoptado”

A Cimeira de Copenhaga terminou às 15.30h, hora da Dinamarca, 14.30h em Portugal.

Após o anúncio de acordo feito em primeiro lugar pelos Estados Unidos da América, ontem à noite, negociado principalmente com a Índia, China, Brasil e África do Sul, e que foi alvo da adesão de muitos outros países, incluindo a União Europeia, um longo processo negocial que durou toda a noite veio ainda a ter lugar. A sessão plenária recomeçaria esta madrugada pelas três da manhã. Alguns países, de entre os quais os menos desenvolvidos, Estados pequenas ilhas e América Central, a não concordarem com a forma como o texto do Acordo de Copenhaga tinha sido elaborado e negociado. Acusaram também o processo de falta de transparência e democracia, o que não deveria ocorrer no quadro das Nações Unidas. Já a sociedade civil, incluindo as organizações não governamentais de ambiente, havia sido praticamente arredada do acompanhamento das negociações num acto nunca até agora verificado em qualquer Cimeira desta natureza. Apesar da Cimeira estar agora oficialmente terminada, o Acordo de Copenhaga foi apenas “registado” ou “tomado nota” e não “adoptado” pelos órgãos da Cimeira e suscita ainda dúvidas sobre o seu valor e enquadramento. Para tal necessitaria do consenso do plenário, com o voto favorável de todos os países, o que não aconteceu. Assim, o acordo, para além de representar um fracasso na opinião da Quercus é um documento ainda mais fragilizado. Aliás, nem o símbolo da Convenção das Nações Unidas deverá vir estar presente no texto final que, mesmo depois de terminada a Cimeira, ainda recebe algumas correcções.

Falsa partida com muitos culpados

Este acordo é uma falsa partida e não é claro que tenha o apoio dos todos os líderes mundiais. Apesar do que os líderes políticos estão a dizer neste momento, este desenvolvimento não torna o trabalho quase feito: está longe de ser justo e vinculativo. Este acordo tem muitas lacunas reconhecidas aliás publicamente no momento do seu anúncio.
Os líderes falharam em conseguir um verdadeiro acordo como prometido. Ignoraram a ciência e guiaram-se por interesses nacionais. Estamos perante um atraso com muitos custos, que podem ser medidos em vidas humanas e em dinheiro perdido. O continuar do Protocolo de Quioto para além de 2012 está ameaçado. O financiamento acordado representa menos que os subsídios dos países às indústrias de combustíveis fósseis. Os objectivos para reduzir a poluição mantêm-nos no caminho que a ciência diz levar a um aumento catastrófico de temperatura. Na melhor das hipóteses, estamos agora confrontados com um atraso mortal que significa uma tragédia desnecessária para milhões de famílias. Os impactos vão fazer-se sentir em todos os países e mais drasticamente nas populações mais pobres dos países em desenvolvimento. Os líderes mundiais precisam de repensar este acordo. Tal como está, irá desmoronar-se assim que analisado com mais atenção. É preciso os líderes mundiais reunirem-se novamente antes de Junho para resolverem os assuntos que ficaram pendentes agora. Numa análise mais detalhada de alguns culpados, a Quercus identifica:- os Estados Unidos da América (que não querem assumir por agora metas de emissões ambiciosas e vinculativas),- a China (que se recusou a ver acompanhado internacionalmente o seu esforço de redução de emissões),- o Canadá (por trazer uma posição muito fraca para Copenhaga e sem intenção de a melhorar, recebendo o prémio “fóssil do ano” atribuído pelas ONGs, e até- o Brasil (que teve um Presidente a fazer ontem um discurso com um conteúdo brilhante, mas que pretende uma abertura a projectos inadequados no mecanismo de desenvolvimento limpo e que participou activamente com os Estados Unidos na elaboração do famigerado acordo). O Presidente da Conferência (Primeiro-Ministro dinamarquês Rasmussen) foi também um contributo para um final confuso e algo infeliz (na última parte já sem ele a conduzir os trabalhos). Sobre a União Europeia e Portugal Na opinião da Quercus, é fundamental que a União Europeia se comprometa unilateralmente com uma redução de 20 para 40% das suas emissões de gases com efeito de estufa entre 1990 e 2020 (30% de esforço interno), dado que os a recessão económica e financeira reduziram significativamente os custos das medidas associadas. A União Europeia deveria desde já ter assegurado a continuação do Protocolo de Quioto para um segundo período pós-2012 e foi demasiado passiva em termos negociais, apesar de reconhecermos a sua liderança. A União Europeia deve confirmar que o processo negocial deve seguir de modo firme o caminho da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas que sem dúvida saiu fragilizado de toda esta negocial surreal e deprimente. Deve também clarificar que a contribuição financeira aos países em desenvolvimento acordada em Copenhaga é adicional. Portugal tem também desafios pela frente e deve tomar medidas internas mais coerentes, na área do ordenamento do território, promovendo os transportes colectivos, na área da conservação de energia e eficiência energética, a par das energias renováveis mais sustentáveis, preparando-se para uma verdadeira revolução energética ao longo da próxima década, também aqui citada em Copenhaga pelo Primeiro-Ministro e que a Quercus tem reivindicado.

sábado, 19 de dezembro de 2009

O falhanço de Copenhaga vai custar caro ao planeta!

A Quercus considera que o acordo anunciado por alguns líderes políticos, antes deste ser aprovado em plenário pelos 192 países que participam nas negociações, é uma falsa partida e não é claro que tenha o apoio de todos os líderes mundiais. Apesar do que os líderes políticos estão a dizer neste momento, a Quercus salienta que este desenvolvimento não torna o trabalho quase feito e considera que o acordo está longe de ser justo e vinculativo e tem muitas lacunas. Os líderes falharam em conseguir um verdadeiro acordo como prometido. Ignoraram a ciência e guiaram-se por interesses nacionais. Estamos perante um atraso com muitos custos, que podem ser medidos em vidas humanas e em dinheiro perdido. O financiamento acordado representa menos que os subsídios dos países às indústrias de combustíveis fósseis, enquanto que os objectivos para reduzir a poluição mantêm-nos no caminho que a ciência diz levar a um aumento catastrófico de temperatura.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Eco Natal


Vem aí o Natal!
Nos últimos anos esta época festiva tem-se tornado um período de consumo por excelência. Mais do que em qualquer outra altura do ano, somos estimulados, influenciados, instigados, empurrados a comprar, comprar, comprar. Este consumo imediato e pouco reflectido provoca impactos ambientais graves, mas, pode também estar na origem de problemas económicos (endividamento excessivo).
Para o ajudar a contribuir para um Natal menos consumista e mais ecológico, ficam aqui alguns conselhos simples da Quercus: 
 
- Adquira uma árvore de Natal natural em vaso, caso possa mantê-la durante o ano; uma outra hipótese é comprar uma árvore artificial (que pode ser reutilizada durante muitos anos) ou então recorra apenas a árvores vendidas com autorização (bombeiros, serviços municipais), como garantia da sustentabilidade do corte.
- Não vá em modas e tenha cuidado na aquisição dos enfeites de Natal, para que os possa reutilizar por muitos e longos anos. Pode optar por criar os seus próprios enfeites a partir da reciclagem e reutilização de materiais.
- Adquira lâmpadas energeticamente eficientes para reduzir a sua factura energética e ambiental.
- Lembre-se que certas espécies animais e vegetais estão em vias de extinção. O azevinho é uma dessas espécies. Não compre azevinho verdadeiro. Existem bonitas imitações artificiais de azevinho que podem ser reutilizadas de uns anos para os outros, ou então opte por plantá-lo no seu quintal.
O bacalhau é outra espécie ameaçada. Para a ceia de Natal tente substitui-lo por outra iguaria; se não consegue mesmo resistir, adquira bacalhau de média/grande dimensão; faça o mesmo em relação ao polvo (deverá ter sempre mais de 800 ou 900 gr.).

O Natal e os presentes…
- Reflicta bem sobre as prendas que vai oferecer, a quem vai oferecer e qual a sua utilidade. Privilegie produtos:
  a) Duráveis e reparáveis;
  b) Educativos, principalmente se estivermos a falar de prendas para os mais pequenos; ofereça produtos que estimulem a inteligência, a criatividade, o respeito entre os povos e pelo ambiente;
  c) Inócuos, em termos de substâncias perigosas; por exemplo, se vai oferecer equipamentos eléctricos e electrónicos, informe-se sobre quais as marcas mais seguras aqui.
  d) Que não estejam embalados em excesso ou em embalagens complexas (são mais caros, misturam vários materiais e dificultam a reciclagem);
  e) Úteis: é importante privilegiar a oferta de prendas que não sejam colocadas imediatamente na prateleira ou em qualquer baú esquecido no sótão.
- Em caso de dúvida sobre a prenda a oferecer, opte pelos cheque-prenda já disponíveis em inúmeras lojas; são uma garantia de que a sua prenda irá ao encontro das expectativas de quem a recebe.
- Gaste apenas na medida das suas possibilidades. Respeitar os seus limites de endividamento irá permitir-lhe ser mais criterioso nas suas escolhas e, logo, mais sustentável.
- Utilize os transportes públicos nas suas deslocações às compras, ou então, junte-se com amigos ou familiares num mesmo veículo e vão às compras conjuntamente; fica mais barato e sempre pode pedir opiniões quando estiver indeciso.
- Procure levar sacos seus para as compras ou tente utilizar o número mínimo de sacos possível (uma sugestão: ofereça sacos de pano para as compras ou utilize restos de papel ou embalagens que tenha em casa).
- Adquira produtos nacionais, pois promove a economia portuguesa e reduz o impacte ambiental associado ao transporte dos produtos.
- Se pensar em oferecer um animal de estimação tenha em conta se há condições para ele viver bem e não compre animais selvagens ou em vias de extinção (opte pela adopção de um animal).
- Se optar por oferecer produtos de perfumaria, cosmética ou higiene pessoal tenha o cuidado de escolher aqueles que não fazem testes em animais.
- Muitas vezes temos objectos que já não utilizamos, mas que estão em bom estado. Não os deite fora. Seleccione os que pode oferecer a instituições ou a vendas de Natal ou opte por usara a sua criatividade e criar objectos para oferecer.
 - Pense naqueles que não têm possibilidade de oferecer prendas e mesmo de ter uma ceia de Natal; seja solidário com as várias campanhas que habitualmente se desenrolam nesta época.

Depois do Natal…
- Guarde os laços e o papel de embrulho para que os possa utilizar noutras ocasiões; muitas embalagens, caixas de prendas, papéis de embrulho podem ser utilizados pelas crianças para fazer divertidos objectos, como máscaras, porta canetas, etc.
- Separe todas as embalagens – papel/cartão; plástico; metal – e coloque-as no ecoponto mais próximo, evitando assim os amontoados de lixo que marcam o dia de Natal; este é um bom momento para verificar se foi um cidadão ambientalmente consciente nas suas compras.
- Não deite as pilhas para o lixo, coloque sempre no pilhão. As pilhas recarregáveis são uma alternativa económica e ecológica.
- Reflicta ao longo do ano sobre a utilidade que foi dada às prendas que ofereceu.
- E porque o mais importante do Natal são os afectos, não se esqueça de enviar um postal electrónico àquelas pessoas especiais que estão longe. Ou então crie postais originais a partir de materiais reciclados. O mote é imaginação!
E porque o Natal é quando o Homem quiser, mantenha-se solidário com as diversas campanhas que se vão desenrolando ao longo do ano.

Seguir estes conselhos permitir-lhe-á oferecer uma prenda a si próprio e a todos os cidadãos do mundo – um ambiente mais protegido e equilibrado.

A Quercus deseja-lhe um excelente Natal.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Cimeira de Copenhaga


A Cimeira das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas decorre em Copenhaga (Dinamarca) de 7 a 18 de Dezembro, tendo como principal missão chegar a um acordo sobre metas de diminuição das emissões de carbono (CO2).
O novo documento deverá substituir o Protocolo de Quioto, que expira em 2012, e será discutido por cerca de 15 mil delegados de 192 países, incluindo alguns chefes de Estado.
Além das novas metas de redução das emissões, tanto para os países industrializados como para os em vias de desenvolvimento, serão necessários compromissos sobre o financiamento dos esforços de adaptação às alterações climáticas por todos, mas sobretudo nos países mais pobres.